segunda-feira, 20 de outubro de 2008

MANIF de Sábado





O Governo quiz tanto saber da manisfestação das Associações de militares no Rossio , como quiz saber da dos Alfaiates , dos lenhadores de Alvaiázere ou dos assadores do leitão da Bairrada.
Nenhuma destas classes , por agora , perturba, ou ameaça , mínimamente o Governo , e , à opinião pública o que chega é que o que elas querem é ser ouvidas , ter uma voz reinvindicativa , mesmo que inócua , ter assento protocolar , falar do lugar comum das carreiras e da , infeliz verdade , solução de continuidade no cuidado da saúde. E isso a opinião pública colhe favorável à governação e nunca contra , o que a põe , cada vez mais , distante de nós , os militares.
Não se fala do que se deve e espera , que é da nossa dignidade , da nossa independência institucional, do nosso sacrificio sem dividendo , da nossa abnegação sem estrema , da nossa coragem altruísta, da nossa dádiva permanente e da nossa interpretação dos valores da vida e da causa.
Não é no Rossio , nem em Grândola , se assim tivesse de ser outra vez , que a voz dos valores castrenses , que se podem e devem confundir com os da Pátria , tais os serviços prestados e pouco ou nada agora reconhecidos, deve ser ouvida.
Há sempre uma espada de um Chefe a poder ser depositada em Belém .
E se acreditamos ainda no Chefe , como eu , e em Belém , como eu também , resta esperar o momento.
Que não deve tardar.

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