"O ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, foi o único membro do governo a reagir, ontem, à manifestação dos polícias. Nem o titular da Administração Interna, Miguel Macedo, nem o primeiro-ministro fizeram qualquer declaração - "Agora não", foi a resposta de Passos Coelho aos jornalistas, à saída do congresso do Partido Popular Europeu (PPE), em Dublin. Já o Presidente da República não se escusou a comentar o protesto - para dizer que "não se podem ignorar" as vozes que se fazem ouvir na rua.
"Acho que nunca se podem ignorar as vozes que se fazem ouvir na rua, quaisquer que elas sejam, desde que se apresentem como razoáveis", disse Cavaco Silva, destacando que "houve bom senso e a contenção acabou por prevalecer". "Tenho imensa consideração pelas nossas forças policiais e Forças Armadas. As forças policiais têm uma responsabilidade muito grande porque têm de ser o exemplo no cumprimento das leis da República", fez questão de sublinhar o chefe do Estado.
Já a reacção do executivo ficou--se pelas palavras de Aguiar-Branco, e sob a forma de uma advertência: "Entre dois portugueses que têm sofrido um corte salarial ou um problema de afectação de uma reforma, o facto de ser um português militar, um polícia ou professor não pode ter um tratamento diferenciado, como é óbvio". A afirmação contrasta até com a posição assumida pelo PSD. Falando no parlamento, o deputado social-democrata Fernando Negrão afirmou que a manifestação das forças de segurança da última quinta--feira terá "obviamente" eco no governo - que pretende "acentuar" o diálogo com as associações sindicais do sector. Foi uma "manifestação importante, que revelou preocupações sérias por parte dos elementos das forças de segurança", realçou o também presidente da comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais."
Para nós, o ÓBVIO é a demissão deste habitante
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