."......Dentro da mesma lógica de
pensamento, impõe-se que o Encontro de Oficiais, que se realizará no dia
22 de Fevereiro, a partir das 15H00 (inicio da sessão 15H30) e até cerca das
20H00, quase certamente num auditório do ISCTE com capacidade para algumas
centenas de camaradas, tenha o número de presenças que merece. O Encontro
será, mesmo, só para oficiais dos três Ramos das Forças Armadas, nas
diversas situações/vínculos (activo, reserva, reforma, RV e RC) e a comunicação
social não poderá estar presente, sendo-lhe facultada, apenas, a recolha de
informação antes e depois dos trabalhos (normalmente, junto de dirigentes da
AOFA). As decisões que aí forem tomadas reflectir-se-ão, certamente, no
futuro de todos nós e, até, no equilíbrio de que Portugal tanto
precisa.
Na altura, já terão tomado posse os
novos Órgãos Sociais da AOFA (as eleições decorrem no próximo dia 1 de
Fevereiro, sábado), que continuarão com o mesmo Presidente (COR Pereira
Cracel), mas apresentarão boas novidades, de que se salientam uma muito
maior participação de camaradas no activo (detendo postos que estão no “centro
do furacão” estatutário que se avizinha), entre eles o futuro Vice-Presidente,
MAJ INF Comando Musa Paulino e a assumpção da Presidência da Mesa da
Assembleia-Geral por parte do TGEN Formeiro Monteiro (passando o ALM
Castanho Paes a integrar o Conselho Deontológico), tendo como Vice o MGEN
Ferreira da Cunha."
Parte de um texto da AOFA.
COMUNICADO
(2014JAN29)
2014: O ANO EM QUE EXPRIMIR A
INDIGNAÇÃO JÁ NÃO É SUFICIENTE
As direcções das ANS, AOFA e AP, reunidas para analisarem as consequências
das gravosas medidas constantes da Lei do Orçamento do Estado de 2014 (OE/2014)
e de diplomas com matriz em tudo semelhante, alguns ainda por publicar, cientes
do sentimento de crescente e irreprimível indignação que se tem vindo a
apoderar da generalidade dos militares, que, pese embora o que vem sendo
transmitido para a opinião pública, não sentem, como a esmagadora maioria dos
seus concidadãos, qualquer melhoria nas suas condições ou perspectivas de vida,
concluíram o seguinte:
Para além dos
injustos e dramáticos cortes nas remunerações dos que servem o Estado (o que
inclui os militares) e nas funções sociais que constituem responsabilidade
daquele (saúde, educação e prestações sociais), com particular relevo nos que
incidem violentamente sobre os pensionistas e reformados (o que inclui,
igualmente, os militares, bem como os respectivos cônjuges sobrevivos), também
as funções de Soberania (muito especialmente nos casos da defesa e da segurança
interna) têm sido alvo de perigosas reduções orçamentais, com reflexos muito
negativos no treino, na motivação e, consequentemente, na capacidade de
resposta operacional indispensável ao cumprimento das missões
constitucionalmente consagradas.
Saliente-se
que a maioria dos restantes nossos concidadãos, aos quais envolvemos em toda a
nossa fraterna solidariedade, também é sujeita a penosos sacrifícios, embora a
partir de outros processos que vão desde o gravíssimo flagelo do desemprego até
à objectiva redução de salários, para não falar do enorme aumento de impostos
(de que os militares são igualmente vítimas).
Tudo isto sem
que se apure verdadeiramente como é que foi possível chegar à dramática
situação que o País vive e às nebulosas dependências associadas, e
consequentemente, sejam efectivamente responsabilizados e penalizados os que a
ela nos conduziram, o que não tem acontecido.
Como
associações socioprofissionais que somos, não podemos aceitar que o Governo trate
os militares sem olhar aos riscos que correm e às restrições e
deveres a que estão sujeitos e sem cumprir os direitos que lhes deviam servir
de contrapartida, conforme estabelecido na Lei nº 11/89, de 1 de Junho.
Embora os
pesados sacrifícios a que têm sido sujeitos os militares se tenham vindo a
acentuar desde 2011, com o OE/2014 e os diplomas que se encontram pendentes agravam-se,
ainda mais, as medidas que nos são ou vão ser impostas:
- A redução das
remunerações e o congelamento das progressões;
- As condições
em que se processam as promoções, situação agravada com o que se antevê quanto
às carreiras;
- A revisão do
Estatuto dos Militares, decidida em segredo;
- A suspensão
de passagem à situação de reserva;
- A redução de
efectivos;
- A situação
dos militares em
Regime de Voluntariado e Contrato;
- A alteração
às regras do Suplemento de Residência, antevendo-se confiscos da mesma natureza
decorrentes da revisão de outros suplementos
remuneratórios e da aprovação da “tabela única”, que o Governo tem em carteira;
- As sucessivas
alterações à Assistência na Doença aos Militares (ADM);
- A profunda
degradação da saúde hospitalar;
- A degradação
da situação da Acção Social Complementar a cargo do Instituto de Acção Social
das Forças Armadas (IASFA);
- A extinção do
Fundo de Pensões dos Militares das Forças Armadas (FPMFA;
- O tratamento
dado aos militares no âmbito da Reforma, mais penalizados, em muitos casos, do
que qualquer outro cidadão;
- O corte de
pensões de sobrevivência de viúvas de camaradas nossos, naquilo que configura o
inaceitável confisco do resultado dos descontos de quem já morreu, num desprezo
total pela memória dos que deram o seu melhor ao serviço da Pátria.
Por estas e
outras razões, as APM, que elegeram 2014
como o ano em que exprimir a indignação já não é suficiente, resolveram
levar a cabo uma “Iniciativa Pública” no próximo dia 13 de Fevereiro,
quinta-feira, pelas 18H00, no Largo Camões, em Lisboa.
As APM’s
(ANS, AOFA, AP)
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