Os investigadores Joaquim Alves Gaspar e Henrique Leitão Fotografia © Reinaldo Rodrigues / Global Imagens
Cartógrafo português Luís Teixeira desenhou a carta em 1585, mais de um século antes da que era até agora referenciada como a primeira, da autoria de um inglês.
A carta náutica não estava escondida, nem nada que se pareça. Faz parte do acervo do Museu da Marinha e Armando Cortesão reproduziu-a no seu monumental Portugaliae Monumenta Cartographica, de 1960. O investigador Henrique Leitão, no entanto, nunca a tinha visto - até há meia dúzia de meses. Nessa altura, quase teve um sobressalto. Desenhada pelo cartógrafo português Luís Teixeira, por volta de 1585, aquela é a primeira carta que assinala, muito antes de qualquer outra, as linhas do magnetismo terrestre.
Foi isso que revelou a análise do mapa pelo físico e historiador de ciência Henrique Leitão e por Joaquim Alves Gaspar, especialista em cartografia do Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia, na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
"Quando vi o documento, numa conferência do comandante Nuno Costa Canas, diretor do Museu da Marinha, pensei de imediato: tenho de estudar esta carta", recorda. As tais linhas (têm um traçado curvo, no mapa aqui reproduzido), chamaram-lhe a atenção. E o trabalho feito pelos dois investigadores confirmou que representam o magnetismo terrestre, ou a declinação magnética, tal como era na época. "Até agora, a carta mais antiga conhecida com a representação destas linhas isogónicas, ou de igual declinação magnética, que representam portanto o magnetismo terrestre, era a do inglês Edmund Halley, de 1702", explica Henrique Leitão. "Agora temos esta, desenhada por um cartógrafo português, que já tem essa representação quase 120 anos antes", sublinha, satisfeito.
Foi isso que revelou a análise do mapa pelo físico e historiador de ciência Henrique Leitão e por Joaquim Alves Gaspar, especialista em cartografia do Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia, na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
"Quando vi o documento, numa conferência do comandante Nuno Costa Canas, diretor do Museu da Marinha, pensei de imediato: tenho de estudar esta carta", recorda. As tais linhas (têm um traçado curvo, no mapa aqui reproduzido), chamaram-lhe a atenção. E o trabalho feito pelos dois investigadores confirmou que representam o magnetismo terrestre, ou a declinação magnética, tal como era na época. "Até agora, a carta mais antiga conhecida com a representação destas linhas isogónicas, ou de igual declinação magnética, que representam portanto o magnetismo terrestre, era a do inglês Edmund Halley, de 1702", explica Henrique Leitão. "Agora temos esta, desenhada por um cartógrafo português, que já tem essa representação quase 120 anos antes", sublinha, satisfeito.
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