A sua partida deixou-me mais desorientada do que triste. Todas as mulheres precisam de protecção e o Carlinhos era a imagem personificada dessa protecção. Como era o meu tio João que partiu em 2013 e o meu querido Manuel Forjaz que nos deixou este ano. A sua ausência tem provocado cambiantes a cada dia que passa; posso acordar a rir-me das piadas dele ou com vontade de chorar por saber que não vamos voltar a sentar-nos à mesa. Ou então oiço-lhe a voz grave e feliz a perguntar-me. Então Maggie, quando apareces? E eu aparecia sempre porque a casa dele era uma segunda casa para mim.
Há meses e meses que o Carlinhos estava doente e já aprendi a preparar-me para a partida daqueles que amo quando a sua morte me é anunciada. Vou-me despedindo um bocadinho todos os dias. Até ao dia em que sei que já não me posso despedir. Agora, ficam as melhores memórias de alguém que sem laços de sangue, os criou comigo para sempre.
Rest in peace querido Carlinhos. Comandante para os amigos, incansável empresário, anfitrião, bom pai, bom marido, bom padrasto e grande amigo. Aqueles que viveram e conviveram contigo adoram-te para sempre."
Margarida Rebelo Pinto
*Com a devida vénia
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