sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

ECCE HOMO

Pacheco Pereira considera que o ministro da Defesa teve uma exibição de mau carácter, no congresso do PSD.
No seu comentário semanal, esta madrugada, no programa “Quadratura do Círculo”, o antigo vice-presidente do Parlamento Europeu disse que José Pedro Aguiar-Branco era mesmo um caso acentuado de mau-carácter, situação que o entristecia.
“Conheço muito bem Aguiar-Branco, mais que a maioria das pessoas, e para mim é sinal de péssimo carácter que vá ao congresso e que diga que eu, Bagão Félix e Mário Soares somos o vírus da política portuguesa”, afirmou Pacheco Pereira, acrescentando que também não lhe ficou bem falar dos ex.
“Eu sou ex de muitas coisas e noutras não, mas a minha vida não é dominada pelo medo de ser ex”, continuou o comentador, ao mesmo tempo que sublinhava que não está disposto a pagar todo o preço, “que algumas pessoas pagam para nunca serem ex de coisa nenhuma, como é o caso de Aguiar-Branco”.
Pacheco Pereira acusou ainda o ministro de bajular pessoas por quem tem uma opinião duvidosa. “Eu sei qual a opinião de Aguiar-Branco sobre muitas pessoas que anda a bajular e isso é uma questão de carácter. E custa-me ver algumas pessoas a terem essas exibições de mau carácter”.
A finalizar o seu comentário sobre Aguia-Branco, o político enfatizou que lhe custa ver as pessoas com obsessão de não serem ex de coisa nenhuma, "estarem sempre à superfície da vida política, sem qualquer espécie de coluna vertebral".

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

AGUENTA MARUJO

NO COMMENTS

Luís Araújo O "gesto de insubmissão" do chefe dos militares "para evitar injustiça"

O general Luís Araújo, anterior chefe do Estado-Maior-General das Armadas, solicitou a sua reforma em dezembro de 2013 por forma a escapar aos cortes previstos no Orçamento do Estado de 2014, isto sem o comunicar ao Presidente da República, ao Governo ou à própria instituição, numa atitude que o próprio classifica como “um gesto de insubmissão” para evitar “uma injustiça”, avança a edição desta quarta-feira do Diário de Notícias.
PAÍS
O gesto de insubmissão do chefe dos militares para evitar injustiça
DR
“Foi um gesto de insubmissão contra uma decisão absolutamente leviana e aleatória (…). Que fiz de mal? Absolutamente nada. Não permiti que me roubassem”.
É desta forma que o general Luís Araújo, anterior chefe do Estado-Maior-General das Armadas, sustenta, em declarações ao Diário de Notícias, o facto de ter antecipado a sua reforma para dezembro de 2013 com o intuito de escapar aos cortes previstos no Orçamento do Estado deste ano.
Ora, o chefe dos militares tão pouco informou, como lhe competia, o Presidente da República, Cavaco Silva, ou o Governo acerca da sua decisão, por entender tratar-se de “uma questão pessoal, e no sentido de “evitar uma injustiça”, clamando estar a “exercer um direito” que lhe assiste, e que iria perder com as normas que começaram a vigorar em 2014, no que à extinção da cláusula de salvaguarda diz respeito.
O último dia de Luís Araújo enquanto chefe do Estado-Maior-General das Armadas foi a 6 de fevereiro, data em que terminou o seu mandato.
Segundo o Diário de Notícias, a 18 de fevereiro, a Caixa Geral de Aposentações comunicou tanto ao general como à Força Aérea, ramo de origem do antigo chefe dos militares, que o responsável havia passado à situação de reforma com “efeitos a partir de 30 de dezembro de 2013”.
Saliente-se que o Estatuto dos Militares das Forças Armadas determina que “o militar na reforma não pode exercer funções militares, salvo nas circunstâncias excecionais previstas”, a saber, caso tivesse sido eleito Presidente da República ou promovido por distinção a título excecional, indica o mesmo jornal."

Fonte:N/minuto

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

TUDO A DORMIR

"Las fotografías tomadas desde el espacio de noche normalmente muestran donde hay gente: solo hay que seguir las luces. Pero los casi 25 millones de habitantes de Corea del Norte parecen desvanecerse completamente de noche en esta imagen tomada  desde la Estación Espacial Internacional.
La foto muestra un hueco negro en el mapa donde debería estar Corea del Norte, entre las brillantes luces de Corea del Sur y China."

ADIEU

O Dr. António Ferreira de Lemos demitiu-se, ontem, da Vice-Presidência da ANA, Aeroportos de Portugal , apresentando-se no seu lugar de origem, o Ministério dos Transportes.

Militante e Senador do CDS/PP , já passou , como dirigente, por quase todas as empresas transportadoras públicas.

Aguarda-se onde acabará a sua vida activa até atingir a idade da reforma

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

UM DURÃO 2

"Não sou ministro de Generais reformados" diz aguiar hifen branco ao semanário SOL.

Pois alguém alertou a CACINE para o movimento que se está levantando no sentido de TODOS os Oficiais Generais reformados se dirigirem ao gabinete do Senhor 1º Ministro para lhe perguntarem de que Ministro dependem.

Depois de ouvida a resposta , descerão uma centena de metros, e comunicam-na à Senhora Presidente da Assembleia da República

UM DURÃO

O Governo já fechou os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), mas a Comissão Europeia ainda não encerrou o processo por ajudas indevidas do Estado. Ainda há o risco de ter devolver verbas?
Em primeiro lugar, devo dizer que o que o Governo está a fazer vai ser bom para Viana do Castelo. Não estamos a fazer nada à margem do conhecimento da Direcção-Geral da Concorrência. Haveria risco se Portugal estivesse a fazer na clandestinidade, o que não é o caso.
Desde que tomou posse, cancelou uma série de encomendas de navios da Marinha aos ENVC. A Marinha não precisa desses navios, como os Patrulha Oceânicos?
Entre 2005 e 2011, com um Portugal moderno e pujante e com o Eng.º Sócrates a dizer que estávamos na primeira linha da modernidade, não se fez nenhum dos navios. Entretanto, Portugal está na pré-bancarrota e achar-se-ia natural que se investisse em navios? Vamos preparar uma revisão da Lei de Programação Militar (LPM) que seja exequível e realista.
Vão encomendá-los à Martifer ou ao Arsenal do Alfeite?
O Estado, como cliente, irá fazer as suas encomendas onde seja possível assegurar a melhor qualidade, competência e o melhor preço.
E o contrato para a construção de dois navios asfalteiros para a Venezuela vai passar também para a Martifer?
Estamos a trabalhar para a cessão da posição contratual para quem a PDVSA [empresa venezuelana] autorizar. Desejavelmente gostaríamos que fossem feitos em Portugal e em Viana do Castelo.
Como se sente o ministro da Defesa quando as associações militares ameaçam fazer uma revolução e generais na reforma, como Garcia Leandro, acusam-no de nada saber de Defesa?
Não tenho dúvida nenhuma que as Forças Armadas sabem bem o seu papel constitucional e a sua subordinação ao poder político que é legitimado nas urnas. As Forças Armadas falam pela voz dos chefes militares, que representam 34 mil homens e mulheres. As associações representam os seus associados, que são quatro mil. Depois existem tenentes-generais reformados. Até há uma expressão nas Forças Armadas que diz que os generais no activo são muito reservados e na reserva são muito activos. O ministro não é ministro nem das corporações nem dos tenentes-generais reformados. O ministro faz o que é fundamental para que haja maior equilíbrio e capacidade operacional.
O Bispo das Forças Armadas foi anunciado em Outubro e só em Fevereiro pode tomar posse. A Santa Sé não foi desconsiderada pelo Governo?
Não. Desde o primeiro momento que foi informada que a situação, tal como estava, obrigava à ponderação de uma forma de integração que não era fácil ou evidente.
O problema foi a regulamentação da Concordata, em 2009?
Tinha que ver com o capelão-mor, o ordinariato castrense, a situação de aposentado em que está o bispo. A conjugação desses factores todos não permitiu uma solução automática. Já foi autorizado pelo Ministério das Finanças a equiparação do bispo a major-general. Por ser aposentado, a sua situação tinha que ter autorização das finanças. Há pormenores de natureza legal que não tinham sido 100% apreendidos pela Nunciatura.
Actualmente só existem capelães católicos?
Os capelães fazem parte da orgânica das Forças Armadas e são pagos pela Forças Armadas, uma vez que são equiparados a postos militares. A capelania-mor agrega os vários capelães, que actualmente são só católicos, embora os evangélicos estejam a fazer esse caminho.

THE NEW PINK MAP

Angola e Moçambique vão ficar em breve ligados por caminho-de-ferro, com o recente anúncio pela Zâmbia do início de um grande projecto ferroviário, noticia este domingo o diário Jornal de Angola.
A notícia, que faz a manchete da edição, salienta que a Zâmbia vai iniciar a construção de uma linha ferroviária que vai ligar Chingola, no coração da antiga província de Copperbelt, à fronteira de Angola, onde se junta ao caminho-de-ferro de Benguela.
"A linha ferroviária vai ser construída numa parceria entre os sul-africanos da Grindrod e os zambianos da Northwest Rail Company e tem duas fases: uma que se estende desde Chingola até às minas de Kansanshi, Lumwana e Kalumbila (uma via de 290 quilómetros) e outra que vai ligar à linha de Benguela na fronteira da Zâmbia com Angola, perto de Jimbe", escreve oJornal de Angola.
Para leste, outra ligação está a ser feita com Moçambique, acrescenta.
"Quando o projecto estiver concluído, a zona austral do continente vai passar a ter uma linha ferroviária a ligar o Oceano Atlântico (Angola) ao Índico (Moçambique)", sublinha-se no texto.
O objectivo é abrir um corredor directo até ao Lobito, para permitir que a Zâmbia, um país sem saída para o mar, importe produtos como o petróleo, directamente de Angola.
Jornal de Angola recorda que o Presidente zambiano, Michael Sata, anunciou recentemente a disponibilização de 120 milhões de dólares (87 milhões de euros) à empresa pública do sector para dinamizar o processo de reabilitação das linhas ferroviárias do país, iniciado em setembro de 2013.
Aquela verba faz parte do pacote global de 750 milhões de dólares negociados em 2012.
Do lado angolano, o comboio chega ao Luau, na fronteira com a República Democrática do Congo, desde Dezembro de 2013, ao fim de um processo de reabilitação e modernização do Caminho-de-Ferro de Benguela (CFB) de 1.344 quilómetros de linhas ferroviárias que ligam o porto do Lobito ao Luau.
Ao longo deste percurso empresas chinesas construíram ou reabilitaram 107 estações e 35 pontes, tendo o projecto das obras orçado em 180 mil milhões de kuanzas (1,3 mil milhões de euros).
Jornal de Angola destaca que a circulação dos comboios de passageiros e mercadorias começa em Abril.
"O restabelecimento do CFB até à fronteira leste volta a dar ao Porto do Lobito o seu estatuto de porta de entrada e saída de mercadorias e passageiros do interior do país e, também, dos países vizinhos sem acesso ao mar", acentua o diário.
Jornal de Angola salienta ainda que o CFB está a preparar a introdução de locomotivas para explorar as potencialidades turísticas ao longo do percurso de 1.344 quilómetros.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

REMEMBERANCE


ANO DO CAVALO

O SONHO DE ASSUNÇÃO


CARDEAIS NOVOS OU NOVOS CARDEAIS?

O Consistório público para a criação de 18 novos cardeais, que hoje decorreu no Vaticano, elevou o número dos membros do Colégio Cardinalício para 217, vindos de 68 países (53 com cardeais eleitores).
Portugal está representado por D. José Saraiva Martins, prefeito emérito da Congregação para as Causas dos Santos (com mais de 80 anos), D. Manuel Monteiro de Castro, penitenciário-mor emérito, e D. José Policarpo, patriarca emérito de Lisboa.
D. Loris Capovilla, de 98 anos, esteve ausente da celebração na Basílica de São Pedro, por motivos de saúde, e irá receber o barrete e o anel pelas mãos de um enviado especial, como anunciou o Papa, numa cerimónia que decorrerá a 1 de março em Sotto il Monte (Itália), terra natal do Beato João XXIII, do qual era secretário.
A Europa tem metade (61 cardeais) do número total de eleitores, seguindo-se a América (34, 15 do Norte e 19 latino-americanos), África e Ásia (13 cada) e Oceânia (1).
Os países mais representados neste grupo são a Itália (29 cardeais eleitores); Estados Unidos da América (11); Alemanha, Brasil, Espanha e Índia (5 cada).
A maioria europeia vai diminuir nos próximos meses, dado que 10 cardeais que vão completar 80 anos até final de 2014: sete são oriundos do Velho Continente (quatro italianos), um do Brasil, um do Vietname e outro da Indonésia.
O consistório deste sábado promoveu a criação de 16 cardeais eleitores, com uma média de 67 anos de idade, e três cardeais com mais de 80 anos.
Entre os novos cardeais passam a estar metade dos membros do Colégio Cardinalício com menos de 60 anos: D. Pietro Parolin (59), secretário de Estado do Vaticano; D. Gérald Cyprien Lacroix (56), arcebispo do Quebeque (Canadá); D. Chibly Langlois (55), bispo de Les Cayes (Haiti).
Os 16 novos eleitores são oriundos da Europa (6), América (6), África (2) e Ásia (2).
Segundo o Código de Direito Canónico, os cardeais "constituem um colégio peculiar, ao qual compete providenciar à eleição do Romano Pontífice [Papa]", embora as funções dos membros do colégio cardinalício vão para além desta eleição.
Qualquer cardeal é, acima de tudo, um conselheiro específico que pode ser consultado em determinados assuntos quando o Papa o desejar, pessoal ou colegialmente.
Os requisitos para ser criado cardeal são, basicamente, os mesmos que estabeleceu o Concílio de Trento na sua sessão XXIV de 11 de novembro de 1563: homens que receberam a ordenação sacerdotal e se distinguem pela sua doutrina, piedade e prudência no desempenho dos seus deveres.
Paulo VI (1897-1978) fixou em 120 o número de cardeais eleitores do Papa e estabeleceu como idade limite para a possibilidade de votar os 80 anos, disposições que foram confirmadas por João Paulo II (1920-2005) e Bento XVI que, pontualmente, excederam o número estabelecido, derrogando a norma.
OC

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

PADRE TATI

Deve ser muito interessante.

Quem conhece a história recente da martirizada Cabinda , conheçe Raul Tati e sabe o que ele representa

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

EQUIDADE

CORONEL DO ÚLTIMO ESCALÃO APÓS 42 ANOS DE SERVIÇO: REMUNERAÇÃO TOTAL BRUTA=3177,27€, 

dos quais desconta 31,5% para IRS; 10% para CES; 2,5% para IASFA para "viver" com cerca de 1700€/mês

 MINISTÉRIO DA DEFESA NACIONAL (2)

Cargo: Assessora
Nome: Ana Miguel Marques Neves dos Santos
Idade: 29 anos
Vencimento Mensal Bruto
: 4.069,33 €
Cargo: Adjunto
Nome: João Miguel Saraiva Annes
Idade:28 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.183,63 €

AGUENTA ALFACINHA

"A Assembleia Municipal de Lisboa (AML) aprovou na terça-feira o Plano de Acessibilidade Pedonal, uma iniciativa que prevê a aplicação de 100 medidas, até 2017, para facilitar a mobilidade na capital do país. Algumas destas medidas passam pela criação de mais passadeiras, ciclovias e o rebaixamento de alguns passeios. Mas há outra que está a suscitar muita polémica.

Uma das medidas prevê a retirada da calçada portuguesa e está a gerar polémica, segundo avança a rádio TSF. A Associação de Defesa do Património garantiu já que vai avançar com uma petição para impedir que seja implementada.
Para a Associação de Defesa do Património de Lisboa, «esta medida é inaceitável» e, por isso, segundo a emissora, já anunciaram que vão realizar uma petição para impedir que o pavimento tradicional seja retirado.
À TSF, o vereador dos direitos sociais, João Afonso, garantiu que a retirada do referido pavimento só será feito nos locais em que a mesma represente um perigo."
Nota: A chamada "calçada Lisboeta" , de que existe um "tratado" feito pelo falecido Arqº Martins Bairrada, é um património inestimável, que vem sido exportado para os 5 cantos do Mundo.
O que pretendem fazer parece criminoso e os Lisboetas não deviam deixar

 

AGUENTA MARUJO

Oh velho Instituto Hidrográfico, que tão valiosos serviços prestaste a Portugal, aos Países de língua portuguesa, á Marinha , ao mar ,aos  navegantes , a todos nós....estás lixado.

Dizem que o ministro aguiar hifen branco tem preparada a tua junção ao Instituto Cadastral do Exercito, tirar-te da dependência da Marinha , nomear , quem sabe , um jovem Jota  para teu Director e ..depois, quando uma vez mais se verificar que a asneirada é irreversível , sabe-se que nunca ninguém disse  NÃO e o habitante já estará no escritório , longe daqui

NEW CEME

"Primeiro as pessoas. Num país e numa instituição, qualquer que ela seja, o seu ativo mais valioso são as pessoas e eu preocupo-me com as pessoas", afirmou.
Questionado sobre as dificuldades sentidas pelos militares - expressas em diversas iniciativas públicas promovidas por associações representativas - o general Carlos Jerónimo salientou que "o ambiente dos militares é viver com dificuldades".
"Os militares, o ambiente deles é viver com dificuldades. E portanto temos que saber sempre ter a serenidade e o espírito suficiente para ultrapassar essas dificuldades", disse.
Interrogado sobre se a capacidade operacional está a ser prejudicada em consequência das restrições orçamentais, o novo Chefe do Estado-Maior do Exército respondeu que a instituição tem respondido "cabalmente" às solicitações.
"Nós temos estado em muitos cenários de cooperação internacional, no âmbito da NATO, das Nações Unidas e da União Europeia e temos respondido cabalmente às solicitações que nos são feitas, não desmerecendo nada relativamente aos nossos parceiros com quem trabalhamos", declarou.
As afirmações do general Carlos Jerónimo vão ao encontro das preocupações manifestadas pelo Presidente da República, Cavaco Silva, no seu discurso na cerimónia de posse do Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, no passado dia 7.
Cavaco Silva, Comandante Supremo das Forças Armadas, considerou ser importante que a "ação de comando seja centrada nas pessoas, dando especial atenção aos problemas concretos dos militares" e advertiu para a necessidade de preservação da capacidade operacional das Forças Armadas.
Carlos Jerónimo assumiu hoje a chefia do Exército na sequência da vaga deixada em aberto após a saída do general Pina Monteiro, que foi nomeado Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas.
Carlos António Corbal Hernandez Jerónimo, 58 anos, era desde 13 de setembro de 2013 Comandante das Forças Terrestres. Antes, desde 14 de janeiro de 2010, chefiou o Centro de Informações e Segurança Militar, no Estado Maior General das Forças Armadas.
Foi adido de Defesa em Marrocos e na Tunísia entre 1995 e 1998, e comandante do Contingente Nacional em Timor-Leste entre 2000 e 2003.
A nomeação e exoneração das chefias militares cabe ao Presidente da República, Comandante Supremo das Forças Armadas.
A lei prevê que os mandatos nos cargos de chefia dos ramos militares têm uma duração de três anos, prorrogável por dois anos.
Com a nomeação do novo CEME ficará concluído o ciclo de mudanças nas chefias militares, iniciada em dezembro com a nomeação do almirante Macieira Fragoso como Chefe do Estado-Maior da Armada.

NOTA:Se o Senhor afirma que vai dar "prioridade" ás pessoas , teme-se que se não vai dar bem com a tutela....

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

MUITO CURIOSO

Esta curiosa caricatura de Oliveira Salazar foi magnificamente executada por uma Senhora , que a endereçou e ofereceu a uma grande Amiga e muito admiradora do Professor de Coimbra e Chefe do Governo.
Dizia ela no bilhete "...aqui te ofereço o "teu" Salazar, que deve estar com muitas dores de barriga...."

Pois essa Senhora, Maria Helena de seu nome, haveria de casar com o Professor Doutor João Antunes Varela (1919/2005), ilustre Jurista e Professor e Ministro da Justiça de Salazar.

Curioso.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

FOSFORO FERRERO

Só para ver se o hifen se lembra o que é SER MINISTRO da defesa nacional

SÓ PARA O HIFEN SABER

Aqui, e agora, por se achar oportuno, publicamos,com a devida vénia, só a parte que diz respeito a Oficiais de Marinha que frequentaram o Colégio Militar e se distinguiram .
Este laborioso e notável trabalho foi elaborado pelo Senhor C/Almirante Luís Joel Pascoal
-II-
No que respeita à Armada, o primeiro antigo aluno do Colégio a entrar para os seus quadros permanentes foi o Capitão-de-Mar-e-Guerra Pedro Alexandrino da Cunha (1801-1850), marinheiro corajoso, profissional competente e patriota dedicado, que chegou a governador-geral de Angola após largos anos de comissão de embarque em serviço nesse território. Veio a falecer em Macau no exercício do cargo de governador.
Incluindo este pioneiro, e até Setembro de 2013, abraçaram a carreira naval trezentos e trinta e três voluntários habilitados com o curso do Colégio Militar. A classe de oficiais de longe mais representada é a classe de Marinha, embora se tenham distribuído por quase todas as restantes, provenientes ou não da frequência de cursos da Escola Naval. Há ainda a mencionar que, entre 1958 e 1990, se voluntariaram para prestar serviço na Armada, agora nos quadros de complemento da Reserva Naval, mais cinquenta e seis antigos alunos do Colégio Militar.
Dada a natureza deste artigo, num bosquejo rápido e sucinto, podemos apresentar, como exemplos ilustrativos, e dentre muitos, os nomes seguintes:
- No campo das Ciências e Investigação do Mar, o Capitão-de-Fragata Mariano Ghira (1828-1877), engenheiro hidrógrafo. Lente da Escola Naval e Lente da Escola Politécnica. Serviu no Brasil e África Ocidental e foi o primeiro “Menino da Luz” da Armada a ser agraciado com a Torre e Espada; e o Vice-Almirante César Augusto de Campos Rodrigues (1836-1919), engenheiro hidrógrafo, que alcançou grande prestígio internacional como director do Observatório Astronómico de Lisboa durante quase três décadas; o Vice-Almirante Hugo de Carvalho de Lacerda Castelo Branco (1860-1944), engenheiro hidrógrafo. Lente da Escola Naval. Chefiou importantes levantamentos hidrográficos e portuários em África e Macau. Foi sócio da Academia das Ciências de Lisboa e da Sociedade de Geografia de Lisboa; e o Capitão-de-Mar-e-Guerra Abel Fontoura da Costa (1869-1940), sábio matemático, ilustre Lente da Escola Naval, reitor do Liceu do Carmo e fundador do Liceu do Mindelo. Foi co-autor de tábuas náuticas de grande qualidade e autor de aprofundados estudos de Marinharia dos Descobrimentos;
- Por Feitos Heróicos em Campanha, o Capitão-Tenente Álvaro Herculano da Cunha (1864-1915), combatente de África de valor excepcional, que se distinguiu nas campanhas de pacificação da Guiné entre 1891 e 1896, território de que foi depois governador. Condecorado com os graus de cavaleiro e oficial da Torre e Espada e com duas medalhas de ouro de Valor Militar; o Capitão-de-Mar-e-Guerra Filipe Trajano Vieira da Rocha (1870-1944), que se notabilizou pelas suas acções de comando em operações nos rios de Moçambique, em 1895. Foi também um dos pioneiros de trabalhos geodésicos e hidrográficos em África entre 1904 e 1926. Condecorado com o grau de comendador da Torre e Espada e com a medalha de ouro de Valor Militar; e o Vice-Almirante António Ladislau Parreira (1869-1941), militar e político, combatente das campanhas de pacificação da Guiné (1894) e Moçambique (1895). Participou activamente na preparação da Revolução de 5 de Outubro de 1910 e foi condecorado com o grau de comendador e dois graus de cavaleiro da Torre e Espada;
- Na Área da Política e Administração Pública, vários foram os oficiais oriundos do Colégio Militar que exerceram cargos ministeriais ou de alta administração, quer no Continente, quer nas outras parcelas portuguesas. Por exemplo: o primeiro antigo aluno a ser ministro da Marinha (em 1920 e 1923), o Capitão-de-Mar-e-Guerra Joaquim Pedro Júdice Bicker (1866-1926), heróico combatente da Guiné, condecorado com a comenda da Torre e Espada e a medalha de ouro de Valor Militar; o Vice-Almirante Luiz António de Magalhães Corrêa (1873-1960), cavaleiro da Ordem da Torre e Espada, governador de Macau e depois ministro da Marinha (1928-1930). Foi ainda Administrador da Zona Internacional de Tânger no período 1945-1948; o Capitão-de-Mar-e-Guerra Vasco António Martins Rodrigues (1917-1983), oficial ilustre com larga experiência administrativa no Ultramar como governador do distrito de Lourenço Marques e, mais tarde, governador da Guiné; o Vice-Almirante Manuel Pereira Crespo (1911-1980), notável professor de Estratégia e Organização do Instituto Superior Naval de Guerra e elemento fulcral da grande reforma da Armada nos anos 1960’s e que veio a ser o último ministro da Marinha (1968-1974); e o Contra-Almirante Vasco Fernando Leote de Almeida e Costa (1932-2010). Militar e político. Comandou a esquadrilha de lanchas da Guiné, serviu no comando naval de Moçambique e exerceu o cargo de governador de Macau. Foi ainda membro do Conselho da Revolução (1975-1982);
- Na Área do Comando Superior da Armada, três antigos alunos do Colégio Militar chegaram ao topo da hierarquia naval: o Vice-Almirante Joaquim Anselmo da Matta Oliveira (1874-1948), notável oficial de estado-maior, autor e publicista de temas de história e estratégia militar, que foi também governador de Macau e Major-General da Armada; o Vice-Almirante Fernando de Oliveira Pinto (1887-1961), combatente de África e da I Guerra Mundial, condecorado com a medalha de prata de Valor Militar e duas medalhas da Cruz de Guerra. Esteve muito ligado à Escola Naval ao longo da sua carreira, que culminou como Major-General da Armada; e o Almirante João José de Freitas Ribeiro Pacheco (1934- …), de carreira multifacetada. Comandou em combate um destacamento de fuzileiros especiais (DFE) na Guiné, foi comandante naval dos Açores, director-geral do Instituto Hidrográfico e director do Instituto da Defesa Nacional. Condecorado com a medalha da Cruz de Guerra.  Exerceu o cargo cimeiro de Chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA) entre 1994 e 1997.

Muitos outros nomes poderiam ser enquadrados, com igual pertinência e justiça, nesta galeria de antigos alunos do Colégio Militar que se sentiram atraídos pelo fascínio do Mar ao serviço da Pátria. Razões óbvias de espaço disponível não o permitiram, sem que tal significasse qualquer predomínio do valor dos citados sobre os méritos profissionais dos aqui não incluídos. Uma anotação necessária: tratando-se de marinheiros, neste olhar que abarca um horizonte imenso de mais de dois séculos e sabido que a Armada é sobretudo a saga e o reflexo dos homens do mar que a corporizam, não será descabido referenciar, por último, o Capitão-de-Mar-e-Guerra António Alemão de Cisneiros e Faria (1879-1946). Combatente da I Guerra Mundial, notabilizou-se como comandante da canhoneira Beira em operações nas águas de Cabo Verde. Condecorado com a medalha da Cruz de Guerra e a medalha da Distinguished Service Order (DSO) britânica, concebeu e garantiu o acondicionamento e transporte a bordo do cruzador Carvalho Araújo, sob seu comando, do hidroavião Fairey 17 “Santa Cruz”, o que veio a permitir a Gago Coutinho e Sacadura Cabral, em 1922, a conclusão da histórica 1.ª Travessia Aérea do Atlântico Sul. Mas o grande prestígio que alcançou, e que perdura na Armada, deveu-se à sua acção como principal responsável pelos extensos trabalhos de conversão de uma presa de guerra alemã, a barca Rickmer Rickmers, no que passou a ser o ícone da Marinha Portuguesa, o navio-escola Sagres, e sobretudo ainda por ter sido o seu primeiro comandante, cargo em que durante múltiplas viagens de instrução se confirmou como um manobreiro exímio e grande inspirador para os vindouros."

domingo, 16 de fevereiro de 2014

NÓS HIFEN AVISAMOS

"Pessoa amiga fez-me chegar a notícia de 
que o ministro da Defesa (MDN) tinha 
acabado de comunicar a intenção (ou 
decisão?) de alterar a designação da 
Marinha de Guerra Portuguesa. Passaria 
a chamar-se “Armada” em vez de 
Marinha. 
Não costumo, por regra, dar grande 
importância a mudanças de designações 
de instituições, que, frequentemente, 
são feitas para deixar a imagem de que 
estão a ser feitas reformas quando, na realidade, é para tudo ficar na mesma. 
Pode, no entanto, não ser esse o caso em apreço. O ministro não iria tomar uma 
decisão desta natureza sem ter, de facto, uma intenção de mudar a natureza da 
instituição. No mínimo, é uma mudança dispendiosa e de impacto político grande, 
quer interna, quer externamente. 
O que puderá ser essa mudança não conheço da própria fonte. Não é difícil, no 
entanto, imaginar que será algo ligado ao conceito de “duplo uso” com que o atual 
ministro mostrou grande entusiasmo, quando iniciou o seu mandato, 
principalmente, na perspetiva de que por essa via iria otimizar as capacidades 
existentes nas Forças Armadas. Mas que, ultimamente, parece inclinado a deixar 
cair, numa reviravolta insólita. 
Dizia então o MDN: «As Forças Armadas dispõem de recursos e competências 
únicas que, em articulação com outras estruturas, permitiriam ao Estado ter 
ganhos de eficiência e eficácia de resposta a crises. Trata-se da participação mais 
ativa em missões de interesse público, mais próximas das pessoas, aproveitando 
racionalmente as suas disponibilidades e dando valor acrescentado à sua presença 
ao longo de todo o território nacional. Prevenir e combater riscos ambientais, 
desastres, crime organizado, combate aos fogos florestais».1

Sobre este mesmo assunto, o Primeiro-ministro pronunciava-se, numa abertura 
solene do ano letivo no Instituto de Estudos Superiores Militares, corroborando a 
ideia, do seguinte modo: «Precisamos de umas Forças Armadas articuladas e 
coordenadas com as Forças e serviços de segurança, pois a fronteira entre a ordem 
externa e a interna dos Estados está hoje consideravelmente esbatida». 
Malgrado todas estas declarações, nunca o MDN conseguiu mostrar capacidade de 
pôr em prática as orientações a que, aliás, de início, dava grande relevo. A certa 
altura parecia irreversível que a Força Aérea iria assumir um novo papel na 
operação de meios aéreos de combate a fogos florestais, mas a intenção esbarrou 
com opiniões divergentes provenientes do setor da Administração Interna, incluindo 
o próprio ministro, e alguns “lobbies” conhecidos. 

1
 In “MDN 2015. Um novo Contrato de Confiança. Nova doutrina de serviço público” JDRI • Jornal de Defesa e Relações Internacionais • www.jornaldefesa.pt 

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O MDN também tem deixado alimentar, sem uma posição clara e firme, as objeções 
da Guarda Nacional Republicana (GNR) sobre o conceito de “duplo uso”, que a 
Marinha tem desde sempre nas suas raízes, mas que está a limitar as pretensões 
da GNR de assumir o papel de Guarda Costeira. 
Para a GNR, o tema “duplo uso”, contraria uma postura baseada na ideia de que 
podem ocupar-se de tudo e que mais nenhuma organização no País faz “tão bem e 
de forma tão competente” como eles, seja no que for: combate a fogos florestais 
com equipas de intervenção imediata tipo forças especiais, defesa ambiental, 
polícia administrativa e criminal, polícia de manutenção da ordem, polícia de 
segurança pública, polícia de proximidade e, agora, segurança marítima. Fico 
curioso em saber se incluem nessa perspetiva também o compromisso internacional 
de assegurar um serviço de busca e salvamento, que implica manter no mar meios 
oceânicos em prontidão imediata. 
O coronel Armando Carlos Alves, num artigo publicado pela revista “Segurança e 
Defesa” 2 em que se insurgia contra a ideia de que as competências da Unidade de 
Controlo Costeiro deveriam se reduzidas, insinuava que afinal, as Forças Armadas, 
aproveitando a zona cinzenta entre o que é Segurança e Defesa, estavam apenas, 
«para não perder dimensão, a almejar obter algumas competências policiais». 
Esquecia que a Marinha exerce competências de fiscalização no mar há mais de 
cento e vinte anos, desde que, em 1892, se decidiu atribuir-lhe, sob preocupações 
de racionalização de estruturas, todos os meios da Esquadrilha de fiscalização 
marítima e aduaneira. 
Como disse acima, não sei o que, afinal, pretende o MDN. Sei, no entanto, o que os 
factos recentes nos têm dito de forma muito clara. Perante uma divergência de 
opiniões entre o MAI e o MDN tem sido sempre a opinião do primeiro que 
prevalece, não deixando fazer o que quer que seja que as forças de segurança não 
gostem. Precisamente o contrário do que faz o MDN, que continua a querer pôr 
tudo em causa, sem cuidar de ouvir quem, de facto, percebe de Defesa e de se 
dispor a respeitar os valores próprios da instituição militar. 
É curioso constatar como é possível que, na onda de reformas por que têm passado 
muitos setores do Estado, em especial o da Defesa/Forças Armadas, o campo das 
Forças de Segurança tenha conseguido manter-se ao abrigo de qualquer mudança, 
muito menos, de reduções de pessoal. Quando, por altura da discussão prévia do 
atual Conceito Estratégico de Defesa Nacional, saiu uma “fuga de informação” a 
referir uma recomendação de integração das forças de segurança, perante o 
“barulho” que os sindicatos fizeram, logo veio o MAI desmentir tal hipótese. 
Compreendem-se as preocupações do Governo em manter sólido o reduto da 
segurança interna, principalmente na situação de crise por que passa o País, mas, a 
partir de certa altura, de concessão em concessão às Forças de segurança, é a 
própria autoridade e credibilidade do Estado que começa a ficar em causa. 
É-me indiferente quem tem mais força política no seio do Governo e, em função 
disso, ganha ou perde nas disputas de competências mas não posso ficar alheio se 
daí resultam decisões que acabam por afetar o interesse nacional e aparecer ao 
arrepio do necessário esforço de racionalização das estruturas do Estado. O que 
seria o caso de um eventual abandono do conceito de “duplo uso” ou 
desvirtuamento da sua essência, sob a ideia de que é preciso dar à GNR o que esta 
pretende e o MAI não exita em apoiar. 
Fico à espera de saber o que afinal significa, na prática, Portugal passar a ter uma 
Armada em vez de de uma Marinha, para então voltar ao assunto. "

Alexandre Reis Rodrigues

Vice Almirante

O NOVO CEME

O General Carlos Jerónimo tomará posse esta semana como CEME.
E quer o ministro aguiar hifen branco queira ou não queira a posse ser-lhe-á conferida pelo Presidente da República, ficando o tal ministro em lugar secundário. E isto é importante notar, porque por vontade do dito era ele que a daria.
O General é paraquedista, o que denuncia um muito bom augúrio , e é  um Homem calado e sem demonstrar grandes exibição nem desejo de entrar em grandes contendas, o que também é de boa esperança.
Também merece grande credibilidade o facto de ser um Oficial da confiança do anterior CEME (hoje CEMGFA) General Pina Monteiro e seu Comandante operacional .O pior é que é do curso do tal famigerado "major" Chaves , esperando-se que a aproximação se tenha limitado aos bancos da Escola do Exercito.
Espera-se pois deste General um Comando parecido com o Grande Chefe Jerónimo, um grande estratega e de enorme coragem física e moral e que seja ele a mandar efectivamente no Exercito , não deixando que ventos do Norte entrem pelas frinchas das janelas.
Felicidades , Coragem e Sorte, Senhor General

sábado, 15 de fevereiro de 2014

É TRISTE LEMBRAR

"Era uma tarde de sábado, de chuva miudinha, igual a tantas outras. Gaspar Castelo-Branco tinha amigos para jantar e faltava-lhe o queijo. À primeira aberta, já ao cair da noite, resolve dar uma saltada ao comerciante da zona. Saiu, por uns minutos. Foi morto com um tiro na nuca, disparado à queima-roupa, no passeio em frente à casa onde morava.
Era véspera de eleições, dia de reflexão. Os portugueses ficaram com que pensar, até ao dia seguinte pelo menos: o terrorismo em Portugal não é uma abstracção, existe mesmo.

O assassinato, a sangue frio, de um homem que era então o director geral dos Serviços Prisionais, poderá ter sido um choque para a opinião pública ou para aqueles que têm por dever o ofício de lidar com o fenómeno, mas não suscitou a indignação que seria de esperar (veja-se o que acontece por esse mundo fora em casos semelhantes). Não houve manifestações, campanhas de imprensa, abaixo-assinados de protesto, proclamações de repúdio. Foi este jornal dos poucos a fazer imprimir diante do “cobarde assassinato” uma posição de revolta, perplexidade e preocupação.

Outros calaram-se, confirmando que o Dr. Castelo-Branco tinha razão quando dizia ao nosso repórter: “se me derem um tiro quero ver como reagirão os grandes defensores dos direitos humanos…” Os grandes defensores viraram a cara para o lado - é um facto. Mas até nisso a morte do director-geral das cadeias teve importância: desacreditaram-se os grandes defensores.
Gaspar Castelo-Branco era um homem marcado e sabia-o.
“Tem recebido ameaças?” perguntou-lhe Manuel Arouca, quando com ele contactou para conversar sobre a situação das prisões. “Constantemente” – foi a resposta. “E não tem medo de ser morto?”
O director-geral encolheu os ombros. Alguns amigos, poucos, falariam mais tarde de “coragem, verticalidade, sentido do bem-comum, cumprimento do dever”. Castelo-Branco assumiu as suas responsabilidades, todas. Em algumas circunstâncias terá assumido mesmo “perante a demissão de outros, responsabilidades que verdadeiramente não lhe cabiam”, como afirmou a propósito o deputado Nogueira de Brito, seu amigo.
Terá sido o que se passou por exemplo quando foi preso em Portugal um homem que dizia chamar-se Al-Awad, membro do célebre grupo terrorista de Abu Nidal e aparentemente culpado de ter assassinado em Montechoro o dirigente da OLP Issam Sartawi. O próprio Abu Nidal, de seu nome verdadeiro Sabril Khalil el Banna, começou a telefonar ao director-geral Castelo-Branco, ignora-se por recomendação de quem. O chefe terrorista exigia que libertassem ou deixassem fugir o seu militante. Dava sugestões de como isso deveria fazer-se: “numa transferência de prisões”, “bastava que os guardas fossem mijar” e “a carrinha ficasse abandonada o tempo suficiente”. Seria preciso é claro prevenir atempadamente o grupo Abu Nidal da operação e deixar livre campo aos seus operacionais para fugirem com segurança do País... Castelo-Branco recusou indignado. Passou a mandar gravar pela DCCB os telefonemas que continuou a receber de Abu Nidal, cada vez mais ameaçadores. Soubemos que pelo menos um magistrado recebeu idênticos telefonemas e pressões. Al-Awad acabou por ser libertado cumprida mais de metade da pena a que foi condenado “por uso de passaporte falso”, menos de 24h depois Gaspar Castelo-Branco ter sido assassinado, por coincidência, certamente.
Na morte de Castelo-Branco o caso Al-Awad não passa de um “fait divers”. Ele dizia ao nosso colaborador Manuel Arouca: “… sou sempre eu o responsável. Os FP fogem: sou o responsável por não lhes dar um regime mais duro. Não cedo à greve da fome dos FP: criticam-me porque estou a ser duro demais. Os outros tiram a água do capote”.
Em não ter cedido à greve da fome dos FPs, poderá residir a explicação da sua morte. Soube-se depois – e sabia-o o Director-Geral desde o início – que aquela greve da fome não era para levar muito a sério. Mas os ecos dela, que então chegaram à opinião pública, eram de partir os corações: os réus, um pelo menos, estava a morrer, já tinham entrado também em greve da sede, em 48 horas, teríamos não sei quantos “Bobby Sands” na penitenciária de Lisboa. Passaram-se vários dias. Um advogado em Monsanto falava de “comportamento criminoso” do responsável prisional e anunciava uma queixa-crime contra Gaspar Castelo-Branco. Depois, enfim, quando os “media” já desesperavam de poder noticiar o aparecimento de um “Bobby Sands” entre nós, a greve acabou e ninguém mais voltou a falar do assunto. E quando o réu João Gomes apareceu a depor em Monsanto, ágil como uma gazela, ninguém se lembrou de notar que ali estava o recordista mundial de greves da sede. A menos que – nós não queremos acreditar – o seu advogado tenha mentido. Gaspar Castelo-Branco não cedeu à greve, ou pseudo-greve da fome porque, dizia ele, “em nenhum País da Europa, um governo cede a greves da fome” e “mesmo os grandes defensores dos direitos humanos, pouca importância lhes dão”.
Nisso também o comportamento do ex-director geral foi exemplar. Será difícil no futuro encontrar justificação para cedências dessas. Pagou com a vida, Gaspar Castelo-Branco, morto pelas FP's ao cair da noite do dia 15 de Fevereiro, véspera de eleições. Nada mais será como dantes. Mesmo se numa das celas do EPL continuar escrito, sem reacção dos actuais responsáveis prisionais um dístico deste teor: “morte ao Castelo-Branco”. E depois em letra mais recente: “Este já está”.
Julgamos que os responsáveis do aparelho de estado têm a obrigação de mandar apagar este “graffiti”: quanto mais não seja pelo respeito devido ao mortos!

Hoje passam 22 anos sobre o cobarde assassinato do meu pai e por isso decidi reproduzir aqui o artigo do meu amigo José Teles, publicado no jornal "O Semanário" a 27 de Dezembro de 1986.

PS: As FP 25 de Abril foram responsáveis por 18 atentados mortais, entre os quais um bebé de dois anos e vários cidadãos inocentes. Até hoje não houve por parte dos membros da organização qualquer sinal de arrependimento. A última vítima foi o agente Álvaro Militão que caiu no cumprimento do dever, num cerco a fugitivos das FPs em 1986. Mas não foi só aos mortos que o País não mostrou o seu reconhecimento e gratidão: funcionários corajosos, agentes da Judiciária, da Direcção Geral do Combate ao Banditismo, juízes como Martinho de Almeida Cruz, Adelino Salvado e procuradores como Cândida Almeida, entre muitos outros."


In "blogue 31 da Armada"


Gaspar Castelo-Branco – foi decidido esquecê-lo

Com este título, o hoje moribundo jornal “O Semanário”, nomeava Gaspar Castelo-Branco como a figura nacional do ano de 1986.

Era Director-Geral dos Serviços Prisionais quando, a 15 de Fevereiro de 1986, véspera da segunda volta das eleições presidenciais, foi assassinado pelas FP-25 Abril com dois tiros na nuca. Foi o mais alto cargo dirigente do Estado a ser vítima de um brutal e cobarde ataque no pleno exercício das suas funções.

Nessa altura, os terroristas das FP-25A, por excesso de tolerância e decisão política, estavam em regime de cela aberta e misturados com presos de delito comum. Após a fuga de um grupo dos mais perigosos terroristas da Penitenciária de Lisboa, em Setembro de 1985, impôs medidas e condições duras de isolamento e separação entre reclusos. Estas eram contestadas pelos terroristas com uma pretensa “greve da fome”. Não cedeu. “Em países ocidentais os governos não cedem às greves da fome e pouca importância lhes dão” dizia. Mas por cá, era constantemente pressionado pela Comissão Parlamentar de Direitos Liberdades e Garantias, em particular por alguns deputados socialistas, bem como alguns movimentos cívicos de duvidosa parcialidade, mas que obtinham ainda assim algum eco na imprensa.

Perante as críticas da comunicação social e dos ditos movimentos, o Ministro da tutela, Mário Raposo, declinava responsabilidades encaminhando-as para o seu director-geral, como se a orientação deste não fosse tomada de acordo com o próprio Ministro. O culpado seria o Director-Geral. Perante a demissão dos seus superiores hierárquicos e o silêncio imposto pelo governo, Gaspar Castelo-Branco assumiu as responsabilidades, que verdadeiramente não lhe cabiam, em circunstâncias particularmente difíceis. Só isso fazia sentido: por personalidade era um homem corajoso e frontal com um enorme sentido do dever e do bem público. Tornou-se o bode expiatório e pagou-o com a vida.

O Governo acobardou-se e quinze dias após o seu brutal assassinato, os presos retomaram a cela aberta durante o dia, apenas fechada durante a noite. Conforme escreveu na altura José Miguel Júdice, parecia que afinal o assassinato teve uma justificação e uma razão de ser.

A partir desse dia, o País apercebeu-se que o terrorismo era uma ameaça real. Nos dias seguintes, Cavaco Silva, então primeiro-ministro, mudou-se com a família para a residência oficial em São Bento. Todos os ministros, sem excepção, passaram a andar com guarda-costas e escoltados por vários seguranças pessoais. Os juízes e procuradores do processo FP-25A passaram a ser guardados dia e noite, pernoitando, às vezes, em locais alternados e sempre secretos.

Apesar disso o Presidente da República em exercício Ramalho Eanes ou o recém-eleito Mário Soares não estiveram presentes no enterro tal como faltou o primeiro-ministro Cavaco Silva. Não houve um gesto visível de apoio público à vítima pelos seus superiores hierárquicos e membros dos órgãos de soberania. Curiosamente, nesse mesmo mês, na vizinha Espanha, um agente da Guardia Civil era assassinado pela ETA. O seu funeral teve honras de estado e contou com a presença de Felipe Gonzalez e Juan Carlos.

“Se me derem um tiro, como reagirão os defensores dos direitos humanos, os mesmos que pretendem condições mais brandas para os terroristas?” - afirmava numa entrevista a um jornal 15 dias antes de morrer. A verdade, é que a sua profecia se realizou e não houve um único acto de repúdio público aos ditos movimentos.

Em Outubro do mesmo ano começava o julgamento da organização. O maior fracasso do Estado de Direito do Portugal democrático. Não conseguiu condenar quem contra ele atentou.

Mário Soares, com uma visão muito própria sobre a justiça, preferiu primeiro indultar e depois amnistiar as FP-25A com total passividade do governo PSD. Preferiu cumprimentar Otelo Saraiva de Carvalho após a sua saída da prisão e recusou uma legítima condecoração, proposta pelo governo, para o mais alto funcionário do Estado a cair no cumprimento do seu dever no Portugal democrático. Para ele, as vitimas e as suas famílias eram um pormenor desagradável num processo que queria resolver politicamente.

O tempo pode atenuar a dor de um filho, mas não apaga a vergonha que o País sente por não ter sido feita justiça: os assassinos não cumpriram a pena, apesar de julgados e condenados em tribunal, e as vítimas foram esquecidas.

[Manuel Castelo-Branco]

A VER

O general Garcia Leandro assinala que "este governo não percebe nada do que é o Estado, para que servem as Forças Armadas e as Forças de Segurança". "São pessoas que têm muito pouca experiência do Estado, são muito jovens na maioria, muitos fizeram a vida nos partidos políticos e nas juventudes partidárias e de repente cai-lhes ao colo o Estado que não conhecem", diz o antigo presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade e Terrorismo. Em entrevista à editora de Política da Antena 1, jornalista Maria Flor Pedroso, o general diz ainda que "a reforma do Estado já foi anunciada há dois anos" e que os atuais governantes, "não são capazes de a fazer".


Revelou ainda que teve uma conversa com o ministro da Defesa Aguiar Branco em 2011, na qual o governante lhe confessou que não percebendo nada da matéria tinha mais capacidade para fazer reformas. 

Esta quinta feira, as associações profissionais de militares avançam com uma nova iniciativa pública, em Lisboa, para lembrar uma vez mais, as consequências dos cortes nos salários e no orçamento do setor. Nesta entrevista à editora de Política da Antena 1 jornalista Maria Flor Pedroso, o General Garcia Leandro afirma não concordar com manifestações públicas de militares mas adianta que o "inquieta o estado de espírito dos militares que é a desesperança" e adianta que há questões que são os detonadores do descontentamento porque "os militares sentem que não se lhes dá a devida importância".