segunda-feira, 31 de maio de 2010

WHO IS HE, NOW?

Pergunta:
Este cavalheiro é o Senhor Coronel Marques Júnior ou o Companheiro Júnior, que, no PS , os acompanha a detestar e lixar os militares?

PRÉMIO CAMÕES 2010

Ferreira Gullar (José Ribamar Ferreira), nasceu no dia 10 de setembro de 1930, na cidade de São Luiz, capital do Maranhão. Inicia seus estudos no Jardim Decroli, em 1937, onde permanece por dois anos.
Torna-se locutor da Rádio Timbira e colaborador do "Diário de São Luís", em 1948.
Editado com recursos próprios e o apoio do Centro Cultural Gonçalves Dias, publica seu primeiro livro de poesia, "Um pouco acima do chão".
Em 1950, após haver presenciado o assassinato de um operário pela polícia, durante um comício de Adhemar de Barros na Praça João Lisboa, em São Luís, nega-se a ler, em seu programa de rádio, uma nota que aponta os "baderneiros" e "comunistas" como responsáveis pelo ocorrido. Perde o emprego, mas é convidado para participar da campanha política no interior do Maranhão. Vence o concurso promovido pelo "Jornal de Letras" com o poema "O galo". A comissão julgadora era formada por Manuel Bandeira, Odylo Costa Filho e Willy Lewin. Começa a escrever poemas que, mais tarde, integrariam seu livro "A luta corporal".
Muda-se para o Rio de Janeiro (RJ), em 1951. Passa a trabalhar na redação da "Revista do Instituto de Aposentadoria e Pensão do Comércio", para onde foi indicado por João Condé. Torna-se amigo do crítico de arte Mário Pedrosa. A publicação de seu conto "Osiris come flores" na "Revista Japa" rende-lhe mais um emprego: o de revisor da revista "O Cruzeiro", por indicação de Herberto Sales, que se encantou com o conto publicado. Vai até a cidade de Correias (RJ) onde, por três meses, trata-se de uma tuberculose.
Em 1954, casa-se com a atriz Thereza Aragão.
Em 1958, lança o livro "Poemas. No ano seguinte, escreve o "Manifesto Neo-concreto", publicado no "Suplemento Dominical" Ali também foi publicado "Teoria do não-objeto. Criou o "livro-poema" e o "Poema enterrado", que consistia de uma sala subterrânea, dentro da qual havia um cubo de madeira de cor vermelha, dentro desse um outro, verde, de menor diâmetro, e, finalmente, um último cubo de cor branca que, ao ser erguido, permitia a leitura da palavra "Rejuvenesça". Construído na casa do pai do artista plástico Hélio Oiticica, a "instalação" não pode ser vista pelo público: uma inundação, provocada por fortes chuvas, alagou a sala e destruiu os cubos.
É nomeado, em 1961, com a posse de Jânio Quadros, diretor da Fundação Cultural de Brasília. Elabora o projeto do Museu de Arte Popular e inicia sua construção. Revê sua postura poética, até então muito marcada pelo experimentalismo, e passa a não atuar nos movimentos de vanguarda. Fica no cargo até outubro/61.
Emprega-se, em 1962, como copidesque na filial carioca do jornal "O Estado de São Paulo", para o qual trabalharia por 30 anos. Ao mesmo tempo, ingressa no Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes (CPC). Publica "João Boa-Morte, cabra marcado para morrer" e "Quem matou Aparecida". Assume, com essas publicações, uma nova atitude literária de engajamento político e social.
No ano seguinte é eleito presidente do CPC. Lança o ensaio "Cultura posta em questão". Em 1964, a sede da União Nacional dos Estudantes (UNE) é invadida e a primeira edição do citado ensaio acaba queimada. No dia 1º de abril de 1964, filia-se ao Partido Comunista Brasileiro. Ao lado de Oduvaldo Viana Filho, Paulo Pontes, Thereza Aragão, Pichin Pla, entre outros, funda o "Grupo Opinião".
O ensaio "Cultura posta em questão" é reeditado em 1965.
Em 1966, a peça "Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come", escrita em parceria com Oduvaldo Viana Filho, é encenada pelo "Grupo Opinião" no Rio de Janeiro, e conquista os prêmios Molière e Saci. No ano seguinte o mesmo grupo encena, também no Rio, a peça "A saída? Onde está a saída?, escrita em parceria com Antônio Carlos Fontoura e Armando Costa.
"Por você, por mim", poema sobre a guerra do Vietnã, é publicada em 1968, juntamente com o texto da peça "Dr. Getúlio, sua vida e sua glória", escrita em parceria com Dias Gomes e montada nos teatros "Opinião" e "João Caetano", no Rio de Janeiro, com a direção de José Renato. Com a assinatura do Ato Institucional nº 5, é preso, em companhia de Paulo Francis, Caetano Veloso e Gilberto Gil.
Em 1969, lança o ensaio "Vanguarda e subdesenvolvimento".
1970 marca sua entrada na clandestinidade. Passa a dedicar-se à pintura.
Informado por amigos, em 1971, do risco que corria se continuasse no Brasil, decide partir para o exílio, morando primeiro em Moscou (Russia) e depois em Santiago (Chile), Lima (Peru) e Buenos Aires (Argentina). Durante esse período, colabora com o semanário "O Pasquim", sob o pseudônimo de Frederico Marques. Seu pai falece em São Luís (MA).
Em 1974, por unanimidade, é absolvido no Supremo Tribunal Federal, da acusação.
Publica, em 1975, "Dentro da noite veloz". O "Poema sujo" é escrito entre maio de outubro desse ano. Em novembro, lê o novo trabalho na casa de Augusto Boal, em Buenos Aires, para um grupo de amigos. Vinicius de Moraes, que organizou a sessão de leitura, pede uma cópia do poema para trazer ao Rio. Por precaução, o poema é gravado em fita cassete. No Rio, Vinicius promove diversas sessões para que intelectuais e jornalistas ouvissem o "Poema sujo". Ênnio Silveira, editor, pede uma cópia do texto para publicá-lo em livro. Enquanto isso não acontece, diversas cópias da gravação circulam pela cidade em sessões fechadas de audição.
No ano seguinte, sem a presença do poeta, o "Poema sujo" é lançado, enquanto Gullar dá aulas particulares de português em Buenos Aires, para poder sobreviver. Amigos tentam um salvo-conduto junto às autoridades militares, procurando obter garantias para que ele volta ao país.
Somente em 10 de março de 1977 desembarca no Rio. No dia seguinte, é preso pelo Departamento de Polícia Política e Social, órgão sucessor do famoso "DOPS". As ameaças feitas por agentes policiais, que se estendiam a membros de sua família, só terminaram após 72 horas de interrogatórios, ocasião em que é libertado face à movimentação de amigos junto às autoridades do regime militar.
Retorna, aos poucos, às atividades de crítico, poeta e jornalista. Lança "Antologia Poética". "La lucha corporal y otros incendios" é publicada em Caracas, Venezuela. No ano seguinte, 1978, grava o disco "Antologia poética de Ferreira Gullar" e, sob a direção de Bibi Ferreira, é encenada a peça teatral "Um rubi no umbigo". Começa a escrever para o Grupo de Dramaturgia da Rede Globo, indicado pelo amigo Dias Gomes.
Seu livro "Na vertigem do dia" é publicado em 1980 e "Toda poesia", reunião de sua obra poética, comemora seus 50 anos de vida. Estréia a versão teatral do "Poema sujo", com a interpretação de Esther Góes e Rubens Corrêa, sob a direção de Hugo Xavier, na Sala Sidney Miller, no Rio de Janeiro.
Lança o livro "Sobre arte", coletânea de artigos publicados na revista "Módulo", entre 1975 e 1980.
A Rede Globo exibe o seu especial "Insensato coração", em 1983.
Em 1984, recebe o título de "Cidadão Fluminense" na Assembléia Legislativa do Rio. Profere a conferência "Educação criadora e o desafio da transformação sócio-cultural" na abertura do 25º Congresso Mundial de Educação pela Arte, realizado na Universidade Estadual do Rio de Janeiro.
Com a tradução de "Cyrano de Bergerac", de Edmond Rostand, publicada em 1985, é agraciado como prêmio Molière, até então inédito para a categoria tradutor.
Em 1987 lança "Barulhos". Dois anos depois, publica ensaios sobre cultura brasileira e a questão da vanguarda em países desenvolvidos, no livro "Indagações de hoje".
"A estranha vida banal", uma coletânea de 47 crônicas escritas para "O Pasquim" e "Jornal do Brasil", são publicadas em 1990. Colabora com Dias Gomes na novela "Araponga". Morre, no Rio, seu filho mais novo, Marcos.
Nomeado diretor do Instituto Brasileiro de Arte e Cultura (IBAC), em 1992, lá permanece até 1995. A Rede Globo exibe a minissérie "As noivas de Copacabana", escrita em parceria com Dias Gomes e Marcílio Moraes.
Lança, em 1993, "Argumentação contra a morte da arte", que provoca polêmica entre artistas plásticos.
Morre, no Rio, sua mulher Thereza Aragão, em 1994. Seu livro "Luta corporal" ganha edição comemorativa a seus 40 anos de publicação. No Centro Cultural Banco do Brasil - Rio, ocorre um evento sobre o trabalho do poeta.
Em 1997, lança "Cidades inventadas", coletânea de contos escritos ao longo de 40 anos. Passa a viver com a poeta Cláudia Ahimsa.
No ano seguinte publica "Rabo de foguete - Os anos de exílio". É homenageado no 29º Festival Internacional de Poesia de Rotterdã.
Lança, em 1999, o livro "Muitas vozes" e é agraciado com o Prêmio Jabuti, categoria poesia. Recebe, também, o Prêmio Alphonsus de Guimarães, da Biblioteca Nacional.
"Ferreira Gullar 70 anos" foi o nome dado à exposição aberta em setembro de 2000, no Museu de Arte Moderna do Rio, para marcar o aniversário do poeta. Ocorre o lançamento da nona edição de "Toda poesia", reunião atualizada de todos os poemas de Gullar. O poeta recebe o prêmio Multicultural 2000, do jornal "O Estado de São Paulo". No final do ano, lança "Um gato chamado Gatinho ", 17 poemas sobre seu felino escritos para crianças.
É publicado na coleção Perfis do Rio “Ferreira Gullar - Entre o espanto e o poema”, de George Moura em 2001. São reunidas crônicas escritas para o “Jornal do Brasil” nos anos 60 no livro “O menino e o arco-íris”. Lança uma coleção infanto-juvenil “O rei que mora no mar”, poemas dos anos 60 de Gullar.
Em 2002, é indicado ao Prêmio Nobel de Literatura por nove professores titulares de universidades de Brasil, Portugal e Estados Unidos. São relançados num só livro, os ensaios dos anos 60: “Cultura posta em questão” e “Vanguarda e subdesenvolvimento”. Em dezembro o poeta recebe o Prêmio Príncipe Claus, da Holanda, dado a artistas, escritores e instituições culturais de fora da Europa que tenham contribuído para mudar a sociedade, a arte ou a visão cultural de seu país.
Lança “Relâmpagos”, reunindo 49 textos curtos sobre artes, abordando obras de Michelangelo, Renoir, Picasso, Calder, Iberê Camargo e muitos outros.

Prêmios

Ganhou o concurso de poesia promovido pelo Jornal de Letras com seu poema "O Galo" em 1950. Os prêmios Molière, o Saci e outros prêmios do teatro em 1966 com "Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come", que é considerada uma obra prima do teatro moderno brasileiro.
Em 2002, foi indicado por 9 professores dos EUA, do Brasil e de Portugal para o Prêmio Nobel de Literatura.Em 2007, seu livro Resmungos ganhou o Prêmio Jabuti de melhor livro de ficção do ano. O livro, editado pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, reúne crônicas de Gullar publicadas no jornal "Folha de São Paulo" no ano de 2005. Foi considerado pela Revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes do ano de 2009[1].


LA VAI ELE

Quem quiser encontrar o Ministro da Defesa Nacional, Augusto Santos Silva, poderá ser em Elvas amanhã, terça-feira, 1 de Junho, acompanhado pelo Chefe do Estado-Maior do Exército, General Pinto Ramalho, e pelo Presidente da Câmara , José Rondão Almeida(militante do PS).
O Ministro aproveitará a visita para conhecer o Museu Militar de Elvas, onde estará pelas 10h15, ficando à disposição dos órgãos de comunicação social a partir das 11h00.  
O que eu acho graça é que o Senhor aproveita a visita para conhecer o Museu Militar!!!!!!!!!!

domingo, 30 de maio de 2010

RECORDAR É VIVER

Espectáculo digno e merecido, bem visto aqui na câmara de Oficiais da CACINE , onde está alguém que assistiu ,  a seu convite, ao exame final do Conservatório Nacional , no teatro D. Maria, para aí em 59/60?
E que , com saudade, me recorda agora o Zé Bação Leal , com quem também foi.
Não sei se os apresentadores(Júlia Pinheiro e Goucha) foram o ideal para tão excelente ACTOR, mas enfim....
Breyner , como Herman, são fantásticos actores . mas perdem-se quando querem ter graça e se mascaram de mulheres....uma pena.
Mas para este, realmente , tudo se perdoa.É o nosso maior, de momento.As nossas homenagens

A VOTAÇÃO E A MATEMÁTICA

http://freezone.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=178:votacao-e-matematica&catid=9:politica&Itemid=7

Com a devida vénia da revista "on line" Free-zone , um artigo de Carlos Calado

sexta-feira, 28 de maio de 2010

LA VAI ELE

Ministro da Defesa Nacional preside a juramento de bandeira da Academia Militar

 O Ministro da Defesa Nacional, Augusto Santos Silva, preside, no dia 29 de Maio, pelas 10h00, à Cerimónia do Juramento de Bandeira dos Alunos do 1.º Ano do Curso “Tenente - General António da Costa e Silva, 1º Visconde de Ovar”, da Academia Militar.

Local: Praça do Império (defronte do Mosteiro dos Jerónimos).

Programa:

10H00 Chegada do Ministro da Defesa Nacional.
          – Início da Cerimónia Militar;
          – Juramento de Bandeira dos Alunos do 1.º Ano;
          – Alocução pelo Ministro da Defesa Nacional;
          – Desfile das Forças em Parada.

11H35 Actuação da Banda do Exército.

11H50 Início da Demonstração de Actividades Gímnicas e Desportivas.
          – Ginástica de Aplicação Militar;
          – Treino Físico Geral;
          – Desportos de Combate (Esgrima, Combate Corpo –a-Corpo, Boxe e Judo);
          – Equitação;
          – Orientação;
          – Desportos Colectivos;
          – Exibição da Classe de Saltos de Mesa Alemã da Academia Militar;
          – Desfile Final.

12H20 Fim da Cerimónia do Juramento de Bandeira.


Nota:Como é ao ar livre, e por esta vez, os militares não ficam à porta


quarta-feira, 26 de maio de 2010

ÁS ARMAS

Ministério da Defesa Nacional
Ministério da Cultura
Comunicado conjunto
Notícias vindas a público recentemente, relativas ao Museu de Marinha, têm gerado alguma confusão na comunicação social, levando a tomadas de posição que partem de premissas erradas.
De forma a evitar que se alimentem falsas notícias, e para cabal esclarecimento do público e da comunicação social, informa-se o seguinte:
Nunca esteve prevista a transferência do espólio do Museu da Marinha para outra entidade e muito menos a sua extinção.
Fruto de um Protocolo entre o Ministério da Defesa Nacional e o Ministério da Cultura que permitirá a transferência do Museu Nacional de Arqueologia (MNA) para a Cordoaria Nacional, o Museu da Marinha poderá finalmente expandir-se para a ala conventual do Mosteiro dos Jerónimos actualmente ocupada pelo MNA, possibilitando a sua modernização e uma desejada actualização da sua narrativa museológica.
Neste sentido, atenta uma partilha positiva de saberes, competências e recursos das entidades e organizações que tutelam, o Ministério da Defesa Nacional e o Ministério da Cultura, no cumprimento do Protocolo estabelecido em 2009 conjuntamente com o Ministério das Finanças e da Administração Pública, e já parcialmente executado, estão a preparar um Protocolo Adicional ao estabelecido, no qual se visa o estabelecimento de um projecto museológico comum, partilhado, no espaço simbólico do Mosteiro dos Jerónimos.
Tal projecto destina-se a relevar a narrativa da Expansão Portuguesa, dos Descobrimentos Marítimos, e da presença de Portugal no Mundo, na medida em a Marinha é indissociável dessa parte da História de Portugal.

Nota: É preciso ter LATA. "I say again " É preciso ter muita LATA.
É que , desta vez e pela 1ª vez , apanharam um pequeno susto.
Penso que será o "embrião" e , então sim , a Canavilhas ficará na história .
S.Bento "espumou"

ÁS ARMAS

Com a devida vénia do blog "A bem da Nação"

Na época de contenção da Despesa Pública por que atravessa Portugal, terá o Governo decidido instituir o Museu da Viagem nele integrando o Museu de Marinha.

Não veio ainda a público se se trata de uma mera mudança de nome para justificar a mudança de tutela para o Ministério da Cultura ou se as alterações assumirão outras dimensões.

Se a questão é a de o Ministério da Cultura passar a usufruir das receitas de bilheteira do Museu de Marinha, então é conveniente lembrar que essa operação tem efeito nulo para o Erário Público pois que se trata de tirar a um Departamento do Estado para dar igual montante a outro Departamento do mesmo Estado; se as alterações têm a ver com a integração num só Museu de vários meios de transporte, então vamos por certo ter numa só instituição o espólio dos actuais Museus de Marinha, dos Coches e do Ar sendo que, bem vistas as coisas, pouco ou nada têm a ver uns com os outros, nomeadamente nos públicos que a cada um acorre. Fazendo blague, então junte-se-lhe o Museu da Carris.

O Museu de Marinha está muito bem localizado junto aos Jerónimos que simbolizam a nossa epopeia dos descobrimentos; o dos Coches tem a sua nova sede em construção junto ao antigo Picadeiro Real; o do Ar situa-se em Sintra nas instalações da Força Aérea. Não dá para acreditar que o Governo pense na construção de uma única sede para exposição conjunta destes três espólios. As contingências financeiras a que ele próprio, Governo, nos conduziu, exigem que não se façam despesas não reprodutivas num prazo razoavelmente curto. Esse tipo de «coisas» só se fazem quando não se pedem esforços suplementares ao Contribuinte, quando a Conta do Estado apresenta resultados positivos, quando os mercados internacionais de capitais não nos batem à porta a perguntar se estamos bons do juízo…

Portanto, sugerindo a sensatez que o Governo não vai fazer um único edifício para albergar estes espólios museológicos relacionados com a viagem, resta a hipótese de o objectivo consistir na consolidação dos três Quadros de Pessoal, ou seja, na anulação da multiplicidade funcional de 3 para 1 único Chefe da Contabilidade. Sim, porque os Guardas, os Cicerones, os Porteiros, esses continuarão todos a ser indispensáveis.

Senhora Ministra da Cultura: ou Vossa Excelência se explica ou teremos que admitir que «a montanha se prepara para parir um rato».

Entretanto, para que Vossa Excelência possa tomar conhecimento da panóplia de sentimentos que está a provocar, eis o comentário que o Professor Doutor Miguel Mota incluiu na Petição Pública que ontem assinámos:

Como filho do Almirante Alfredo Mota, que tanto se bateu pelo Museu, antes dele estar instalado nas actuais instalações; que fundou o Grupo de Amigos do Museu de Marinha, de que foi durante anos Presidente da Direcção (e de que sou um dos sócios mais antigos); e por saber a importância excepcional daquele museu, a notícia não podia deixar de me chocar profundamente. Vi posteriormente um desmentido e os meus votos são que o desmentido seja autêntico e não se cometa mais um atentado como aquele que recentemente destruiu o local da sede da antiga Aviação Naval, donde partiram, para o que eu considero o feito maior dos portugueses no século XX, a I Travessia Aérea do Atlântico Sul, esses dois grandes aviadores, Sacadura Cabral e Gago Coutinho. Esse local deveria ser algo como um centro de visitas elucidativo do que foi a Travessia, um feito heróico e científico, muito mais importante que o de Lindberg. Por incúria dos portugueses – que até o ignoraram totalmente na Expo e desperdiçaram a mais fantástica oportunidade de mostrar ao mundo esse feito, quando o tema até eram os oceanos! - todo o mundo conhece o nome de Lindberg e são raríssimos os que sabem quem foram e o que fizeram Sacadura Cabral e Gago Coutinho.

Resta a convicção de que há muitas outras rubricas da Despesa Pública onde Vossa Excelência pode cortar para grande gáudio do Contribuinte. Onde? Por exemplo, nos subsídios a essas troupes de cómicos que se auto-intitulam Grupos de Teatro de Vanguarda que esmolam ao Governo pois de antemão sabem que o público não os procura nem lhes paga as trampolinices.

O que está bem não carece de mexidas. O Museu de Marinha está bem! 

Henrique salles da Fonseca

AINDA É PIOR


A união de homossexuais e o Presidente da Republica

O título mais exacto do comentário que se segue seria “A pirueta da triste figura”. Senti um arrepio, quase vómito, quando acabei de ouvir o Prof. Cavaco Silva. Que vergonha, senti. Por ele, claro. E pelo país. Assim ficou para a história como o padrinho (the best man) dos homossexuais, por incoerência da sua decisão, quando poderia ter passado à História como alguém que sem disfarce piedoso e paternalista segue as suas convicções, independente de votos e oportunismos. Seria bem preferível que, sem mais, tivesse promulgado o tal “casamento”, porque sim, porque assim o achava. Mas vir dizer a todo um país que ele pensou bem e não está de acordo e deu provas disso, que há outros modos e figuras jurídicas para o caso que são seguidas nos países que ninguém se atreve a chamar de atrasados; mais, que só uma minoria na Europa assumiu esta forma e, depois, num salto mortal, conclui ao contrário e promulga! O dito por não dito. Claro, arranjou duas “razões”. Falsas. E uma delas é ofensiva da dignidade e inteligência de um povo: estamos tão em crise e tão miseráveis que não nos podemos distrair com este tipo de debates! Ora, estes temas humanos é que são sérios, até porque a verdadeira crise é de valores. O Senhor Presidente pode ter a certeza de que o povo, “na sua menoridade” o que vai discutir é sobre futebol em África e o campeonato do Mundo. A outra razão também é “enorme”! A Assembleia vai aprovar outra vez e já não será possível vetá-lo. Pois não seria, se não houvesse outras coisas a fazer. Até dissolver a Assembleia seria possível. Aliás ninguém pode garantir em absoluto que uma lei passe (ou não) e que não haja mudanças de opinião, sobretudo quando a maioria não está assim tão garantida! De facto, usar tal argumento e agir assim com tal pirueta é como se alguém dissesse “vou-me suicidar porque é certo que dentro de algum tempo morrerei”.





Eis aqui um exemplo de um mau discernimento, do que é deixar-se levar pelas aparências de bem, do que é não clarificar nem assumir as verdadeiras motivações e arranjar “boas” razões, saídas airosas para proteger as próprias conveniências.


Enfim, não se podem julgar as pessoas, mas as piruetas, sim.  





Vasco Pinto de Magalhães s.j.

COISAS BOAS

Notável trabalho de um trabalhador incansável e de enorme originalidade.

Além do interesse de todo o livro há sempre o enorme prazer de ver uma foto, legenda e alcunha da Imparável CACINE.

Muitos parabéns Comandante Encarnação Gomes


terça-feira, 25 de maio de 2010

ÁS ARMAS


Caros camaradas,


Sobre o assunto em epígrafe, gostaria de vos informar que eu e os restantes membros da direcção estamos a acompanhar a situação, e tudo faremos para que o Museu de Marinha comemore os 150 anos sem sobressaltos.

Tive oportunidade de, durante as comemorações do Dia da Marinha em Portimão, falar com a Chefia da Marinha, que nos garantiu que este assunto está “bem encaminhado”. Aliás esta informação é, de algum modo, confirmada pelo SOL e EXPRESSO deste fim de semana.

No entanto, nada disto impede que cada um de nós individualmente assine esta petição em: http://www.peticaopublica.com/?pi=P2010N2153
Eu pela minha parte já assinei. Mais vale prevenir que remediar, apesar de, com as informações de que disponho, considerar que, parafraseando um Marinheiro que foi Comandante da Força de Fuzileiros e 1º Ministro de Portugal, “é só fumaça...”.

Com a certeza de que a Direcção da AORN se encontra a acompanhar este processo com muita atenção, podem acreditar que voltaremos ao assunto logo que se justifique.


Um abraço,
Joaquim Moreira

Nota: O "detalhe" da CACINE teve acesso a esta carta dirigida aos camaradas da AORN pelo seu Presidente , que não resiste a publicar , com a devida vénia

segunda-feira, 24 de maio de 2010

THE SPECIAL ONE

Um Mestre, um Táctico. um Estratega, um Líder, um Vencedor,um Gentleman, um Treinador, um Selecionador

ORA TOMA!

O parecer elaborado pelo Conselho Consultivo da Procuradoria sobre o negócio dos submarinos é juridicamente denso, mas não é fácil tirar conclusões definitivas sobre a margem do governo para renegociar, ou mesmo anular, o contrato de compra do equipamento ao consórcio alemão. Fonte do PS explica assim o facto de Augusto Santos Silva, ministro da Defesa, ter ontem anunciado que irá pedir esclarecimentos adicionais àquele órgão de consulta da Procuradoria Geral da República.

"Coloquei questões ao Conselho Consultivo da PGR, que deu o seu parecer, mas há aspectos que gostaria de ver melhor esclarecidos", afirmou ontem Santos Silva, à margem da cerimónia comemorativa do Dia da Marinha. O parecer foi recebido pelo ministro da Defesa a 6 de Maio e desde essa data a resposta do gabinete tem sido sempre cautelosa: "O documento está ainda em análise." Cabe a Santos Silva decidir se irá homologar o parecer, cujo conteúdo não é, para já, público.

As questões colocadas ao Conselho Consultivo visavam aprofundar as consequências que o Estado pode tirar do elevado incumprimento do contrato das contrapartidas e dos inquéritos judiciais. No início de Outubro foi deduzida acusação contra dez pessoas acusadas de um esquema fraudulento nas contrapartidas e já em Março deste ano foram conhecidos avanços da investigação das autoridades alemãs na empresa Ferrostaal, por alegados actos de corrupção.

Nulidade. Tendo havido crimes na origem do contrato com o consórcio alemão, este poderá ser anulado? Essa é uma das questões que o Conselho Consultivo foi chamado a analisar, mas a resposta não é de todo linear. Por um lado, tanto o processo das contrapartidas (em fase de instrução) como do próprio contrato de compra ainda decorrem e nenhuma acusação foi provada. Uma eventual situação de incumprimento do Estado português poderia, além disso, originar um pedido de indemnização pela empresa alemã.

Ontem, nas declarações aos jornalistas, Santos Silva assegurou que nenhuma missão da Marinha Portuguesa será posta em causa, mas sublinhou que o Estado não está em situação de "desafogo" financeiro. "O governo já aprovou cortes na ordem dos 40% nas verbas relativas à programação militar, seja em 2010, seja nos anos de referência do PEC, ou seja, até 2013", declarou o ministro

LA VAI ELE

O Ministro da Defesa Nacional, Augusto Santos Silva, visita esta terça-feira, 25 de Maio, pelas 10h30, a Escola de Sargentos do Exército (ESE), nas Caldas da Rainha, acompanhado pelo Chefe do Estado-Maior do Exército, General Pinto Ramalho. 
O Objectivo principal da visita parece ser o acompanhamento das obras em curso, tais como aumento das camaratas, balneários e refeitório.Enfim, coisas importantes para um Ministro ver e opinar....

ÁS ARMAS

Com a devida vénia do blog:Albergue espanhol
Sábado, 22 de Maio de 2010
por António Figueira
Segundo os jornais noticiaram há dias, o Museu da Marinha está em risco de perder o seu espólio para um novo "Museu da Viagem", a criar por proposta da actual ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas. Eu conheço razoavelmente bem o Museu da Marinha e, desde que numa longínqua manhã lá fui levado pela primeira vez, com os outros meninos da minha escola primária, visitei-o várias vezes e dei-o a conhecer aos meus filhos, que o estimam tanto como eu. Não nego, no entanto, que o projecto de subsumir as armas & os canhões dos Gamas, dos Albuquerques e dos Cabrais no universo mais vasto da viagem, não só de descobrimento e conquista, mas também de trabalho, de negócios ou de simples lazer, me parece audacioso e visionário - e a ideia de colocar lado a lado, sei lá, as galeotas reais com os cartões Viva do Metropolitano de Lisboa, encerra um propósito democrático que muito me apraz. Parece aliás que o nóvel "Museu da Viagem" não será o único do seu género a ser considerado pela Ministra Canavilhas, e que outros museus monoconceptuais estarão também a ser projectados: o "Museu do Projecto", por exemplo, que se erguerá no centro de Lisboa como um vasto falanstério, uma estrela de cinco pontas contendo outras tantas alas, cada uma das quais um verdadeiro museu dentro do museu: ala dos projectos falhados, ala dos projectos absurdos, ala dos projectos estapafúrdios... E ainda o "Museu do Sonho", o mais arrojado, porque apenas semi-material, e vivendo dos sonhos de quem o visitar... Pela minha parte, eu tenho um sonho que me proponho partilhar com todos os outros portugueses e desde já aqui ofereço às altas autoridades museológicas: que Gabriela, a sonhadora, seja  devolvida rapidamente ao seu rincão açoriano, e que o Museu da Marinha seja deixado em paz.

PERGUNTO

Porque não foi o D. Januário a celebrar hoje a Santa Missa , em Portimão , no Dia da Marinha?

domingo, 23 de maio de 2010

ORA TOMA!

  O ministro da Defesa Nacional vai pedir esclarecimentos adicionais ao parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) acerca das contrapartidas do negócio de compra de dois submarinos a um consórcio alemão.

"Coloquei questões ao Conselho Consultivo da PGR, que deu o seu parecer, mas há aspectos que gostaria de ver melhor esclarecidos", afirmou Augusto Santos Silva, acrescentando que o conteúdo do documento "não é público".

Em causa está a assinatura, em 2004, de um contrato de contrapartidas entre o Estado Português e um consórcio alemão para a compra de submarinos, negócio que esteve na origem de um processo judicial ao abrigo do qual foram constituídos dez arguidos.

Augusto Santos Silva participava na cerimónia militar de comemoração do Dia da Marinha, que decorreu na zona ribeirinha de Portimão.

Á margem das cerimónias, o responsável pela pasta da defesa sublinhou que o Estado não está em situação de "desafogo financeiro", e lembrou que o Governo suspendeu novas aquisições de equipamento militar enquanto vigorar o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC).

"O Governo já aprovou cortes na ordem dos 40 por cento nas verbas relativas à programação militar seja em 2010 seja nos anos de referência do PEC, ou seja, até 2013", referiu.

Apesar dos cortes, nenhuma missão da Marinha Portuguesa será posta em causa, por as suas missões serem consideradas essenciais para assegurar a defesa militar do país, entre outras atribuições.

Verbas destinadas ao pagamento de submarinos apenas no OE de 2012
O executivo de José Sócrates não inscreveu no orçamento de 2010 a aquisição uma vez que, justifica o ministro da Defesa em entrevista ao Diário de Notícias deste domingo, apesar da sua chegada ter estado prevista para o mês de Janeiro e Novembro deste ano, ainda se encontram em fase de testes pelo que ainda nenhum foi entregue ao Estado português.


O atraso fará com que só posteriormente sejam entregues à Marinha de Guerra de Portugal pelo que Augusto Santos Silva considera que só no ano de 2012 será necessário inscrever a verba respectiva no Orçamento de Estado.

Há duas razões que levam o Governo e o ministro da Defesa a defender esta inserção da verba de 1050 milhões de euros apenas no Orçamento de estado de 2012.

A primeira prende-se com o contrato assinado entre Portugal e o consórcio alemão GSC. È que o contrato possui uma cláusula que permite que "o pagamento seja feito apenas dias depois da entrega do segundo submarino" e não na data da entrega de cada uma das unidades contratualizadas. Este último entendimento é o que tem sido o entendimento tido com base nas regras ditadas por Bruxelas

Continuando a entrega da primeira unidade sem "data marcada", Portugal entende que não tem de inscrever já a respectiva verba este ano de 500 milhões de euros respeitante à entrega do primeiro submarino.

Essa entrega está dependente da finalização dos testes a que a Marinha portuguesa terá palavra determinante.

Não é, no entanto, apenas esta a razão pela qual Portugal não inscreve ainda este ano a verba destinada ao pagamento dos submarinos. Outra razão acresce para que o nosso país entenda inscrever apenas em 2012 e na totalidade as verbas aprazadas.

"O entendimento do Governo é que esse pagamento só deve ser feito, não aquando da recepção provisória dos submarinos (até ao início de 2011), mas um ano depois, quando essa recepção for definitiva", frisa Santos Silva ao DN.

Prevista a entrega do segundo submarino para o ano de 2011 e tendo em conta a "normal" derrapagem, Augusto Santos Silva e a sua equipa do Ministério das Finanças, terá apenas de inscrever os 1050 milhões de euros que constituem a totalidade do pagamento de dois dos submarinos no ano de 2012.

Em época de forte crise e de contenção numa tentativa desesperada de cumprir as regras da União Europeia e diminuir o défice público até 2013, esta hipótese vem defender os interesses de Portugal.

É claro que falta ainda o mais difícil. Falta convencer Bruxelas a aceitar esta solução defendida pelo executivo de Portugal.

A ser aceite, Teixeira dos Santos ficará com a necessária folga orçamental até 2011 tempo em que vigora o acordo estabelecido com o PSD para o aumento dos impostos recentemente decretado. Não há no entanto, bela sem senão. A solução encontrada cria um novo peso para as contas públicas depois dessa data (2011), quando será decidido se a carga fiscal terá ou não condições de redução, sem prejudicar o objectivo de atingir os 3% de défice em 2013.

Augusto Santos Silva não considera no entanto, tratar-se de um mero adiamento do problema. "Este Governo decidiu suspender todas as compras militares" por causa da crise, cativando 40% das verbas da Lei de Programação Militar e não autorizando novos contratos. "Agora temos que pagar as decisões do Dr. Paulo Portas", atira Santos Silva, não deixando de responsabilizar o governo do PSD/PP pelo preço que Portugal tem de pagar pelos dois submarinos comprados em regime de leasing operacional.

ÁS ARMAS


«A passagem do espólio do Museu de Marinha português para o novo Museu da Viagem ou qualquer outro museu, como proposto pelo Ministério da Cultura, significará a morte do Museu de Marinha criado pelo Rei D. Luís», assim começa o texto da petição que não quer que o espólio do museu seja incluído num novo museu da Viagem ou dos Descobrimentos, nem que saia das mãos do Ministério da Marinha e fique sob tutela do Ministério da Cultura.
A petição foi lançada por um grupo de pessoas ligadas à náutica profissional e de desporto, segundo explicou à Lusa Carlos Henriques, um dos fundadores do movimento de defesa do museu e responsável pelo arquivo histórico deste.
Ao final da manhã, a petição contava com cerca de 1500 subscritores. O grupo pretende recolher as assinaturas para entregar ao Presidente da República, à Assembleia da República, ao primeiro-ministro, aos ministros da Cultura e da Defesa e ao Chefe de Estado-Maior da Armada.
A possibilidade de o Museu da Marinha passar da tutela do Ministério da Defesa para o Ministério da Cultura foi alvo de notícias na imprensa, que avança também a hipótese do espaço museológico, instalado no Museu dos Jerónimos, mudar de nome no âmbito da criação de um futuro Museu da Viagem ou dos Descobrimentos.
O projecto da criação de Museu da Viagem ou dos Descobrimentos foi anunciado em Abril, no parlamento, pela ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas, quando foi questionada pelos deputados sobre o destino a dar à Torre Oca, que estava a ser usada pelo vizinho Museu Nacional de Arqueologia e que foi, entretanto, devolvida à Marinha.


sábado, 22 de maio de 2010

NOVO MUSEU

AINDA NÃO É O DA CANAVILHAS


O afundamento de quatro antigos navios de guerra da Armada Portuguesa vai dar origem ao primeiro museu subaquático do país, ao largo da Praia da Rocha, disse o presidente da Câmara, Manuel da Luz.
Entre os 12 e os 15 metros de profundidade, os navios - o oceanográfico «Almeida Carvalho», a Fragata «Hermenegildo Capelo», a Corveta «Oliveira do Carmo» e o navio-patrulha «Zambeze» - vão constituir «roteiros subaquáticos acessíveis a qualquer mergulhador», explicou à Lusa o autarca.
A ideia, segundo Manuel da Luz, é «limpar os navios de guerra de todos os materiais poluentes, rebocá-los até Portimão e afundá-los a cerca de duas milhas da costa, numa área já identificada e validada pelas autoridades ambientais».
O projecto de Museu Subaquático da Marinha de Guerra Portuguesa já mereceu a aprovação de diversas entidades com competências na matéria, nomeadamente do Ministério da Defesa, que emitiu neste mês despacho a ceder os quatro navios de guerra desactivados, actualmente estacionados na Base Naval do Alfeite.
Manuel da Luz destaca o facto de, além de criar «um museu original», o projecto permitir «reforçar o ecossistema», pois «os navios afundados serão recifes artificiais numa zona sem qualquer riqueza, o que possibilita um aumento da biodiversidade das espécies».
A operação, que deverá custar 2,5 milhões de euros, vai durar cerca de dois anos e meio, prevendo-se que o primeiro navio - a Corveta ¿Oliveira do Carmo¿, com cerca 1400 toneladas, 85 metros de comprimento e 10 de boca - seja afundado em Novembro deste ano ou em Abril de 2011.
«Tudo depende da disponibilidade do Arsenal do Alfeite para a empreitada de limpeza e adaptação do navio», fez notar Luís Sá Couto, proprietário da empresa de mergulho Subnauta, uma das parceiras da autarquia para a implementação da ideia.
Os restantes navios serão afundados à cadência de um por cada nove meses, se bem que o presidente da autarquia admite poder vir a adaptar o calendário às disponibilidades financeiras.
Luís Sá Couto refere, no entanto, que «mal seja imerso o primeiro navio e estejam criados o roteiro e a sinalética», será possível mergulhar neste museu debaixo de água, «mediante determinadas regras que serão definidas pela autarquia».

A FÉ

Santuário de Lourdes (França) recebe nestes dias (20 a 25 de Maio) militares dos quatro cantos do mundo. A delegação portuguesa é constituída por cerca de 600 peregrinos (militares e seus familiares).

O Pe. Manuel Amorim é vigário geral e capelão-chefe da diocese das Forças Armadas e relata à Agência ECCLESIA o “ambiente de festa e comunhão vivido nestes dias”. Na Peregrinação Militar Internacional, o Santuário de Lourdes fica diferente. “É uma experiência muito bonita porque juntam-se militares de cerca de 30 países” – disse.

Tudo começou em 1958, quando dois padres (um francês e outro alemão) se juntaram, em Lourdes, para tentar a “reconciliação entre os dois povos”. E adianta: “é com a colaboração de todos que passa a construção de um mundo novo”.

A ideia vingou e, inicialmente, a Peregrinação Internacional a Lourdes tinha apenas militares dos países europeus. Com os “variadíssimos uniformes”, a peregrinação ao santuário mariano conta, actualmente, com a presença de outros países extra Europa: Canadá, Costa do Marfim, EUA e outros. “Há também a presença muito interessante de uma delegação da KFOR que está presente no Kosovo” – disse o Pe. Manuel Amorim.

Nestes dias, quem se deslocar ao Santuário de Lourdes e não tenha conhecimento da realização desta peregrinação fica estupefacto com a “presença de tantos militares em convívio e partilha”. E avança: “há troca de bonés, símbolos e galhardetes”.

Um grupo de peregrinos portugueses faz o trajecto até Lourdes de bicicleta. “Há um grupo de 20 que chega hoje (21 de Maio) ao Santuário com o intuito de ir ao encontro da fonte” – reconhece o Pe. Manuel Amorim.

Esta peregrinação tem um programa oficial – os actos de todos os países – e depois cada nação tem o seu próprio programa. “Amanhã (22 de Maio) temos uma celebração penitencial e uma via-sacra só para portugueses” – disse o vigário geral do Ordinariato Castrense.

Lourdes é uma cidade situada na base dos Pirenéus e aparece como um traço de união entre a Planície e a montanha. A 11 de Fevereiro de 1858, Nossa Senhora aparece pela primeira vez à jovem Bernadette, na gruta de Massabielle, junto às margens do Rio Gave.

Um português é capelão honorário do Santuário de Lourdes
O Pe. Manuel Amorim participa nesta peregrinação há dez anos consecutivos. A organização desta iniciativa é da competência da Capelania-Mor da diocese das Forças Armadas e de Segurança. Como forma de agradecimento pelo trabalho realizado em prol do sucesso desta peregrinação, o Santuário de Lourdes agraciou-o com o título de capelão honorário do santuário.

“Há dois anos, no cinquentenário das peregrinações militares ao Santuário de Lourdes, foram três padres condecorados. De Portugal fui o único. Suponho que simboliza uma atenção e o reconhecer do empenhamento na divulgação e devoção à Senhora de Lourdes” – frisou à Agência ECCLESIA o Pe. Manuel Amorim.

Natural da diocese de Braga, Esposende, o Pe. Manuel Amorim está na diocese das Forças Armadas e de Segurança desde 1978. “Estive três anos na Escola de Fuzileiros, mais 18 anos na Escola Naval do Alfeite, dois na Escola da Marinha (Praça do Comércio) e estou há oito no Ministério da Defesa Nacional”.

ATÉ ESTE!

SÓCRATES PARECEaqueles velhinhos que se metem pelas auto estradas em contra-mão, com o Teixeira dos Santos no lugar do morto, a gritarem que os outros é que vêm ao contrário.
 De rabo entre as pernas, fartinhos de saberem que estavam errados, não conseguem agora disfarçar o mal que nos fizeram. Ainda estão a despedirem-se, agradecidos, do Constâncio, e já deram a mão a Passos Coelho, que lhes jura que conhece uma saída perto e sem portagem.
 Estamos bem entregues! Vão-nos servindo a sopa do Sidónio, à custa dos milhões que ainda recebem da Europa, andam pelo mundo fora sem vergonha, de mão estendida, a mendigar e a rapar tachos, tratados pelos credores como caloteiros perigosos e mentirosos de má-fé.
 Quando Guterres chegou ao Governo, a dívida pouco passava dos 10% do PIB. 15 anos de Guterres, Barroso, Sócrates e de muitos negócios duvidosos puseram-nos a dever 120% do PIB.
 Esta tropa fandanga deu com os burrinhos na água, não serve para nada e o Estado do próprio regime se encarrega de o demonstrar. Falharam todas as apostas essenciais. Todos os dias se mostram incapazes. Mas com o Guterres nos refugiados, o Sampaio nos tuberculosos e na Fundação Figo, o Constâncio no Banco Central e o Barroso em Bruxelas, a gente foge para onde?

 
 

CABINDA, UÉ

Cabinda acordou hoje com fortíssimos dispositivos militares , casas e indivíduos cercados , impedimento da marcha de paz e pessoas detidas.
Mas como é em Angola tudo bem.A nossa imprensa engole, o nosso governo assobia......

sexta-feira, 21 de maio de 2010

LA VAI ELE

Ministro da Defesa Nacional preside à cerimónia de comemoração do Dia da Marinha, em Portimão
 O Ministro da Defesa Nacional (MDN), Augusto Santos Silva, acompanhado pelo Secretário de Estado da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar, Marcos Perestrello, preside, no dia 23 de Maio, a partir das 11h30, à cerimónia de comemoração do Dia da Marinha, em Portimão.

Programa:11h30 Chegada do MDN, Augusto Santos Silva, a Portimão
- Cerimónia Militar na Avenida Marginal
- Honras Militares: Hino da “Maria da Fonte” e revista às Forças em Parada (FP)
- Imposição de condecorações a entidades civis e militares, militarizados e civis da Marinha
- Homenagem aos mortos em defesa da Pátria
- Alocução do ALM CEMA
- Alocução do Ministro da Defesa Nacional
- Desfile das FP pela seguinte ordem:

• Banda e Fanfarra;
• Bloco de Bandeiras e Estandartes (BB/E);
• Escolta de Honra ao BB/E;
• Comando das FP;
• 1º Batalhão (Fuzileiros);
• 2º Batalhão (unidades navais e Escola de Tecnologias Navais);
• 3ª Batalhão (Fuzileiros);
• Desfile de botes no espelho d’água;
• Sobrevoo helicópteros Lynx;
• Bloco motorizado;
• Despedida por um helicóptero Lynx.
12h45  Fim da cerimónia militar
12h50 Ponto de Imprensa

Nota: E lá vai a Briosa , desfilar em continência, perante 2 senhores que nada fizeram pela Pátria

OUR DAY

Dia da Marinha comemora-se em Portimão até domingo

Foto


O «Creoula» atracado no Porto de Portimão

"A largada de sete navios no rio Arade, visitas às embarcações e um concerto da Banda da Armada são algumas das propostas das comemorações do Dia da Marinha que este ano têm lugar em Portimão, até ao próximo domingo.
A cidade portimonense é a anfitriã destas comemorações que se associam às dos 150 anos do aniversário de Manuel Teixeira Gomes, que, além de político e homem de letras, foi também um amante do mar e dos navios. As viagens marítimas foram, aliás, uma parte do enriquecimento cultural deixado nas suas obras literárias.

Assim, a partir de hoje, o Cais Comercial e o Ponto de Apoio Naval recebem as Unidades Navais NRP Dom Francisco de Almeida, NRP Vasco da Gama, UAM Creoula, NRP Baptista de Andrade, NRP João Roby e o NRP Auriga, que estarão abertas a visitas, entre as 10 e as 12 horas e das 14 às 19 horas.

Contactada pelo «barlavento», fonte da Marinha explicou que o «NRP Auriga é um navio hidrográfico, diferente dos outros navios abertos a visitas no local. É de cariz científico e de investigação, o que permitirá conhecer outro tipo» de embarcação da Marinha.

Serão estes navios os protagonistas da tarde de domingo, a partir das 16h15, com a sua largada na Praia da Marina.

«É a despedida dos navios, que deixam a cidade de Portimão e assinalam o término das comemorações. Neste evento, participará também o NRP Berrio, o maior reabastecedor da Marinha, bem como as lanchas de fiscalização rápida Hidra, Centauro e Orion, que costumam estar operacionais no Sul de Portugal», acrescentou. O Berrio apenas participa no desfile, porque tem que ficar fundeado ao largo.

Também haverá espaço para a música, no dia 21, com o concerto da Banda da Armada, com uma hora e meia, ao ar livre, na Alameda da República.

No entanto, os pontos altos das comemorações serão no dia 23 de Maio, com uma missa em sufrágio dos militares, militarizados e civis da Marinha falecidos, transmitida em directo pela RTP, às 10 horas, na Igreja do Colégio.

Já às 11h30, haverá na zona ribeirinha de uma cerimónia militar e um desfile, com a participação dos Fuzileiros e de militares da Marinha. «Neste evento, está incluído um desfile de veículos motorizados dos Fuzileiros e Polícia Marítima» e ainda às 15h30, Exercícios de Demonstração de Capacidades, na Praia da Marina, antes da largada dos navios.

Hoje e amanhã, das 10 às 12 e das 14 às 18 horas (Cais Comercial), e no sábado só no período da manhã (Ponto de Apoio Naval), é possível fazer um baptismo de mar a bordo das lanchas «Centauro» e «Sagitário». Segundo fonte da Marinha, podem participar «pessoas com mais de 14 anos de idade, bastando dirigirem-se ao local para terem acesso a informações mais detalhadas».

Até ao próximo domingo, é ainda possível visitar uma Exposição de Actividades da Marinha, no Teatro Municipal de Portimão.

Neste espaço podem conhecer-se de perto as áreas operacional, científica e cultural da Marinha. Os visitantes têm a oportunidade de aprender a comandar um helicóptero Lynx e um navio, através dos simuladores de voo e de navegação.

Para os mais aventureiros, também até 23 de Maio, entre as 10 e as 12 horas e as 15 e as 20 horas, estará aberto um espaço «fun place», com actividades radicais, como baptismos de mergulho, torre de escalada, tendas de airsoft e baptismos de mar em viaturas anfíbias.

ÁS ARMAS

Li no i que o Ministério da Cultura quer pilhar o Museu de Marinha e fazer mais outro museu secreto, daqueles em que os visitantes não são bem vindos, onde não se pode tirar fotografias, onde as pessoas são tratadas como se estivessem ali para mutilar os quadros ou encher as vitrinas de dedadas de gordura. 
Como dizia o Umberto Eco: o pessoal dos museus e bibliotecas pensa sempre que se não estamos a trabalhar numa terça-feira às onze da manhã é porque de certeza somos criminosos e estamos ali para roubar.  Além de perturbarmos o ócio do pessoal.
O Museu de Marinha é o museu mais visitado (e o mais divertido) do país.  Na minha experiência (e não só), o quadro do Museu de Marinha é (tem sido sempre!) o mais competente, mais dedicado, mais profissional e com o sentido de serviço público mais apurado do país.
E a paga para todos estes anos de dedicação é serem pilhados pelo Ministério da Cultura e verem o seu espólio enterrado num mandarinato qualquer?! 
Isto é uma daquelas afrontas que pede uma invasão do Palácio da Ajuda, com archotes, paus e forquilhas.  Ou isso, ou assinarmos a petição para salvar o Museu de Marinha que está aqui:  http://www.peticaopublica.com/?pi=P2010N2153 
:o)
 mls

quinta-feira, 20 de maio de 2010

ÁS ARMAS


Ministra assegura que um projecto não invalida o outro
Possível integração do Museu da Marinha no Museu da Viagem gera contestação
Está a gerar alguma contestação a ideia de que o futuro Museu da Viagem poderá vir a absorver o centenário Museu da Marinha. Nos últimos dias, têm circulado na Internet vários comentários de indignação face à possibilidade de aquele museu vir a desaparecer enquanto instituição autónoma.
O Ministério da Cultura desmente a existência de qualquer proposta, assegurando que o Museu da Viagem, é, nesta altura, apenas um conceito. Mas o PÚBLICO sabe que essa hipótese está na calha e até já foi avançada num projecto de protocolo.

Nesse mesmo esboço de documento de entendimento, surge a indicação de que as instalações do futuro Museu da Viagem corresponderão às instalações do actual Museu Nacional da Arqueologia - que, como já era do conhecimento público, passará para a Cordoaria Nacional -, abrangendo também o espaço actualmente ocupado pelo Museu de Marinha.

Esta hipótese, que é encarada por alguns dos contestatários como uma tentativa de "eliminação" do museu que comemorará 150 anos em 2013, levaria a que a unidade da Marinha e todo o seu espólio passassem a ser parte integrante do Museu da Viagem - ficando sob a alçada do Ministério da Cultura. Outro dos argumentos usados assenta no facto de esta proposta poder levar a que Portugal seja um dos poucos países no mundo sem Museu da Marinha.

Da parte do Ministério da Cultura, surge a explicação, através do seu gabinete de imprensa, de que nada foi ainda avançado relativamente ao projecto do futuro Museu da Viagem, para além daquilo que foi anunciado pela ministra Gabriela Canavilhas - a ideia de o futuro museu apresentar a epopeia das Descobertas e a expansão dos portugueses no mundo. O Ministério da Cultura desmente, assim, a existência de propostas e eventuais negociações para a associação da futura unidade museológica ao Museu da Marinha, asseverando-se que o futuro Museu da Viagem está apenas na fase de "conceito" e "ideia".

Contactado pelo PÚBLICO, o chefe do serviço de informação e relações públicas da Marinha, João Barbosa, também declarou ser "prematuro" avançar qualquer tomada de posição em relação a uma negociação que está "numa fase muito embrionária". Ainda que se tenha escusado a confirmar a existência ou não dessa proposta de ocupação das instalações do Museu da Marinha, o porta-voz admitiu existirem conversações ao nível dos ministérios da Cultura e Defesa Nacional.
Maria José Santana

quarta-feira, 19 de maio de 2010

LA VAI ELE

Ministro da Defesa Nacional assinala Dia Europeu do Mar em Cascais

  Esta quinta-feira, dia 20 de Maio, celebra-se o Dia Europeu do Mar. O Ministro da Defesa Nacional, Augusto Santos Silva, assinalará o dia marcando presença na apresentação do Kit do Mar, que decorrerá a partir das 15 horas, na Escola Secundária Frei Gonçalo de Azevedo, em São Domingos de Rana, no concelho de Cascais.

O Kit do Mar é um instrumento pedagógico da Estrutura de Missão para os Assuntos do Mar (EMAM), que coordena o programa interministerial “Comunicação e Sensibilização para o Mar”. O Kit é composto de um dossier com fichas de projecto transversais, que contêm sugestões e orientações para a realização de actividades relacionadas com o tema do mar.

Estarão presentes nesta cerimónia, para além do Ministro da Defesa Nacional, a Ministra da Educação, Isabel Alçada, e o Responsável pela EMAM, Manuel Pinto de Abreu.  

Nota:E os Marinheiros? Ficam à porta , como sempre

À VELA

Blaus, o novo veleiro da Escola Naval
Dimensões: 23,20 x 5,73 x 2,70
Deslocamento: 63t
Motor Mercedes MTU OM 427 (240CV).
Velocidade máx. 10 nós.

Nota: O Dr. Judice que não se enerve porque não custou dinheiro nenhum

ÁS ARMAS

"Aux armes citoyens"                contra a ministra da in-cultura

The EXCHANGE


General “Kopelipa” compra vinhas no Douro por um milhão de euros
ImageLisboa - O general Hélder Vieira Dias, “Kopelipa”, pagou um milhão de euros por duas áreas no Douro para produzir vinho e exportar. O responsável pelos serviços secretos da Angola, general Manuel Hélder Vieira Dias Júnior, adquiriu duas quintas na região do Douro para produzir vinho destinado a exportação, designadamente para os países de língua oficial portuguesa (PALOP).
As propriedades agrícolas situam-se nas proximidades da Quinta da Leda, que pertenceu à lendária Ferreirinha e onde é produzido o emblemático Barca Velha. O negócio, concretizado há cerca de um mês, envolveu duas propriedades contíguas ainda por rentabilizar, a Quinta da Serra e a Quinta da Pedra Cavada, possuindo no conjunto cerca 400 hectares espalhados maioritariamente pelo concelho de Vila Nova de Foz Côa e abrangendo a Região Demarcada do Douro e do Vinho do Porto (RDDVP).
“Kopelipa” e um grupo de investidores israelitas
Os terrenos, de origem xistosa e marcados por elevados declives, encontram-se a dois quilómetros da Quinta da Leda.
A transacção contou do lado vendedor com produtores locais que detinham as quintas em parceria. Do lado comprador está a Superfície Vertical Investimentos Imobiliários (SVII), controlada pelo chefe dos Serviços de Inteligência Externa de Angola (SIEA).

Segundo os valores registados oficialmente, Manuel Hélder Vieira Dias Júnior, conhecido por “Kopelipa”, pagou pelos dois terrenos cerca de um milhão de euros.
Um dos anteriores proprietários era a família de Celso Madeira (Rui e Filipe Madeira), dona da Casa Agrícola Reboredo Madeira (CARM), que desenvolve igualmente a sua actividade na zona duriense e que comercializa vinho e azeite com as marcas CARM. O primeiro contacto para a venda da Quinta da Serra e da Quinta daPedra Cavada partiu de Celso Madeira no decurso de uma viagem a Angola.
Imobiliária mediou negócio“Kopelipa” é desde 16 de Maio de 2007 administrador e accionista maioritário da WWC, World Wide Capital SGPS, holding que já este ano adquiriu a SVII.
O recurso a uma imobiliária para realizar a transacção prendeu-se, informações obtidas pelo PÚBLICO, com questões de natureza fiscais mais favoráveis. Este alto responsável do Governo angolano assumiu em 2006, por indicação do Presidente, José Eduardo dos Santos, a liderança dos serviços secretos locais, na sequência da sindicância desencadeada a este organismo e que levou à demissão do anterior responsável, general Fernando Garcia Miala.
Em Angola, “Kopelipa” está ligado a personalidades como Isabel dos Santos, a empresária filha do Presidente e sócia de Américo Amorim em negócios como o Banco Internacional de Crédito (agora também com presença em Portugal, tendo Mira Amaral como presidente).
De acordo com informações do Semanário Angolense, entre os accionistas do projecto agrícola Terra Verde estão Isabel dos Santos, “Kopelipa” e um grupo de investidores israelitas. O é também referido como tendo várias ligações a empresas da
África do Sul, além de deter participações em diversas empresas angolanas em áreas como tecnologias de informação, transportes, cimentos e pescas.
No projecto vinícola no Douro, o novo proprietário da Quinta da Serra e da Quinta da Pedra Cavada pretende recuperar os terrenos reconvertendo-os em plantação de vinha, estando já a ser desenvolvidos contactos com vista à compra de licenças de plantio.
Produzir vinho tintoDos quatrocentos hectares de superfície, há autorização para cultivar 150 hectares (destinados na sua maioria a gerar vinho tinto).
O plano é arrancar numa primeira fase com o plantio numa área equivalente a metade do que é permitido.
Em simultâneo estão actualmente a decorrer negociações entre a SVII e Celso Madeira, o anterior dono das quintas, com vista a celebrar uma parceria para a sua exploração e que permita a obtenção de economias de escala. As conversas entre o dono da CARM e os representantes de “Kopelipa” envolvem um projecto de exportação de vinho para África, em especial para Angola, país que 2007 importou de Portugal cerca de 50 milhões de litros de vinho.
Nomeado em 1995 como chefe da Casa Militar de Eduardo dos Santos,”Kopelipa” iniciou a sua ascensão no seio da presidência através do departamento de estudos e análises, do qual era responsável.
Entre as suas missões estavam a análise da situação política e do papel dos media, principalmente os de capitais privados.
A sua influência aumentou exponencialmente quando assumiu a do Gabinete de Reconstrução Nacional (GRN), criado em 2004. Detendo total autonomia administrativa e reportando a José Eduardo dos Santos, o GRN tem como missão
“promover, acompanhar e supervisionar a implementação de programas no domínio da recuperação económica e social”. Na prática, é por este organismo que passam centenas de milhões de dólares negociados entre a China e Angola, aplicados depois de diversas formas, incluindo a construção de infra-estruturas como habitações e estradas.
Mercado em alta
Numa fase em que Angola importa cada vez mais produtos de consumo, Portugal tem conseguido aumentar a sua presença, nomeadamente em sectores como o das bebidas.  No caso do vinho, cerca de 75 por cento das marcas compradas neste país são de origem portuguesa, segundo afirmou à Lusa José Costa e Oliveira, vice-presidente da associação portuguesa de produtores (ViniPortugal) no passado dia 1 de Julho.
Só em 2007 foram exportados cerca de 50 milhões de litros de vinho, equivalentes a perto de dez milhões de euros, com destaque para as marcas dos grupos do Esporão e da Sogrape. No ano que vem, e de acordo com José Costa e Oliveira, o organismo de que faz vai investir no mercado angolano cerca de 500 mil dólares (319 mil euros), direccionados para acções de formação, provas de vinho e bolsas de estudo.