quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

É DE RIR


O general Garcia Leandro, antigo presidente do OSCOT (Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo) defendeu, em entrevista à Antena 1, que este governo está a gerir mal as Forças Armadas, sobretudo porque o ministro Aguiar Branco “falha em tudo” e “não tem o peso político do Ministério da Administração Interna".

"Não tem a força política de Miguel Macedo que conseguiu uma delegação de poderes do Ministério das Finanças para tratar dos seus assuntos, coisa que a Defesa não conseguiu", justifica.

No dia em que os militares - oficiais, sargentos e praças - protestam às 18h no Largo Camões em Lisboa, Garcia Leandro revela, na mesma entrevista, que teve uma conversa com Aguiar Branco na qual o Ministro confessou, em 2011, que "se fosse Ministro da Justiça era mais fácil (...) mas ao mesmo tempo é muito bom, porque eu não percebendo nada disto tenho mais capacidade para fazer reformas".

Além do ministro da Defesa, Garcia Leandro não poupa críticas ao governo. "Caiu-lhes ao colo o Estado que não conhecem (...). A reforma do estado já foi anunciada há dois anos. Não são capazes de a fazer".

Para o general Garcia Leandro, Aguiar Branco e o primeiro-ministro, Passos Coelho “vêm com a ideia de que vêm fazer História e vêm resolver tudo" e não sabem nada.

Na entrevista concedida à jornalista Maria Flor Pedroso na quarta-feira, dia 12, Garcia Leandro disse ainda que "o ministro da Defesa falha em tudo". E deu um exemplo: a "reforma tipo tsunami" no hospital das Forças Armadas que "não tem todas as valências e [Aguiar Branco] já fechou os outros hospitais".
"O ministro tem objetivos de reforma mas vem do Porto para Lisboa com desconfiança nos militares. Não há nenhum ministro que consiga fazer grandes reformas sem se dar bem com quem conhece aquilo [Forças Armadas]", acrescenta o general.
Sobre a concentração de militares, marcada para esta tarde, em Lisboa, pelas três associações de militares - oficiais, sargentos e praças - Garcia Leandro diz que não concorda com manifestações públicas de militares e que, por essa razão, nunca fez parte da Associação dos Oficiais das Forças Armadas.
"Gostaria de ver as associações a trabalhar com as chefias militares e as chefias militares a trabalhar com as associações", remata."


"O ministro da Defesa reagiu de forma irónica às declarações que lhe foram atribuídas pelo general Garcia Leandro que em entrevista à Antena 1 revelou uma conversa com Aguiar Branco, que, quatro meses depois de ter tomado posse, teria dito ao militar reformado que não percebia "nada" dos assuntos de Defesa.
"O ministro da Defesa Nacional teve o prazer da sua companhia uma única vez, ao longo do mandato e em momento algum foi proferida a frase que bombasticamente lhe é imputada ou as restantes considerações relatadas pelo senhor Tenente-General", pode ler-se num esclarecimento enviado pelo gabinete de Aguiar Branco às redações.
Nesse esclarecimento, o ministro da Defesa informa ainda que "o Tenente-General Garcia Leandro não é seu assessor, amigo pessoal ou confidente" e "reconhece não ter sido possível acomodar, no processo de reforma em curso, as muitas vontades do senhor Tenente-General mas lembra que não é ministro com a tutela das preferências pessoais do senhor Tenente-General Garcia Leandro".


1 comentário:

J.N.Barbosa disse...

Esta resposta do sr. ministro deve ter sido imaginada por um daqueles rapazes lá do gabinete, já com muitos anos de traquejo.