O novo chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA),
Macieira Fragoso, que ontem tomou posse, assumiu como sua prioridade rever a
estrutura orgânica da Marinha, reavaliar as carreiras e investir na
modernização dos meios, apontando problemas “sérios” decorrentes das restrições
orçamentais.
“Neste
processo, serei determinado e prudente, procurando sempre discernir entre o que
é a natural resistência à mudança daquilo que representa uma argumentação pertinente.
Nada será intocável mas também nada será mudado porque fi ca bem mudar”,
afirmou.
No
seu discurso de apresentação à Marinha, Luís Manuel Fourneaux Macieira Fragoso
disse que pretende levar a cabo a reestruturação com base na resolução “Defesa
2020”, tendo em conta “as futuras disponibilidades de pessoal”. Quanto à
reavaliação das carreiras, o almirante Macieira Fragoso disse que procurará “a
maior flexibilidade possível” e “a constante adaptação”.
O
novo chefe do Estado-Maior da Armada advertiu para as consequências da
“continuada exiguidade de recursos financeiros”, referindo que tem conduzido “a
uma preocupante inactividade dos navios, em especial dos navios combatentes”, e
à falta de uma manutenção regular. A “rápida adjudicação do fornecimento de um
novo simulador de acção táctica” será prioritária, indicou.
O
almirante sublinhou que a renovação dos meios navais “sofreu um grande revés”
quando, pelas “vicissitudes conhecidas” dos Estaleiros Navais de Viana do
Castelo, “apenas foi aumentado ao efectivo da Marinha o segundo NPO há alguns dias”.
“Esta
situação criou uma enorme perturbação no planeamento de manutenção da esquadra
ao obrigar a reinvestir em navios com mais de 40 anos de intensa actividade
operacional, sem garantias de que se venha a obter retorno do investimento
efectuado”, advertiu, considerando que este é “um problema sério”.
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