MINISTRO DA DEFESA NACIONAL ESTÁ SURDO E MUDO PARA COM O INSTITUTO DE ODIVELAS
"O actual Ministro da Defesa Nacional, José Pedro Aguiar Branco, decidiu, de forma precipitada, injusta e unilateral, transferir parte das alunas do Instituto de Odivelas (escola pública feminina) para o Colégio Militar (escola pública masculina) no próximo ano lectivo e encerrar definitivamente o IO no ano lectivo seguinte, 2014/2015. Esta decisão foi apresentada às alunas, pais, antigas alunas, restante comunidade escolar e população do município como um facto consumado. Foi tomada com base num estudo efectuado por uma comissão liderada pelo Prof. Marçal Grilo, apesar de o mesmo ter afirmado que se trata de “uma questão delicada” e que o estudo é “insuficiente para suportar uma resolução destas”.
As escolas públicas são um custo do Estado e o seu objectivo não é dar lucro, é educar. Não podem ser vistas como um custo e sim como um investimento. Investimento no futuro do país. E embora nunca tenha sido pedida rentabilidade ao IO (como aliás a nenhuma outra escola pública), face aos desenvolvimentos recentes, foi entregue ao Ministro uma proposta concreta de rentabilização do IO a curto prazo. Ao contrário da proposta do Ministro, que inclui custos brutais de construção de novos edifícios, a proposta apresentada pelas Associações de Pais e Associações de Antigos Alunos não implica nenhum investimento adicional, passa apenas pela optimização e aproveitamento da capacidade, dos equipamentos e dos recursos já existentes.
São inúmeras e conhecidas as figuras públicas que já se pronunciaram publicamente contra esta decisão do Ministro; Medina Carreira, Morais Sarmento, João Soares e Fernando Seara, entre outros. E também são várias as tentativas de manipulação da opinião pública por parte do Ministério da Defesa Nacional, através da publicação de números falsos e/ou cálculos feitos com números incorrectos.
Os pais e antigas alunas reclamam respostas às várias questões que são óbvias neste contexto e não aceitam a surdez e a falta de diálogo do Ministro. As nossas perguntas são legítimas e há centenas de pessoas à espera de respostas:
• Qual é o objectivo desta fusão?
• Porque motivo o MDN não aceita analisar a proposta de rentabilidade existente, evitando destruir dois colégios centenários?
• Em que estudos se baseou o MDN?
• Como foram calculados os valores atribuídos a cada escola?
• O que está incluído no custo médio por aluno que foi divulgado pelo MDN?
• A fórmula para o cálculo do custo médio por aluno publicada pelo Tribunal de Contas foi respeitada?
• Qual é a base de suporte para a decisão do fecho do Instituto de Odivelas, com a sua transferência para o Colégio Militar, uma vez que o professor Marçal Grilo veio recentemente a público questionar se alguém teria lido a Nota Prévia do seu relatório, em que mencionava “juntar CM, IO e IMPE levantaria um conjunto de questões delicadas que entendo não deverem ser equacionadas por agora”?
• Porque razão se defende um ensino misto em vez de um ensino diferenciado por género, quando estes têm provas dadas que funcionam produzindo bons resultados?
• Porque razão se deve perder a vantagem competitiva da diferenciação, uma vez que estes colégios são únicos em Portugal? Este modelo de ensino diferenciado é utilizado há séculos por colégios de excelência espalhados pelo Mundo (França, Reino Unido, Alemanha, Canadá, Austrália, EUA, entre outros) e comprovado cientificamente que tem vantagens.
• Quanto pensa o MDN poupar com esta fusão, atendendo a que, por um lado, o Mosteiro continuará a ter custos de manutenção e conservação, e por outro lado, no decorrer dos últimos anos foram feitas obras de beneficiação no IO, que agora não serão rentabilizadas?
• Quanto vão custar as obras de adaptação do CM e a construção de novos edifícios para o internato feminino?
• O que vai acontecer ao Mosteiro depois da saída do IO?
• Quais vão ser os custos para manter um edifício com 700 anos de História?
• Quais as razões que levam o Ministro a tomar a decisão de encerrar o passado, o presente e hipotecar o futuro de mais de cem anos de história de meninas e mulheres do Instituto de Odivelas?
• Qual é o objectivo desta fusão?
• Porque motivo o MDN não aceita analisar a proposta de rentabilidade existente, evitando destruir dois colégios centenários?
• Em que estudos se baseou o MDN?
• Como foram calculados os valores atribuídos a cada escola?
• O que está incluído no custo médio por aluno que foi divulgado pelo MDN?
• A fórmula para o cálculo do custo médio por aluno publicada pelo Tribunal de Contas foi respeitada?
• Qual é a base de suporte para a decisão do fecho do Instituto de Odivelas, com a sua transferência para o Colégio Militar, uma vez que o professor Marçal Grilo veio recentemente a público questionar se alguém teria lido a Nota Prévia do seu relatório, em que mencionava “juntar CM, IO e IMPE levantaria um conjunto de questões delicadas que entendo não deverem ser equacionadas por agora”?
• Porque razão se defende um ensino misto em vez de um ensino diferenciado por género, quando estes têm provas dadas que funcionam produzindo bons resultados?
• Porque razão se deve perder a vantagem competitiva da diferenciação, uma vez que estes colégios são únicos em Portugal? Este modelo de ensino diferenciado é utilizado há séculos por colégios de excelência espalhados pelo Mundo (França, Reino Unido, Alemanha, Canadá, Austrália, EUA, entre outros) e comprovado cientificamente que tem vantagens.
• Quanto pensa o MDN poupar com esta fusão, atendendo a que, por um lado, o Mosteiro continuará a ter custos de manutenção e conservação, e por outro lado, no decorrer dos últimos anos foram feitas obras de beneficiação no IO, que agora não serão rentabilizadas?
• Quanto vão custar as obras de adaptação do CM e a construção de novos edifícios para o internato feminino?
• O que vai acontecer ao Mosteiro depois da saída do IO?
• Quais vão ser os custos para manter um edifício com 700 anos de História?
• Quais as razões que levam o Ministro a tomar a decisão de encerrar o passado, o presente e hipotecar o futuro de mais de cem anos de história de meninas e mulheres do Instituto de Odivelas?
O Instituto de Odivelas tem actualmente cerca de 300 alunas, das quais 50% são filhas de civis. É a escola feminina mais antiga de Portugal, com 113 anos de história, e o único internato feminino do país. Recebeu, como reconhecimento do seu mérito, duas das mais altas condecorações do Estado Português: a Medalha Honorífica Cruz da Ordem de Avis e a Medalha Honorífica Santiago da Espada. Desde a sua fundação, em 1900, tem por missão a educação moral, cívica e científica, o desenvolvimento do sentido do dever, honra, atributos de carácter, integridade moral, espírito de disciplina e noção de responsabilidade. Essa missão tem sido amplamente conseguida, o que se pode confirmar não apenas pelas figuras de vulto que por lá passaram, como também pelos resultados escolares: no passado ano lectivo, o IO ficou em 2º lugar no ranking das melhores escolas secundárias públicas (22º lugar no ranking geral), divulgado pelo Ministério da Educação. O seu valor, como escola e como património nacional, é inquestionável e incomensurável.
Temos o direito de ser ouvidos. Temos o direito de entender as decisões do governo. A ausência de diálogo não é própria de um estado democrático.
Por: Sofia Vaz Serra (AAIO 381/74)
Elsa Martins Magro (AAIO 134/79)
Maria Teresa Magalhães (AAIO 334/72)"
Elsa Martins Magro (AAIO 134/79)
Maria Teresa Magalhães (AAIO 334/72)"
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