27 de Julho de 2014 02:42
Assunto: No Almoço de de Homenagem a Marcelino da Mata
Assunto: No Almoço de de Homenagem a Marcelino da Mata
No
Almoço de Homenagem a Marcelino da Mata
"VIVA
O COMANDANTE! VIVA PORTUGAL!
...É
verdade. Foi neste Sábado. Saudei-o com uma mensagem simples, mas profunda, «em
nome dos que vieram depois»... Tão comovente, que chorámos por
Portugal!
Não
me dirigia propriamente ao 'Tenente-Coronel' - 'militar mais condecorado da
História de Portugal' - nem ao 'Cidadão' Marcelino da Mata, mas ao 'Homem
Grande', na Tradição da Guiné, que apenas se tornou militar porque já
essencialmente já era, e continuou a ser, um dos maiores Guerreiros de sempre,
um dos melhores 'Homens de Acção', para quem a Honra e a Fidelidade definem o
'ADN' espiritual de quem vive a sério o Combate na Vida. Na Tradição
Indo-Europeia, a Condição de Guerreiro está num plano superior, espiritual e não
material. Foi ao Guerreiro que falei, e recordei alguns versos da Canção de
Quelé-Fabá - uma lenda fantástica dos Mandingas, digna dos melhores contos
célticos: «Os cobardes, esses vivem mais, mas nunca terão música para
dançar».
O
nome dele - e dos seus muitos camaradas dos Comandos Africanos, formidáveis
combatentes traídos pelos miseráveis que sabem - já estão gravados a letras de
Ouro na nossa grande História. Filhos de Portugal, não pelo Sangue Herdado mas
pelo Sangue Derramado, são nossos «Irmãos em Portugal». Hão-de ser para sempre
cantados !
Marcelino
da Mata nunca deixou de acreditar na Vitória. Estilista da guerrilha, ágil e
impetuoso chefe de Guerra, foi solidário até ao fim com os seus camaradas, neste
pântano miserável em que nos transformámos e em que logrou que muitos fossem
reconhecidos. Manteve intacta a Fidelidade a Portugal, aos seus camaradas, e o
seu orgulho em servir as armas portuguesas, mesmo quando outros traíam. Portugal
autêntico só pode orgulhar-se dele e deles.
Em
certas operações muito rápidas e frequentes, o Comandante Marcelino da Mata - é
assim que prefiro chamar-lhe - levava apenas meia dúzia dos seus homens em
incursões furtivas para atacar acampamentos de 20 ou 30 inimigos. Cercados, sem
detectar os nossos 'comandos' bem camuflados na noite, os inimigos, em vez de
serem logo sumariamente liquidados, tinham uma derradeira oportunidade para
despertar e morrer como homens - a lutar. Marcelino mandava tocar o clarim -
avisava-os antes de avançar! Um 'dobre de finados' que, se tornou uma
'assinatura' desses golpes de mão, uma 'marca' pessoal que só um grande e nobre
combatente pode assumir - e um mestre de 'acção psicológica' saberá explicar.
Não era só odiado pelo inimigo - que várias vezes se vingou na sua família - era
absolutamente temido!
Marcelino
da Mata, hoje com 74 anos, tem uma longa e rara história de Honra, de
cumprimento do Dever e de grande Espírito de Sacrifício, no combate pela Guiné
Portuguesa e, em várias frentes, ao Serviço do Estado dos Portugueses.
Sobreviveu a várias tentativas de assassínio e até à tortura terrível de que foi
alvo no Ralis, em 1975. Está ainda hoje connosco porque venceu,
sempre!
Glória ao Guerreiro, Vida e Vitória ao Comandante Marcelino da Mata!
E Que Viva Portugal!"
Nota: Desconhecemos o autor do texto,(enviado por um Amigo RD) mas publicamos com a devida vénia
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