"Publicamos um
artigo do jornalista Henrique Monteiro (Expresso, edição anterior), em que se
insurge contra as tomadas de posição de Oficiais Generais, entre eles ex-CEM, e
Superiores (retirando-se da sala do IESM onde se realizaria a apresentação de um
livro do GEN Loureiro dos Santos) e da AOFA (não comparecendo na cerimónia
comemorativa do 40º Aniversário da ADFA, optando pelo envio de um ofício em que
se explicavam as razões dessa decisão, sem esquecer o reconhecimento do respeito
que nos merece). Como se recordarão, essas tomadas de posição tiveram a ver com
a presença do MDN e de os Militares, com a frontalidade que lhes é reconhecida,
adequarem os seus comportamentos à máxima de que “acção pressupõe
reacção”. E, como muito bem recordou o ex-CEME, GEN Pinto Ramalho, há
quem não se esqueça da penalização a que têm sido sujeitas as Forças Armadas e
os Militares, pela mão do MDN!
O jornalista,
para além do mais, permite-se tecer considerações acerca dos comportamentos que,
no seu entender, os Militares deviam observar. Lembrando ao jornalista que os
Militares, em Juramento de Honra feito perante a Bandeira Nacional, se
comprometem a defender a Pátria até às últimas consequências, mesmo que com o
sacrifício da própria vida, se e quando necessário, e, portanto, não precisam de
lições seja de quem for, permitimo-nos transcrever o que pensa dessas
observações o TGEN Formeiro Monteiro, Presidente da Assembleia-Geral da AOFA:
“Este senhor do jornal Expresso deve andar distraído, e muito preocupado com a
imagem do governo, digo eu, uma vez que não há qualquer obrigação legal, ética
ou simplesmente de índole social, que obrigue, seja quem for, a assistir,
ouvir, ou simplesmente estar presente em locais onde qq ministro, ou qq membro
do governo estejam presentes, a não ser nas situações em que protocolarmente tal
seja obrigatório”.
Tece,
ainda, o jornalista, considerações sobre a representatividade dos Oficiais em
apreço e da AOFA, só porque que decidiram não partilhar as mesmas salas com o
MDN. Se essa representatividade é assim tão pequena, porque será que o
jornalista Henrique Monteiro se dispôs a gastar com esta questão uma parte do
seu tempo, bem como uma coluna do prestigiado jornal cujos quadros
integra?...
Não deixa de
ser curioso que, por coincidência, o MDN tenha sentido a necessidade de
recordar “o que fez” no portal do Ministério, no que parece ser uma operação
destinada a melhorar a sua imagem, um trabalho feito, certamente, a partir das
verbas que o Orçamento do Estado coloca à sua disposição.
A completa
percepção de tudo isto está, certamente, no que o GEN Loureiro dos Santos
afirmou sobre as condições em que se encontram as Forças Armadas e o que sentem,
hoje, os militares, na entrevista que concedeu ao programa “Livre Pensamento”
(RTP2) e a que podem aceder a partir deste RI (ou da nossa página do
Facebook). Com o respeito devido ao nosso General, permitimo-nos salientar a
forma ponderada, simples e compreensível a qualquer cidadão como se debruçou
sobre o papel das nossas Forças Armadas num mundo em mudança. Cumpre-nos
recordar que o GEN Loureiro dos Santos já presidiu ao Conselho Deontológico da
AOFA e continua a honrar a Associação com a sua presença como
sócio.
Com a
consciência do dever cumprido,
Cordialmente,..."
Sem comentários:
Enviar um comentário