"Primeiro as pessoas. Num país e numa instituição, qualquer que ela seja, o seu ativo mais valioso são as pessoas e eu preocupo-me com as pessoas", afirmou.
Questionado sobre as dificuldades sentidas pelos militares - expressas em diversas iniciativas públicas promovidas por associações representativas - o general Carlos Jerónimo salientou que "o ambiente dos militares é viver com dificuldades".
"Os militares, o ambiente deles é viver com dificuldades. E portanto temos que saber sempre ter a serenidade e o espírito suficiente para ultrapassar essas dificuldades", disse.
Interrogado sobre se a capacidade operacional está a ser prejudicada em consequência das restrições orçamentais, o novo Chefe do Estado-Maior do Exército respondeu que a instituição tem respondido "cabalmente" às solicitações.
"Nós temos estado em muitos cenários de cooperação internacional, no âmbito da NATO, das Nações Unidas e da União Europeia e temos respondido cabalmente às solicitações que nos são feitas, não desmerecendo nada relativamente aos nossos parceiros com quem trabalhamos", declarou.
As afirmações do general Carlos Jerónimo vão ao encontro das preocupações manifestadas pelo Presidente da República, Cavaco Silva, no seu discurso na cerimónia de posse do Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, no passado dia 7.
Cavaco Silva, Comandante Supremo das Forças Armadas, considerou ser importante que a "ação de comando seja centrada nas pessoas, dando especial atenção aos problemas concretos dos militares" e advertiu para a necessidade de preservação da capacidade operacional das Forças Armadas.
Carlos Jerónimo assumiu hoje a chefia do Exército na sequência da vaga deixada em aberto após a saída do general Pina Monteiro, que foi nomeado Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas.
Carlos António Corbal Hernandez Jerónimo, 58 anos, era desde 13 de setembro de 2013 Comandante das Forças Terrestres. Antes, desde 14 de janeiro de 2010, chefiou o Centro de Informações e Segurança Militar, no Estado Maior General das Forças Armadas.
Foi adido de Defesa em Marrocos e na Tunísia entre 1995 e 1998, e comandante do Contingente Nacional em Timor-Leste entre 2000 e 2003.
A nomeação e exoneração das chefias militares cabe ao Presidente da República, Comandante Supremo das Forças Armadas.
A lei prevê que os mandatos nos cargos de chefia dos ramos militares têm uma duração de três anos, prorrogável por dois anos.
Com a nomeação do novo CEME ficará concluído o ciclo de mudanças nas chefias militares, iniciada em dezembro com a nomeação do almirante Macieira Fragoso como Chefe do Estado-Maior da Armada.
NOTA:Se o Senhor afirma que vai dar "prioridade" ás pessoas , teme-se que se não vai dar bem com a tutela....
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