Declaração dos Vereadores do PSD na Reunião de Câmara de 15 de Maio de 2013
Exmº Senhor Vice-presidente
Senhores vereadores
A proposta que ontem foi dada a conhecer pelo Senhor Presidente da Assembleia Municipal na reunião de líderes marca um momento histórico da vida do partido Isaltino, Oeiras Mais á Frente:
- O IOMAF tentou destituir o seu presidente.
- Efetivamente Isaltino Morais preferiu a figura de suspensão e não a de renúncia.
- Assim, o IOMAF criado e organizado para eleger Isaltino Morais pretendeu destituir aquele que lhe deu o nome, que lhe deu suporte político, que era a referência do próprio movimento em si.
- Ontem, do ponto de vista da lealdade para com os cidadãos terminou o IOMAF. É o próprio partido que extingue a sua génese, a sua finalidade, os seus propósitos.
- O IOMAF passa desde ontem a ser outra coisa, seja ela qual for, mas que nem é fiel depositária de um trabalho de quase trinta anos, nem é fiel depositária do respeito que Isaltino Morais merecia.
Com a tentativa de ontem, procurando apanhar a assembleia municipal de surpresa, com urgência, percebe-se ainda outra coisa.
Afinal, os insultos, as dúvidas lançados contra os vereadores do PSD que, logo que se deu a prisão, entregaram os pelouros, foram apenas, e mais uma vez, folclore, ruído bem ao jeito de quem nunca pensou a situação que agora vivemos em função de Oeiras e dos oeirenses.
É a própria proposta que o diz, quando salienta a necessidade de redistribuir pelouros e pede que sejam sanadas todas as ilegalidades cometidas ao longo destas quase três semanas. Porque na verdade, a decisão dos vereadores do PSD foi a única que estava em consonância com a lei, a única coerente com a gravidade da situação que se tem vivido.
Afinal, agora já pretendem destituir o presidente Isaltino.
Outra coisa é o facto de não se perceber a razão pela qual o ainda presidente Isaltino nunca tenha delegado de imediato os seus poderes no vereador que o seguia na lista de eleitos:
Será que Isaltino tem dúvidas na boa gestão dos negócios da autarquia nas mãos do seu número dois? O que é facto é que Isaltino preferiu a suspensão ao invés da renúncia.
Esta tentativa de destituição à pressa tem este significado simbólico. Por mais propaganda, por mais insultos, por mais invencionices que o grupo dirigente do moribundo IOMAF queira assumir, não engana. Pode enganar muitos ao mesmo tempo mas não os engana para sempre e a vida, brevemente, vai mostrar aquilo que aqui afirmamos.
A verdade é que todos os atos de gestão destas últimas três semanas, escaparam ao Estado de Direito, escaparam ao regular funcionamento das instituições e do poder local, na pressa e só pela pressa de substituir e apagar rapidamente os sinais da presença do presidente que hoje o IOMAF pretende ver destituído.
É um paradoxo da história de Oeiras. O IOMAF destitui o homem que deu sentido á sua origem e não percebe que esta matança do pai fundador é o suicídio do grupo que o sustenta, vazio de doutrina, deserto de ideias, esvaziado de sentido.
Os oeirenses perceberão mais depressa do que imaginam a miséria moral que enlameou todo este espetáculo e a isso responderá no momento certo.
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