Nos tempos que correm, a generalidade dos portugueses, ao vir à baila o Colégio
Militar, tende a considerá-lo uma instituição
de ensino para
rapazes, em regime de internato, tutelada pelo Exército, e de prestígio
alicerçado ao longo de mais de duzentos anos. É também consensual julgar-se que
o Colégio Militar tem por finalidade dar formação de base aos futuros oficiais
do Exército e dos outros ramos das forças armadas. No entanto, convém esclarecer
que o propósito principal do Colégio, desde a sua fundação, foi o de apoiar os
militares na educação dos seus filhos, com particular relevância para o caso de
órfãos de mortos em combate. Mais tarde, o critério de admissão alargou-se a
filhos de civis, ditos porcionistas, sustentados por verbas pagas pelos
respectivos familiares.
Não é, todavia, correcto, dizer-se que o Colégio Militar se
destinava exclusivamente a preparar futuros candidatos à carreira das armas. A
excelência da educação nele ministrada tem proporcionado a sucessivas gerações
de jovens e adolescentes, uma vez concluído o curso, o acesso a um vasto leque
de opções profissionais. Acima de tudo, como expoentes de valentia e
patriotismo, importa sublinhar que mais de 70 elementos dos três ramos das
forças armadas, antigos alunos do Colégio Militar, desde a monarquia até agora,
foram já agraciados com a mais alta e honrosa condecoração nacional, a Ordem da
Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito. Deve igualmente realçar-se o facto
de aí terem estudado, e aprendido a ser homens e cidadãos, os cinco Marechais
que foram todos Presidentes da República (Gomes da Costa, Óscar Carmona,
Craveiro Lopes, António de Spínola e Costa Gomes) e ainda mais um outro,
distinguido a título póstumo (Humberto Delgado).
Para além da vida militar, verifica-se que nos mais variados
campos da cultura e da actividade humana se encontram figuras gradas da nossa
História cujo denominador comum é o de terem sido alunos do Colégio Militar.
Assim, na Área do Desporto, basta salientar que em 14 Jogos Olímpicos (desde o
ano de 1924 até, alternadamente, o ano de 2004) se registou a participação
global de 30 antigos alunos nas modalidades de esgrima, pentatlo moderno, tiro e
hipismo. E basta apontar, a título meramente exemplificativo: na Área da
Ciência, o Prof. Aniceto Ribeiro Monteiro, Doutor em Matemática pela
Universidade de Paris, investigador e docente de grande prestígio em Portugal,
Brasil e Argentina; na Área da Medicina, o Dr. Ernesto Galeão Roma, pioneiro da
Diabetologia Social e o Prof. Fernandoda Cruz Ferreira, professorcatedrático de
Patologia e Clínica Tropical, especialista notável e conselheiro da Organização
Mundial de Saúde para doenças parasitárias; na Área da Engenharia, o Prof. Engº
Manuel Mendes daRocha, investigador e docente de renome internacional, que
tornou o Laboratório Nacional de Engenharia Civil num dos mais prestigiados
centros científicos contemporâneos; na Área da Cultura, António Sérgio de Sousa
Júnior, que foi oficial da Armada e se afirmou depois como o mais reputado
ensaísta português, e Eduardo Lourenço de Faria, também notável ensaísta e
pensador; na Área das Letras, o Dr. Júlio Dantas, médico, escritor, dramaturgo,
diplomata e político; e, por fim, na Área das Artes, o Prof. Escultor Barata
Feyo, galardoado com valiosos prémios, o Actor Raúl de Carvalho Soares, com
assinaláveis êxitos interpretativos no Teatro e Cinema, o Tenor Tomás Alcaide,
um dos maiores artistas líricos da sua época, o compositor Raúl Ferrão, autor da
célebre canção “Coimbra”, e ainda Rão Kyao e Pedro Ayres de Magalhães, ambos
conhecidos músicos e compositores contemporâneos.
Não admira, pois, que, Portugal fora, nas cidades, vilas e
aldeias do Continente e Ilhas Atlânticas (e outrora também no
Ultramar) se possam
ver placas toponímicas em mais de mil ruas, praças, largos e avenidas, relativas
ao Colégio Militar, o seu fundador e antigos alunos. Os nomes e inscrições
gravados em pedra traduzem bem o apreço e a vontade do povo português em
perpetuar a memória dos seus feitos, sucessos e serviços prestados à causa
pátria.
Mas haverá ainda largos estratos de portugueses que pouco sabem
acerca do que tem sido o relacionamento entre o Colégio Militar e o Mar nas suas
vertentes mais amplas. Efectivamente, o Colégio nasceu em 1802 (a data de
referência, por tradição, passou entretanto a ser 3 de Março de 1803), no
quartel de um regimento de artilharia situado nas imediações da fortaleza de S.
Julião da Barra e desde então se tem mantido na tutela do Exército. Assim sendo,
é compreensível que no total de alunos que frequentaram o Colégio, até hoje, só
pouco mais de 3 % optaram por servir Portugal como oficiais da Armada
Real/Marinha de Guerra, bem como da Marinha Mercante.
-II-
No que respeita à Armada, o primeiro antigo aluno do Colégio a
entrar para os seus quadros permanentes foi o Capitão-de-Mar-e-Guerra Pedro
Alexandrino da Cunha (1801-1850), marinheiro corajoso, profissional competente e
patriota dedicado, que chegou a governador-geral de Angola após largos anos de
comissão de embarque em serviço nesse território. Veio a falecer em Macau no
exercício do cargo de governador.
Incluindo este pioneiro, e até Setembro de 2013, abraçaram a
carreira naval trezentos e trinta e três voluntários habilitados com o curso do
Colégio Militar. A classe de oficiais de longe mais representada é a de Marinha,
embora se tenham distribuído por quase todas as restantes. Há ainda a mencionar
que, entre 1958 e 1990, se voluntariaram para prestar serviço na Armada, agora
nos quadros de complemento da Reserva Naval, mais cinquenta e seis antigos
alunos do Colégio Militar.
Dada a natureza deste artigo, num bosquejo rápido e sucinto,
podemos apresentar, como exemplos ilustrativos, e dentre muitos, os nomes
seguintes:
- No campo das Ciências e Investigação do Mar, o Capitão-de-Fragata Mariano
Ghira (1828-1877), engenheiro hidrógrafo. Lente da Escola Naval e Lente da
Escola Politécnica. Serviu no Brasil e África Ocidental e foi o primeiro “Menino
da Luz” da Armada a ser
agraciado com a
Torre e Espada; e o Vice-Almirante César Augusto de Campos Rodrigues
(1836-1919), engenheiro hidrógrafo, que alcançou grande prestígio
internacional como director do Observatório Astronómico de Lisboa durante quase
três décadas; o Vice-Almirante Hugo de Carvalho de Lacerda Castelo Branco
(1860-1944), engenheiro hidrógrafo. Lente da Escola Naval. Chefiou importantes
levantamentos hidrográficos e portuários em África e Macau. Foi sócio da
Academia das Ciências de Lisboa e da Sociedade de Geografia de Lisboa; e o
Capitão-de-Mar-e-Guerra Abel Fontoura da Costa (1869-1940),
sábiomatemático, ilustre Lente da Escola Naval, reitor do Liceu do Carmo e
fundador do Liceu do Mindelo. Foi co-autor de tábuas náuticas de grande
qualidade e autor de aprofundados estudos de Marinharia dos Descobrimentos;
- Por Feitos Heróicos em Campanha, o Capitão-Tenente Álvaro Herculano da
Cunha (1864-1915), combatente de África de valor excepcional, que se distinguiu
nas campanhas de pacificação da Guiné entre 1891 e 1896, território de que foi
depois governador. Condecorado com os graus de cavaleiro e oficial da Torre e
Espada e com duas medalhas de ouro de Valor Militar; o Capitão-de-Mar-e-Guerra
Filipe Trajano Vieira da Rocha (1870-1944), que se notabilizou pelas suas acções
de comando em operações nos rios de Moçambique, em 1895. Foi também um dos
pioneiros de trabalhos geodésicos e hidrográficos em África entre 1904 e 1926.
Condecorado com o grau de comendador da Torre e Espada e com a medalha de ouro
de Valor Militar; e o Vice-Almirante António Ladislau Parreira (1869-1941),
militar e político, combatente das campanhas de pacificação da Guiné (1894) e
Moçambique (1895). Participou activamente na preparação da Revolução de 5 de
Outubro de 1910 e foi condecorado com o grau de comendador e dois graus de
cavaleiro da Torre e Espada;
- Na Área da Política e Administração Pública, vários foram os oficiais
oriundos do Colégio Militar que exerceram cargos ministeriais ou de alta
administração, quer no Continente, quer nas outras parcelas portuguesas. Por
exemplo: o primeiro antigo aluno a ser ministro da Marinha (em 1920 e 1923), o
Capitão-de-Mar-e-Guerra Joaquim Pedro Júdice Bicker (1866-1926), heróico
combatente da Guiné, condecorado com a comenda da Torre e Espada e a medalha de
ouro de Valor Militar; o Vice-Almirante Luiz António de Magalhães Corrêa
(1873-1960), cavaleiro da Ordem da Torre e Espada, governador de Macau e depois
ministro da Marinha (1928-1930). Foi ainda Administrador da Zona Internacional
de Tânger no período 1945-1948; o Capitão-de-Mar-e-Guerra Vasco António Martins
Rodrigues (1917-1983), oficial ilustre com larga experiência administrativa no
Ultramar como governador do distrito de Lourenço Marques e, mais tarde,
governador da Guiné; o Vice-Almirante Manuel Pereira Crespo (1911-1980), notável
professor de Estratégia e Organização do Instituto Superior Naval de Guerra e
elemento fulcral da grande reforma da Armada nos anos 1960’s e que veio a ser o
último ministro da Marinha (1968-1974); e o Contra-Almirante Vasco Fernando
Leote de Almeida e Costa (1932-2010). Militar e político. Comandou a esquadrilha
de lanchas da Guiné, serviu no Comando Naval de Moçambique e exerceu o cargo de
governador de Macau. Foi ainda membro do Conselho da Revolução (1975-1982);
- Na Área do Comando Superior da Armada, três antigos alunos do Colégio
Militar chegaram ao topo da hierarquia naval: o Vice-Almirante Joaquim Anselmo
da Matta Oliveira (1874-1948), notável oficial de estado-maior, autor e
publicista de temas de história e estratégia militar, que foi também governador
de Macau e Major-General da Armada; o Vice-Almirante Fernando de Oliveira Pinto
(1887-1961), combatente de África e da I Guerra Mundial, condecorado com a
medalha de prata de Valor Militar e duas medalhas da Cruz de Guerra. Esteve
muito ligado à Escola Naval ao longo da sua carreira, que culminou como
Major-General da
Armada; e o
Almirante João José de Freitas Ribeiro Pacheco (1934- …), de carreira
multifacetada. Comandou em combate um destacamento de fuzileiros especiais (DFE)
na Guiné, foi comandante naval dos Açores, director-geral do Instituto
Hidrográfico e director do Instituto da Defesa Nacional. Condecorado com a
medalha da Cruz de Guerra. Exerceu o cargo cimeiro de Chefe do Estado-Maior da
Armada (CEMA) entre 1994 e 1997.
Muitos outros nomes poderiam ser enquadrados, com igual
pertinência e justiça, nesta galeria de antigos alunos do Colégio Militar que se
sentiram atraídos pelo fascínio do Mar ao serviço da Pátria. Razões óbvias de
espaço disponível não o permitiram, sem que tal significasse qualquer predomínio
do valor dos citados sobre os méritos profissionais dos aqui não incluídos. Uma
anotação necessária: tratando-se de marinheiros, neste olhar que abarca um
horizonte imenso de mais de dois séculos e sabido que a Armada é sobretudo a
saga e o reflexo dos homens do mar que a corporizam, não será descabido
referenciar, por último, o Capitão-de-Mar-e-Guerra António Alemão de Cisneiros e
Faria (1879-1946). Combatente da I Guerra Mundial, notabilizou-se como
comandante da canhoneira Beira em operações nas águas de Cabo Verde. Condecorado
com a medalha da Cruz de Guerra e a medalha da Distinguished Service Order (DSO)
britânica, concebeu e garantiu o acondicionamento e transporte a bordo do
cruzador Carvalho Araújo, sob seu comando, do hidroavião Fairey 17 “Santa Cruz”,
o que veio a permitir a Gago Coutinho e Sacadura Cabral, em 1922, a conclusão da
histórica 1.ª Travessia Aérea do Atlântico Sul. Mas o grande prestígio que
alcançou, e que perdura na Armada, deveu-se à sua acção como principal
responsável pelos extensos trabalhos de conversão de uma presa de guerra alemã,
a barca Rickmer Rickmers, no que passou a ser o ícone da Marinha Portuguesa, o
navio-escola Sagres, e sobretudo ainda por ter sido o seu primeiro comandante,
cargo em que durante múltiplas viagens de instrução se confirmou como um
manobreiro exímio e grande inspirador para os vindouros.
-III-
O Mar foi para Portugal a grande via de ligação às suas antigas
províncias ultramarinas, e não só. Abstraindo do resto do mundo, mais de 90% da
carga e 80% de pessoal foram transportados, a partir da metrópole, a bordo de
navios de comércio. Daí a importância vital que tinha para o País a existência
da nossa Marinha Mercante, a qual chegou a totalizar uma frota de 167 navios, no
início da guerra do Ultramar.
Ora, com base numa pesquisa não exaustiva, e por isso susceptível
de ser naturalmente ampliada e corrigida, pode dizer-se que houve, até hoje,
vinte e dois antigos alunos do Colégio Militar que vieram a prestar serviço na
Marinha Mercante nacional.
O primeiro nasceu em 1899 e chamou-se José de Magalhães Sousa e
Silva, do quem apenas se sabe ter sido admitido para o 2º ano do Colégio Militar
em 1910. Na década seguinte, José Guerra da Silva, quefrequentou o Colégio de
1922 a 1930, e Francisco Simões de Sousa Namorado (1913-1998), saído do Colégio
em 1931 – ambos constam ter servido na Marinha Mercante.
Filho
de um pioneiro da Aviação Naval que faleceu em campanha na I Guerra Mundial,
José Horta e Costa de Azeredo e Vasconcelos (1917-1991) foi sargento-cadete em
1937, passou pela Escola Naval mas completou de seguida o curso de pilotagem da
Escola Náutica. Como 2º piloto fez uma campanha de pesca do bacalhau, e mais
tarde tornou-se imediato do paquete Uíge. Em 1952 era imediato do
paquete Vera Cruz, navio de que nos anos 1960’s foi comandante,
tendo-se depois reformado da Companhia Nacional de Navegação (CNN).
Entrados para o Colégio na década de 1930-1940, nove antigos
alunos enveredaram profissionalmente pela marinha de comércio: Jorge Ruivo de
Vasconcelos e Sá (1920-1996) - comandou três navios de passageiros, Vera Cruz,
Império e Infante D. Henrique, no último dos quais terminou a sua vida no mar.
Realizou grande parte da sua actividade em viagens para o Brasil, tendo assim
tido oportunidade de contactos com altas figuras políticas e intelectuais
brasileiros. Entre outras distinções, recebeu a medalha naval de Vasco da Gama e
duas medalhas comemorativas do Esforço da Marinha Mercante na Guerra 1939/45 e
na Defesa do Ultramar; João do Carmo Medeiros de Almeida (1924-1995) -
prestouserviço como oficial miliciano de cavalaria. Ingressou na Escola Náutica
em 1943 e fez a carreira a bordo de diversos navios como oficial, imediato e
comandante. Em 1974 foi admitido como professor na Escola Náutica Infante D.
Henrique (ENIDH), onde serviu durante vinte anos até se reformar. Teve acção
determinante no desenvolvimento da Escola que, assim integrada no sistema
educativo nacional, passou a conferir aos seus diplomados, a partir de 1989, os
graus de bacharel e de licenciado; Adriano da Silva Matos Correia (1923-2006) –
durantea II Guerra Mundial participou nos comboios de navios dos Estados Unidos
para a Europa. Na Companhia Nacional de Navegação tornou-se em 1955 no mais
jovem comandante da Marinha Mercante portuguesa. Termina a sua carreira no mar
ao fim de trinta anos com o comando do paquete Moçambique, onde faz a sua última
viagem, por coincidência também a do próprio navio. Foi condecorado com a
medalha do Esforço de Guerra 1939/45 e a medalha naval de Vasco da Gama; Luís
José Cantinho Machado Figueiras Andrade (1926-2009), perito marítimo
internacional; José Alvarenga de Sousa Horta Correia Martins (1927-…); Vital
Grandvaux Barbosa (1929-…); Pedro Jorge Brilha da Cunha (1927-1991); Jorge Dias
da Costa Gomes (1928-…) - comandante e também piloto da barra de Lisboa; e
Fernando Manuel de Oliveira Carvalho (1928-2002), que durante largos anos fez
parte da frota bacalhoeira portuguesa.
Na década de 1940-1950 entraram como alunos do Colégio os
seguintes futuros comandantes da Marinha Mercante: Francisco Jorge Cardinali
Ribeiro (1930-2000); João Nuno Cid Larcher Ovídio (1930-…); José António
Cordeiro Neto de Almeida (1930-1971); Jaime Reyes Leça da Veiga (1931-2010);
João José Andrade Simões (1934-2007); José Fernando de Oliveira Vilar Saraiva
(1935-…); e Abílio Matos e Noronha de Pais de Ramos (1937-…) – filho e irmão de
antigos alunos, saiu do Colégio em 1953, e veio a comandar vários navios da
SOPONATA e SONAP. É também licenciado em História.
Por fim, nas décadas de 1950-1960 e 1960-1970, frequentaram o
Colégio Militar os seguintes alunos: João Augusto Sarmento Falco Pereira
(1942-…) e Pedro Baptista Esteves Virtuoso (1957-…), ambos filhos e irmãos de
antigos alunos. O último exerce actualmente actividade profissional no Grupo
E.T.E..
por Luis Joel Alves de Azevedo Pascoal
C/Almirante,ref.
1 comentário:
Ricardo deixou um novo comentário na sua mensagem "..A SEU DONO":
É tudo muito interessante e de relevo!
Acho no entanto um absurdo continuar a falar apenas no passado, sem reflectir seriamente nas condições do presente e como se pretende projectar no futuro esta(s) institução(ões).
Tudo o resto serve apenas para glorificar um passado (de relevo não discuto) mas que é passado.
O mais importante neste momento é concluir qual é o modelo que se pretende para o Colégio Militar para os próximos 100 anos.
É aí que se devem concentrar as forças todas e não na histeria e no constante saudosismo!
Quando foi a última vez que um Português morreu em operações militares ???
Será que o objectivo primordial ainda se mantém ???
Porque é que existem 2 instituições que se sobrepõe Pupilos do Exército e Colégio Militar ???
Faz sentido uma escola pública discriminar pessoas com deficiência ???
Faz sentido uma escola pública diferenciar cidadãos em função das suas profissões ???
É na discussão destas questões que TODOS devem concentrar as energias!!!
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