terça-feira, 31 de janeiro de 2012

GLORIOUS

Entre 13 e 31 de janeiro de 1943, na Segunda Guerra Mundial, o NRP Lima da Marinha Portuguesa, sob o comando do então Capitão-Tenente Sarmento Rodrigues, efetuou uma das suas maiores missões de salvamento no mar dos Açores. 
Nessa altura a Marinha mantinha nos Açores um navio, normalmente um contra-torpedeiro, de modo a proteger os portos açorianos. 
No dia 26 de Janeiro o NRP Lima foi mandado sair para procurar e recolher os náufragos do navio americano "City of Flint", afundado na véspera. Na madrugada do dia 28 foram avistadas baleeiras e jangadas, sendo recolhidos 71 náufragos mas de outro navio, o "Júlia Ward Howe".
O Lima prosseguiu as buscas e entre as oito e o meio-dia encontrou três embarcações do "City of Flint" com 48 náufragos. Entretanto, faleceu a bordo do Lima um dos náufragos.
Apesar do violento temporal que se instalara, o NRP Lima atracou no dia 31 de janeiro no porto de Ponta Delgada, sendo a sua guarnição alvo de vários louvores e agradecimentos das autoridades portuguesas e norte-americanas e dos armadores dos navios cujos tripulantes foram recolhidos.
Para além deste salvamento, o NRP Lima cumpriu outras missões de busca e salvamento de náufragos no mar dos Açores, como são os casos dos navios "Ávila Star" (73 náufragos) e do "Roxburgh Castle" (64 sobreviventes). No total 255 náufragos resgatados em duas ações.



Do post da Marinha no FB

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

NEWS


Maria Madalena Carvalho Fischer studied Law at the Lisbon University and took a post-graduate degree in European Union and International Law at the University of Bonn. After teaching at the Lisbon University and the National School of Administration in Warsaw, she joined the Portuguese Ministry of Foreign Affairs in 1994. In 1998, she worked as an exchange diplomat in the German Foreign Office and was assigned to the Portuguese Embassy in Berlin in 1999. In 2001, Madalena Fischer became Deputy Head of the Portuguese Embassy in Islamabad. She is currently Deputy European Correspondent in the Portuguese Foreign Office.

Foi assessora de Jaime Gama , no Parlamento Português e agora é a nº 4 da Embaixada de Portugal em Berlim

Pois foi esta Senhora que Paulo Portas, MNE, foi buscar para sua Chefe de Gabinete, depois da súbita morte de João Teotónio Pereira .


Why? We don´t know

ADEUS AMIGO

Perdoar-me-á Senhor Almirante de o tratar assim, para título deste post, mas não me posso , nem consigo , escusar a fazê-lo.

O Senhor Almirante foi meu Comandante (como capitão-tenente) , mas sempre teve a gentileza de acompanhar a minha carreira , de me aconselhar e de muito me ajudar.

Tenho pena que parta, como tenho pena de não ter convivido mais consigo nestes últimos anos.

O Senhor é um dos Grandes Almirantes , aqueles que tinham as estrelas gravadas e não colocadas.

Que descanse em bolina suave e até sempre


Biografia encontrada:
Henrique Afonso da Silva Horta entrou para a Escola Naval em 1940, sendo promovido a oficial em 1944, a oficial superior em 1959 e a oficial general em 1976. Repartindo a sua carreira militar por cargos no mar, integrando a guarnição de diversos navios, e em terra, incluindo algumas funções fora do âmbito da Armada Portuguesa, teve uma percurso profissional e cívico de relevo, que o levou a oficial general. Reformou-se como vice-almirante, tendo recebido um invejável conjunto de distinções, louvores e condecorações. Em resultado dessa carreira, é detentor de uma folha de serviço distinta, da qual constam mais de duas dezenas de louvores e mais de quarenta condecorações nacionais e estrangeiras, entre as quais a grã-cruz da Ordem de Avis (atribuída a 18 de Março de 1986) e a grã-cruz da Ordem de Cristo (atribuída em 5 de Novembro de 1983).
No mar, foi oficial de guarnição do aviso NRP João de Lisboa, do contra-torpedeiro NRP Tejo e do navio escola NRP Sagres (II) (o ex- e actual Rickmer Rickmers). Foi ainda oficial imediato do aviso NRP Gonçalves Zarco e do mesmo navio escola NRP Sagres (II). Comandou o navio patrulha NRP Santa Maria, o anterior e o actual navio escola NRP Sagres, do qual foi o primeiro comandante, e a fragata NRP Comandante Sacadura Cabral. Assumiu, por três vezes, a função de capitão-de-bandeira do paquete Vera Cruz.
Em unidades da Marinha de Guerra em terra, desempenhou os cargos de Capitão dos Portos e chefe dos Serviços de Marinha da Guiné Portuguesa, foi secretário-escolar do Grupo n.º 1 de Escolas da Armada, em Vila Franca de Xira, adjunto para as informações do Comando-Chefe do Estado de Angola, oficial do Estado-Maior da Armada, exercendo, entre outras as funções de chefe do Serviço de Informações Militares, chefe do Estado-Maior do Comando Naval do Continente, comandante da Base Naval de Lisboa, no Alfeite, Director do Museu de Marinha, superintendente dos Serviços do Pessoal da Armada e vice-chefe do Estado-Maior da Armada.
Depois de promovido a oficial superior, foi professor da Escola Náutica Infante D. Henrique, do Instituto Superior Naval de Guerra, do Instituto de Altos Estudos Militares e da Escola Superior de Guerra Aérea. Quando foi fundado o Instituto da Defesa Nacional, e antes de serem fixados os respectivos quadros, teve a seu cargo as conferências e exposições destinadas aos cursos de instituições congéneres estrangeiras que se deslocavam a Lisboa.
Exerceu ainda as funções de chefe da Casa Militar do Presidente da República.
Para além das suas funções no âmbito da Marinha de Guerra Portuguesa, foi presidente da Câmara Municipal de Bissau, na então Guiné Portuguesa (actual Guiné-Bissau), governador de Cabo Verde, Ministro da República para os Açores e presidente da Comissão Consultiva para os Assuntos das Regiões Autónomas. Ainda fora do âmbito estritamente militar, foi presidente da Comissão Nacional Contra a Poluição do Mar, função que exerceu até se reformar.
Colaborou com numerosas publicações, em especial sobre assuntos militares, navais e de política internacional, publicando artigos, estudos e crónicas. Foi colaborador assíduo dos Anais do Clube Militar Naval, de que foi director em 1976.

domingo, 29 de janeiro de 2012

UAU

Já vamos em 100200 visitantes, o que para nós é algo para muito agradecer e uma força enorme.

Não fazendo como o "Capitão" do Costa Concordia navegamos à vista nestes dias pela nossa maravilhosa costa Vicentina e, como um marinheiro da frota de Vasco da Gama ao regressar, lá avistamos a olho nu o monte de Nª Sª do Livramento

LÁ LONGE.... AINDA


"Infelizmente [o navio-escola] Sagres não veio a Macau. Estava planeado e não veio, portanto, [esta exposição] é uma forma de vir aqui através das fotos", afirmou à agência Lusa o autor Joaquim Magalhães de Castro.
A exposição é composta por 70 imagens e uma instalação em vídeo e retrata 40 dias a bordo do navio-escola, de Goa a Alexandria, e daí até Lisboa, durante as duas últimas etapas da viagem de circum-navegação do Sagres, realizadas entre janeiro e dezembro de 2010.
Entre os momentos mais marcantes, captados pelo fotógrafo e jornalista residente em Macau, está uma tempestade no Mediterrâneo - com ondas de 13 a 14 metros e ventos de 140 quilómetros por hora -, e a despedida dos pescadores em Goa, depois de a chegada do Sagres ter sido interpretada por "alguns fundamentalistas como uma forma de neocolonialismo".
"Os pescadores deram a resposta adequada (...) Estávamos a iniciar a largada e de repente surgiram dezenas de embarcações todas engalanadas, com flores, panos, bandeiras portuguesas e algumas indianas, e com orquestras a bordo com o equipamento da seleção nacional, a demonstrarem que estavam muito contentes que a Sagres tivesse vindo à Índia. Ficámos todos com pele de galinha. Foi um momento muito emocionante", recordou.
Outro apontamento captado pela lente de Joaquim Magalhães de Castro foi a ameaça da pirataria somali em pleno Oceano Índico, no Golfo de Adém.
"Criou alguns momentos de expetativa, mas nada que nos assustasse até porque levávamos a bordo fuzileiros para proteger o barco", disse.
Organizada pelo Instituo Internacional de Macau, com o apoio do Consulado-Geral de Portugal em Macau e Hong Kong, Fundação Oriente e Instituto Português do Oriente, entre outras entidades, a exposição fotográfica estará patente no Clube Militar até 16 de fevereiro, de onde seguirá para Hong Kong, Toronto e São Francisco.
"O objetivo é dar a volta ao mundo como o Sagres deu". Como tal, numa segunda fase de itinerância, já sob a alçada do Instituto Camões, o trabalho de Joaquim Magalhães de Castro deverá chegar aos locais com vestígios da presença portuguesa, havendo já alguns contactos com os embaixadores portugueses nesses países.
Construído em Hamburgo em 1937, para a marinha brasileira, o atual navio-escola Sagres foi adquirido ao Brasil em 1961 e iniciou a primeira viagem com bandeira portuguesa a 25 de abril de 1962.
O Sagres visitou Macau quatro vezes entre 1979 e 1993. A quinta passagem pelo território - e primeira desde a transição da administração para a China - estava prevista na circum-navegação de 2010, mas não se concretizou porque Pequim negou a autorização para atracar em Macau, sob a justificação que a autonomia da Região não permite a visita de navios de guerra.
Com esta exposição, Joaquim Magalhães de Castro também pretende demonstrar que "a Sagres é acima de tudo uma embaixada de Portugal" e que "apesar de ser considerado um navio de guerra, de guerra não tem nada".
Autor de várias obras dedicadas à Expansão Portuguesa, incluindo livros, álbuns fotográficos e documentários - como o "Mar das Especiarias", "No Mundo das Maravilhas", "Os Bayingyis do Vale do Mu - Luso Descendentes na Birmânia" e "A Maravilha do Outro - No Rasto de Fernão Mendes Pinto" -, Joaquim Magalhães de Castro pretende também fazer um documentário sobre a viagem circum-navegação do Sagres.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

CONSELHO DE ESTADO


  • Dra. Maria da Assunção Andrade Esteves
    Presidente da Assembleia da República
  • Dr. Pedro Manuel Mamede Passos Coelho
    Primeiro-Ministro
  • Juiz Conselheiro Rui Manuel Gens de Moura Ramos
    Presidente do Tribunal Constitucional
  • Juiz Conselheiro Alfredo José de Sousa
    Provedor de Justiça
  • Sr. Carlos Manuel Martins do Vale César
    Presidente do Governo Regional dos Açores
  • Dr. Alberto João Jardim
    Presidente do Governo Regional da Madeira
  • General António Ramalho Eanes
  • Dr. Mário Alberto Nobre Soares
  • Dr. Jorge Fernando Branco Sampaio
  • Prof. Doutor João Lobo Antunes
  • Prof. Doutor Marcelo Nuno Duarte Rebelo de Sousa
  • Dra. Maria Leonor Couceiro Pizarro Beleza de Mendonça Tavares
  • Dr. Vítor Augusto Brinquete Bento
  • Dr. António José de Castro Bagão Félix
  • Dr. Francisco José Pereira Pinto Balsemão
  • Dr. António José Martins Seguro
  • Dr. Luís Manuel Gonçalves Marques Mendes
  • Sr. Manuel Alegre de Melo Duarte
  • Dr. Luís Filipe Menezes Lopes

Just to remember
 

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

SONHO


Adorava esta casa......é em Lagos. Veja-se só a maravilhosa janela
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domingo, 22 de janeiro de 2012

ADEUS AMIGO

Fez do hipismo a sua paixão e alcançou um brilhante palmarés durante três décadas de competições. Conta com uma participação nos Jogos Olímpicos e, das mais de 650 classificações que conquistou, cerca de 140 foram vitórias. Sócio de mérito da Federação Equestre Portuguesa, Vasco Ramires, Coronel de Cavalaria, foi ainda distinguido com as Insígnias de Bronze da Federação Equestre Internacional.

Um abraço Vasco Ramires, daqui do alto mar, e até sempre

龍年


Os anos do Dragão: são 2000, 1988, 1976, 1964, 1952, 1940, 1928, 1916...


As horas governadas pelo Dragão: 7 a.m. às 9 a.m.
Sentido do seu Signo:
Leste-Sudeste
Princípio da estação e mês: Primavera - Abril
Corresponde ao Signo ocidental: Carneiro (Aries)
Elemento fixo: Madeira
Haste: Positivo
Cor: Dourado, cor-de-laranja
Fragrância: Água de colónia
Bebida: Sumo de fruta
Condimento: Alho
Animal: Toiro
Flor: Rosa
Árvore: Pinheiro
Metal: Ouro
Pedra preciosa: Rubi
Dia do Mês: 25
Número: 9
Ano do Dragão
Um regresso magnífico após o ano de recuperação do coelho. Nós deveremos olhar com cuidado para os quatro ventos, atirar ao ar as nossas luvas da sorte a fim de podermos realizar os nossos grandiosos , colossais, ambiciosos e audazes projectos. O espírito indomável do dragão tornará tudo maior na própria vida. De algum modo nós encontrar-nos-emos a borbulhar de energia adicional. Será sábio não subestimar ou queimar todos os nossos potenciais neste ano combustível. As coisas parecem melhor do que realmente são.
O lado positivo deste ano, será bom para o negócio e o dinheiro pode ser gerado ou obtido facilmente. É o momento de pedir ao seu banco o  empréstimo que sempre desejou. Grande despesa e planos pródigos serão a regra do dia. O poderoso dragão não é muito prudente. Joga por tudo e por nada. Estimular-nos-á a pensar e a agir em grande, mesmo ultrapassando os limites do cuidado.
Os orientais consideram que este é um ano auspicioso, bom  para casar, ter filhos ou começar um negócio novo, porque o dragão benevolente traz a  boa fortuna e a felicidade.
Entretanto, este é também um momento de moderar o nosso entusiasmo e de olhar duas vezes antes de dar um mergulho. Muito embora o afortunado dragão regue com a sua sorte indiscriminadamente tudo, a mesma sorte desaparece quando o tempo nos retribui dos nossos erros. O sucesso e as falhas serão ampliados da mesma maneira.  Os anos do dragão fogo são especialmente temidos, porque são mais destruidores do que os dragões de outros elementos.
No ano do dragão, as fortunas assim como os desastres virão em ondas maciças. Este é um ano marcado por muitas surpresas e actos violentos da natureza. Os temperamentos alargar-se-ão ao mundo excedente e todos estarão encenando alguma revolta real ou imaginária de encontro às suas constrições. A atmosfera eléctrica criada pelo poderoso dragão afectar-nos-á, de forma individual e colectiva, a tudo e a todos.

sábado, 21 de janeiro de 2012

SE NÃO DIZ A LEI DIZ A MORAL


Actuação do capitão do Costa Concordia, que abandonou o navio antes da saída de todos os passageiros, é controversa. Mas especialistas dizem não haver lei que obrigue comandantes a sair por último em caso de naufrágio.

Um fato semelhante ao de agora na costa da Itália aconteceu em 3 de agosto de 1991, após uma explosão na sala de máquinas do navio de cruzeiro grego Oceanos. O navio, com centenas de pessoas a bordo, começou a se inclinar, afundando lentamente na costa sul-africana.

A maioria da tripulação, entretanto, abandonou o navio, deixando para trás cerca de 200 passageiros. Helicópteros chegaram para o resgate, e um dos primeiros a serem içados foi o capitão, Yiannis Avaranas. Dezenas de homens, mulheres e crianças permaneceram a bordo. Mais tarde, Avaranas teria dito: "Quando eu dou a ordem para abandonar o navio, não importa quando eu vou, o comando se aplica a todos, se algumas pessoas querem ficar, podem ficar."
Com isso, Yiannis violou uma velha regra náutica: numa emergência, o capitão é sempre o último a deixar o navio. Mas seria este ditado realmente uma lei ou apenas um mito? Uwe Jenisch, professor e especialista em direito marítimo internacional da Universidade de Kiel, no norte da Alemanha, diz que não há cláusulas em que essa regra esteja explícita. Mas acrescenta, porém, que essa diretriz pode ser deduzida de outras disposições.

"Em todo navio, o capitão é a instância máxima, que assume toda a responsabilidade pela embarcação. Ele tem o poder de comando, deve conduzir a retirada de passageiros. Enquanto a embarcação existir, ele é o responsável", diz Jenisch. Além disso, ele ressalta que uma boa equipe de navegação é como uma família, em que o capitão é o pai. "Podemos dizer que o ditado é parte de uma tradição. No entanto, não está escrito em lugar algum."

"A Organização Marítima Internacional (IMO, do inglês), em Londres, regula a segurança do transporte marítimo no mundo inteiro. O controle de qualidade dos regulamentos, no entanto, cabe aos países", complementa Jenisch. No caso do Costa Concordia, segundo ele, o governo italiano deve agir em conformidade com as normas internacionais.
O vice-presidente da associação alemã de capitães e oficiais, Willi Wittig, sublinha que o capitão tem a responsabilidade final sobre seu navio. Em entrevista à emissora alemã de rádio Deutschlandfunk, entretanto, Wittig, observou que esta responsabilidade não tem necessariamente que ser implementada a partir da central de comando.
"Pode haver situações em que realmente seja mais apropriado exercer esta responsabilidade de fora do navio. Onde talvez se tenha uma melhor uma visão da situação". Ele lembra, no entanto, que os recursos para fazer isso de melhor forma estão, claro, dentro no navio. O fato de o capitão abandonar seu navio não é tangível juridicamente, mas altamente "incomum", de acordo com Wittig.
Muitos especialistas apontam para o código de honra dos marinheiros. A ideia de que um capitão deve deixar o navio como o último não tem apoio legal. Ele é que deve decidir de onde ele deve exercer suas responsabilidades em relação a passageiros, tripulação e ao navio durante uma emergência.
Esse foi o argumento usado por Yiannis Avaranas, capitão do Oceanos. Ele alegou que podia dirigir melhor a operação de resgate de fora da embarcação. Ele acabou sendo absolvido por um tribunal de Londres e, mais tarde, e continuou trabalhando como capitão de navios de cruzeiro.

A indústria de seguros, no entanto, não fica muito satisfeita com um desembarque antecipada do capitão. Pois um navio que foi abandonado no mar pela tripulação passa a ser de propriedade de quem o resgata. Essa regra já foi responsável por alguns comportamentos curiosos na história da navegação marítima.

Foi devido a ela que o capitão do cargueiro norte-americano Flying Enterprise, o dinamarquês Hendrik Kurt Carlsen, passou dias em sua embarcação em 1951, como o último homem a bordo de seu navio, enquanto este afundava no Canal da Mancha, alegadamente por causa das regras do seguro. Ele queria garantir que o Flying Enterprise permanecesse propriedade da sua companhia de navegação.
Navios de cruzeiro estão grandes demais
Mas muitos especialistas duvidam que um capitão esteja em condições de comandar uma operação de evacuação em embarcações gigantescas como os atuais navios de cruzeiro. Segundo Willi Wittig, os naufrágios são tão complexos que não podem ser controlados por uma pessoa.
E Jens Peter Hoffman também acha que uma retirada ordenada de passageiros sob determinadas circunstâncias é quase possível. "Quando um navio, de repente, apresenta 30, 40 graus de inclinação, nada funciona mais", opina. Além disso, segundo ele, há centenas de funcionários a bordo, mas apenas cerca de 30 a 40 são marinheiros, profissionais bem treinados para casos de emergência.

Uwe Jenisch, da Universidade de Kiel, afirma que os navios estão ficando grandes demais. "Organizar uma evacuação repentina de quatro a cinco mil pessoas é uma tarefa hercúlea", diz. "A estrutura física dos navios impede que uma operação de evacuação seja realizada de forma razoável. Seria desejável que as embarcações fossem um pouco menores, um pouco mais humanas", lamenta Jenisch. Na avaliação do especialista, os códigos de construção de navios devem ser revistos.

Sobretudo, um problema que ele aponta é a rapidez com que o Costa Concordia se inclinou depois que uma rocha rasgou o casco do navio. "Ninguém aprendeu nada desde o Titanic? É preciso evitar que a água se espalhe por todo o navio", reclama.
O naufrágio do Titanic, em 1912, é o acidente náutico mais famoso do mundo, envolvendo um navio de passageiros. Das 2.200 mil pessoas a bordo, quase 1.500 morreram no naufrágio do transatlântico, incluindo o capitão, que ficou a bordo e afundou com a embarcação.

A IR


O Rotary Clube de Peniche, numa iniciativa conjunta com o Município de Peniche, o Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos e a Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar, organiza dia 2 de Fevereiro, pelas 21h30, no Auditório Municipal de Peniche, uma Palestra subordinada ao tema “Portugal e o Mar”.
O principal orador é Tiago Pitta e Cunha, consultor da Presidência da República para os Assuntos da Ciência e do Mar.

CONTINUANDO....


EXAME DE CONSCIÊNCIA AOS CHEFES MILITARES

16/1/12

“Se você tiver a coragem de enfrentar outras pessoas em nome dos seus homens, ou, de no momento crítico, enfrentar os seus homens em nome das exigências da missão; se tiver a coragem física de ser o primeiro a enfrentar o perigo ou se tiver a coragem moral de ser coerente e defender os seus princípios, então, você conseguirá o respeito e a confiança da sua equipa, que o seguirá lealmente.
No entanto, se eles virem que você cede à primeira investida violenta do ataque de alguém, e se virem que você receia vencer, ou até tentar vencer um obstáculo mental ou físico, então, você perderá rapidamente o respeito e apoio dos seus homens”.

Extracto de um folheto sobre Liderança, distribuído no Royal Air Force College - Cranwell

            O que se disse no “Exame de Consciência às Tropas” aplica-se “ipsis verbis” - e por maioria de razão - a todos os que passaram pelos postos mais elevados da hierarquia militar.
            Neste caso, porém, é necessário ir mais além dadas as responsabilidades envolvidas e inerentes.
            A seguir ao 25 de Novembro de 1975 a Instituição Militar estava escaqueirada, tanto em termos materiais como, sobretudo, morais. As imagens dessa época ao invés de terem ficado arquivadas deviam ser mostradas, anualmente, em todos os cursos de promoção a oficial superior e relembradas no curso de promoção a oficial general…
            Deste modo se compreende que a prioridade, na época, fosse o de reconstruir o “edifício”, o que se fez com espantosa rapidez e eficácia. Talvez por causa da Lei da Física da “acção e reacção”…
            Indubitavelmente as FAs recuperaram muito mais rapidamente do que o resto da Nação. Porém, a convulsão tinha sido profunda e deixou feridas graves no âmbito da ética, camaradagem, espírito de corpo, lealdade e … confiança mútua. O facto do processo de “sarar feridas”e apuramento de responsabilidades, não ter ocorrido nada bem (com culpas muito grandes, também, da classe política), não ajudou nada. A piorar as coisas a imagem das FAs, por uma razão ou por outra - que não vou agora especificar - saiu ferida em praticamente todo o país.
            Isto causou uma perda severa de auto - estima e uma inibição psicológica de actuação. A evolução do sistema político e da sociedade fez o resto. Ou seja, ainda não superámos tudo isto o que resulta, na prática que, individualmente e como instituição, nos deixámos de dar ao respeito. Ora quem não se dá ao respeito não pode ser respeitado.
            Convenhamos - para termos uma referência/fronteira - em que a fase de estabilização da IM terminou em 1982, com a publicação da Lei de Defesa Nacional e das Forças Armadas (Lei 29/82). Esta lei, todavia, nunca teve, na prática, nada a ver com Defesa Nacional no seu todo, mas apenas com a sua componente militar, pelo que deveria, com propriedade, ser rebaptizada como Lei para as FAs (e o próprio ministro, como ministro das FAs). E que passou a ser entendida pelos políticos como a Lei para pôr “ordem na tropa”, para a submeter em vez de a subordinar.
            Seguindo uma prática, que não deixa de ser ideológica, de não colocar todos “os ovos no mesmo cesto” - que tem sido aplicada, aliás, a todo o país tornando-o uma espécie de helicóptero em estacionário, ou seja, sem resultante - a lei prevê um equilíbrio de poderes entre os quatro chefes militares e entres estes e o MDN, que dificulta muito as decisões e a sua implementação.
            A partir da existência desta Lei os sucessivos governos - em progressão aritmética a partir do 1º governo de Cavaco Silva - começaram a asfixiar progressivamente as FAs em termos financeiros, em pessoal e legislativos. Descambou agora na situação de exiguidade e disfuncional idade em que estamos.
            Ora perante tudo isto a hierarquia militar reagiu, por norma, tarde (e atrás dos acontecimentos), dividida e em termos ténues.
            A primeira (e talvez única) estratégia ensaiada foi a do “facto consumado”. Isto é, pedem-se os meios e depois da sua chegada, solicita-se dinheiro para os manter e operar. Nunca resultou, pelo simples facto dos políticos estarem olimpicamente desinteressados de tais coisas.
            A verdadeira grande “estratégia”, contudo, que se pode divisar e comum aos três Ramos foi a de “encaixar danos”. Fez-se isto em nome da subordinação (que os políticos entendem como submissão) militar; na “profundidade estratégica” - sobretudo no Exército; na esperança de melhores dias; que o governo caísse e viesse outro melhor; que a conjuntura internacional ou a percepção de ameaças mudasse o modo como as FAs são encaradas, etc.
            Ora nada disto se passou e nunca se cortou capacidades com medo de nunca mais as voltar a ter, foi-se degradando tudo até chegarmos à actual indigência e limiar da sobrevivência em que nos encontramos.
            Tudo isto, sobretudo, pela falta de entendimento crónica entre os Ramos que roça a irracionalidade; outro sim, por um erro de análise profundo que resulta de se ter incluído a generalidade dos políticos, oriundos dos partidos políticos de que somos servidos, na “Ordem de Batalha” das “Forças Amigas”! Não faz sentido que assim não fosse, mas o que é certo é que o seu comportamento não o permite ou aconselha.
            Ora se nós fizermos uma ordem de batalha errada está-se mesmo a ver o resultado…
            Estes dois últimos aspectos saltam à vista, por exemplo, na definição de missões e nas Leis de Programação Militar. Resumidamente: as FAs “nunca têm dinheiro a menos, podem ter é missão a mais”. De modo que, quando os políticos não dão os meios para se poderem cumprir as missões, que eles definiram, que derivam do Conceito Estratégico que eles aprovaram; que, por sua vez, decorre da Política que eles definiram (se é que alguma), então os chefes militares só têm uma coisa a fazer, depois de se (des)entenderem: é apresentarem um estudo de Estado-Maior com várias opções, vantagens, inconvenientes e consequências e forçarem, é o termo, a que haja uma definição política sobre isto e que seja assumida publicamente (naquilo que não for classificado).
            Assim é que não. Ainda não repararam os senhores generais e almirantes que o comum dos políticos não tem pejos éticos na sua actuação e a única coisa que daqui resulta é terem colaborado no seu jogo pouco limpo e porem-vos uns contra os outros a lutarem por migalhas do orçamento?
            Porque se permitiu que um grupo de inspectores das finanças fosse vasculhar as contas dos Ramos, nos moldes em que tudo se passou, em vez do sargento da guarda (se é que ainda há…) os mandar fazer 180º?
            No último Conselho Superior Militar o Sr. Ministro da Defesa fez, aparentemente, um trocadilho de mau gosto, entre a diferença entre “ilegalidade” em linguagem jurídica e uma “ilegalidade” em linguagem militar que, pelos vistos, os outros intervenientes na reunião engoliram sem que lhes doesse a traqueia (em que compêndio jurídico é que isto virá?).
            Ora ponham lá a mão na consciência, já não deviam ter mudado de atitude e de estratégia, há muito tempo?[1]



                                                                                  João José Brandão Ferreira
                                                                                              TCor/Pilav(Ref.)


[1] No próximo capitulo,”o que se poderá fazer”

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

DÁ LICENÇA EXCELÊNCIA????


Aguiar-Branco controla idas ao estrangeiro                                                                                                                                
                O ministro da Defesa aprovou um "plano anual de ação externa" para o sector em 2012 que, entre outros aspetos, centraliza o controlo das viagens ao
                estrangeiro dos dirigentes políticos e responsáveis militares na sua tuteia, soube o DN. O documento, aprovado no final de 2011, traz à memória o caso do
                general Pinto Ramalho, que no último trimestre do ano passado (nas suas últimas semanas como chefe do Estado-Maior do Exército) decidiu ir ao estrangeiro -
                 China, Timor, Moçambique - apesar dos graves problemas orçamentais do ramo. Pinto Ramalho limitava-se, dentro das suas competências, a informar a
                tutela das viagens que ia fazer para dar palestras ou receber condecorações, entre outras razões. Definindo a "ação externa" como "o conjunto de ações
                desenvolvidas" pelos órgãos de Defesa Nacional, o plano -garante a troca de informação, a cooperação e a harmonização das diferentes iniciativas" dentro e

            fora do ministério, sendo "necessário acompanhar a respetiva execução” para assegurar essa "unidade de ação externa", frisou uma fonte ligada ao processo.



Nota:Enquanto isto a Excelência vai de Falcon à Mauritânia



A IR

BANDA DA ARMADA COM VITORINO
12 de Fevereiro, domingo das 1700 ás 1830

doca de alcântara

REFLECHIR


La Cruise Lines International Association (CLIA), l'European Cruise Council (ECC) et la Passenger Shipping Association (PSA) ont organisé hier, à Londres, une conférence de presse suite au naufrage du paquebot Costa Concordia, le 13 janvier. L'objectif était de rassurer quant au fait que la croisière demeure l'un des moyens de voyager les plus sûrs. « La sécurité est la première priorité de l'industrie de la croisière et nos standards sont au plus haut niveau. Nous travaillons constamment avec l'Organisation maritime Internationale, d'autres autorités maritimes internationales et les sociétés de classification pour mettre en oeuvre des normes de sécurité rigoureuses sur nos navires et nous continuerons de le faire », a assuré la présidente de la CLIA. Christine Duffy n'a, pour autant, pas minimisé l'évènement, loin s'en faut. « Même s'il reste de nombreuses inconnues quant à cet accident, tous nos membres reconnaissent sa gravité et nous appliquerons toutes les leçons apprises suite à ce tragique évènement ».
Suite au naufrage du Concordia, l'OMI a, également, estimé qu'il fallait « tirer les leçons » de l'accident et s'est dite, « si nécessaire », prête à « revoir les règles de sécurité sur les grands navires à passagers ». Ce débat sera mené dans les prochains moins, une fois que la pression - pour ne pas dire l'hystérie - médiatique sera retombée. Et, surtout, quand les rapports d'enquête seront rendus publics. Eux seuls permettront, en effet, de savoir ce qui s'est exactement passé, notamment d'un point de vue technique. Et, à la lumière des expertises, on saura s'il est possible d'améliorer telle ou telle chose, comme les procédures d'évacuations, la communication à bord, les moyens de sauvetage, la formation des équipages aux situations de crise ou encore le compartimentage des paquebots. Ces discussions, au sein des instances internationales, devront avoir lieu quand tous les éléments seront connus et dans un climat apaisé, ce qui n'est pas le cas aujourd'hui.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

A IR


ÁS TROPAS


EXAME DE CONSCIÊNCIA ÀS TROPAS

14/1/12

“Senhor, dai-me serenidade para aceitar as coisas que não posso mudar; a coragem para mudar as coisas que posso mudar, e a sabedoria para conseguir distinguir umas das outras.”
 Oração da serenidade
Autor desconhecido

            Este artigo destina-se a pôr a (grande) maioria das pessoas contra mim. Se a sua consciência o ditar.
            Do anterior falámos do desmantelamento da Instituição Militar e da menorização dos militares, que tem sido levada a cabo por todas as forças políticas representadas no Parlamento (sobretudo pelas do arco do poder), nomeadamente desde que a Lei 29/82 - Lei da Defesa Nacional e das FAs - entrou em vigor e que culminou agora no “congelamento” das promoções e na espantosa trapalhada à volta do Dec-Lei 296/09 (integração dos militares na tabela remuneratória única).
             Falámos ainda da falta de êxito da mais elevada hierarquia militar na defesa da IM, o que tem levado a um manifesto afastamento entre as partes com cada vez mais nefastas consequências na coesão do todo.
            A indignação das tropas foi potenciada, porém, pela “suspensão” da sua carreira; dos cortes salariais e naquilo que se adivinha (e vai ser uma realidade), na “Saúde Militar”. Ou seja em aspectos exclusivamente materiais e que afectam o ser individual no seu dia - a - dia.
            Parece-me curto. Daí que seja necessário fazer um exame de consciência, passe a “impertinência”.
            De facto, ao longo destes últimos 35 anos quando ocorreram numerosos erros e indignidades relativamente à Defesa Nacional e ao País raramente se viu alguém indignado ou disposto a opor-se ao plano inclinado em que fomos postos (o país e a IM). Pelo contrário, alguns até colaboraram com entusiasmo. Vou dar alguns exemplos para vos avivar a memória:
            - Lembram-se como não se quis “julgar” ninguém a fim de separar o trigo do joio, quem se portou mal, de quem se portou bem (nos termos da virtude e da honra), durante e após o 25 de Abril, até a situação estabilizar?
            - Lembram-se da incrível proliferação de subsídios; da reintegração a esmo de quem tinha sido saneado; das promoções avulso e da reconstituição de carreiras (conhecidas na gíria pelo “garimpo”), que causaram mais injustiças do que resolveram e inquinaram a IM por duas gerações? (terá sido o “apaziguamento” possível?);
            - Lembram-se quando acabaram com o Serviço Militar Obrigatório? (um erro trágico de gravíssimas consequências!);
            - Lembram-se quando mudaram a legislação sobre a escolha dos chefes militares, que governamentalizaram, impedindo qualquer contributo válido da própria instituição?
            - Lembram-se quando achincalharam publicamente várias figuras de generais e almirantes e quase ninguém protestou, ou se solidarizou?
            - Lembram-se quando retiraram os chefes militares da tabela salarial das FAs e os equivaleram a cargos políticos? (separando a cabeça do resto do corpo...).
            - Lembram-se quando acabaram com os Tribunais Militares e, na prática, destruíram a Justiça Militar? (a única que ainda funcionava…).
            - Lembram-se quando invadiram o ensino militar pelo ensino civil, para além do que era razoável, pondo-nos de cócoras com quem connosco só tem a aprender?
            - Lembram-se dos ataques continuados e recorrentes à condição militar e aos militares, constantes na comunicação social, sem haver qualquer reacção?
            - Lembram-se da incrível invasão das mulheres nas FAs, sem nexo que o justificasse, para além da demagogia do politicamente correcto? (e da falta de voluntários para algumas especialidades…).
            - Lembram-se dos sucessivos ataques ao RDM, que acabaram na sua remodelação, que transformou a Disciplina Militar, numa quase ficção?
            - Lembram-se da regra, inacreditável, do duplo voluntariado para se arranjar pessoal a fim de se constituírem unidades para operar fora do território nacional, cuja principal razão residiu no pânico de alguém poder morrer no cumprimento do seu dever?!
            - Lembram-se das sucessivas amputações na autoridade delegada nos chefes militares para poderem bem comandar os seus Ramos - e poderem ser responsáveis por isso - (o que depois se reflecte pela hierarquia abaixo), que os têm vindo a transformar em figuras decorativas, em detrimento de políticos de ocasião cuja ignorância é crassa e as intenções duvidosas?
            - Lembram-se dos numerosos grupos de trabalho já nomeados a nível do MDN, enxameados (quando não presididos) por civis, com a finalidade de tratarem de assuntos estritamente militares?
            Os exemplos podiam continuar restando acrescentar um ponto: muito do mal que foi efectuado podia ser relevado se tivesse sido feito com boa intenção. A ignorância não pode ser apresentada como desculpa e há incontornáveis indícios de dolo.
            A memória dos homens é fraca mas, às vezes, é também muito conveniente.
            Por outro lado as responsabilidades dos militares não se limitam à Instituição de cujos antepassados são agora os sucessores (e não há instituição mais antiga no país!). Os militares têm responsabilidade em tudo o que se passa em Portugal, como cidadãos de corpo inteiro, e especiais responsabilidades naquilo que possa pôr em perigo a Segurança da Nação e a sua Independência (jurámos todos defender isto com risco de vida e tal não prescreve na reserva, reforma, nem nos cidadãos que cumpriram o SMO).
            Ora também neste âmbito, raramente topei com alguém que fosse além da conversa de escárnio e maldizer à volta de uma boa bacalhoada, âmbito em que continuamos imbatíveis.
              Vou arriscar dar, também, alguns exemplos neste particular:
            - Recordam-se quando virámos costas ao mar (e ao passado) comprometendo o futuro, até ver, irremediavelmente?
            - Recordam-se do modo irresponsável como entrámos na Comunidade Económica Europeia?
            - Recordam-se como entrámos no Euro sem estarmos em condições de o fazer?
            - Recordam-se como assinámos os tratados de Maastricht, Nice e Lisboa, que põem em causa a nossa independência, sem se explicar nada à Nação nem se fazer referendo?
            - Recordam-se como se fez a última revisão constitucional (que passou despercebida), em que se instituiu o primado da legislação oriunda de Bruxelas sobre a nacional, ainda por cima sem que nada a tal nos obrigasse?
            - Recordam-se como deixámos a nossa cultura, economia e finanças ser invadidas pelos espanhóis, país com quem temos a única fronteira que nos resta e cujas ambições passadas, ainda vamos conhecendo?
            - Recordam-se de como temos vindo a alienar todo o nosso património, sobretudo aquele que é estrategicamente relevante? (depois de termos trocado as verbas dos fundos estruturais pela destruição do aparelho produtivo!);
            - Recordam-se de como há décadas se passou a enviar políticos aos pares (não se sabendo como nem quem os escolhe), a reuniões internacionais de que ninguém conhece a agenda, e que são guardadas por forças de segurança e militares, pagas pelos impostos dos cidadãos e que, depois, esses políticos aos pares têm vindo, sucessiva e maioritariamente, a ocupar os cargos de PM e PR?
            Quando uns malandrotes madeirenses andam, irresponsavelmente, a agitar o fantasma da independência, isso tem-vos causado, ao menos, algum franzir de sobrolho?
            Quando a irresponsabilidade política quer acabar com o feriado do 1º de Dezembro - verdadeiro símbolo da nossa individualidade como Nação - isso causa-vos algum transtorno?
            Querem mais exemplos?
            Pois parece que muito poucos de vós se tem apercebido disto, a avaliar pela passividade evidenciada, ó tropas!
            Começaram agora a acordar pois… estão a ir-vos ao bolso. Mais ainda estão aturdidos com o soco e sem saber o que fazer. A pancada ainda só agora começou. É curto e está tarde (embora valha mais tarde do que nunca).
            Julgam que o atrás apontado não configura uma invasão e por isso estão “serenos”? Invasão militar, não será, mas as consequências são as mesmas ou piores. Vou expor de outro modo para melhor se perceber: a presença da Troika no Terreiro do Paço é idêntica à da Duquesa de Mântua no Palácio Real, protegida pela Guarda Alemã no Castelo de S. Jorge…
            Hoje estou disposto a bater-me por quê? Eis a súmula do exame de consciência. Ficar indignado ou reagir só quando vos vão ao bolso é curto e fica tarde. E só acontece por falta de reacção a montante.
            Nós nem sequer temos que ter serenidade para aceitar o que não podemos mudar, nas palavras do ilustre desconhecido, pela simples razão de que tudo o que se tem passado podia ter sido evitado ou mudado. Faltou apenas a noção do que é geopoliticamente relevante, bom julgamento e alguma coragem.


                                                                                  João José Brandão Ferreira
                                                                                              TCor/Pilav(Ref)



(1) No próximo ”número”, o exame de consciência aos chefes militares.

EM CONTINÊNCIA

--March of the Military Academy (Portugal)

                                                             http://youtu.be/TJrqE-hJLR0

http://i1.ytimg.com/vi/TJrqE-hJLR0/default.jpg
The Military Academy (Academia Militar, in Portuguese) is a Portuguese military establishment, which has the ability to confer educational qualifications equivalent to a university. It develops activities of teaching, research and support for the communities with the purpose of training and forming officers for the Portuguese Army and the Republican National Guard.

* Marcha da Academia Militar Portuguesa - March of the Military Academy Portugal *

Words and music: Colonel Luis Miguel d'Oliveira Alcide
Performed by the Banda da Força Aérea (Air Force Band) led by Lieutenant Augustine Caineta

Nota:O autor, que agora é General, tem o nome trocado e é, como saberão, Luis Miguel Alcide de Oliveira, também um prestigiado pintor e retratista e ...engenheiro
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segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

ORA TOMA


O empresário Joe Berardo diz que o Presidente da República não tem conseguido manter o compromisso de "defender os portugueses", nem explicar o seu envolvimento em algumas situações polémicas, pelo que deve "pedir a resignação" do cargo.
"O Presidente da Republica é um pouco responsável por muita coisa que aconteceu até agora", disse o comendador à Lusa, acrescentando: "Acho que o Presidente da República devia pedir a resignação".
"O nosso Presidente da República, não sei por quanto tempo, vai ficar muito zangado, mas não estou preocupado com o PR, estou preocupado é com o que está a acontecer a Portugal, que não há maneira de dar a volta por cima", acrescentou Joe Berardo.
O empresário justifica o pedido de resignação, dizendo que Cavaco Silva está "relacionado com o BPN, ganhou dinheiro, e isso nunca foi bem explicado aos portugueses", e tinha encontros com Oliveira e Costa (antigo responsável do BPN), um "amigo de longa data e homem do fisco do tempo" dos seus governos.
"Vi o Presidente da República dizer publicamente que o Dias Loureiro (antigo ministro e responsável do BPN) era uma pessoa honesta, em quem tinha confiança, mas já saiu", referiu ainda o comendador.
Segundo Joe Berardo, enquanto governante, Cavaco Silva, defendeu também medidas que prejudicaram o sector das pescas de Portugal e "agora diz que o Governo devia lançar-se pelo mar".
Por isso, considera que Cavaco Silva é também responsável por "uma estratégia danosa para o futuro de Portugal, era tudo empréstimos e realmente pensava que não tínhamos que pagar esta dívida".
"Se alguém é responsável pelas coisas com as quais os portugueses estão a ser penalizados, não tem outro caminho senão pedir a resignação", argumenta, realçando que "uma coisa é ser economista e outra é ser dirigente".
E sustenta que Cavaco Silva, que garante que "defende os portugueses", podia começar por dar o exemplo, instando: "Senhor Presidente da República, vá ao país diga que não quer continuar aqui, arranje uma eleição, arranje alguém. Faça como a Itália, onde foram buscar profissionais para reger o país".
O empresário critica ainda Cavaco Silva, sendo "uma pessoa culta", por nunca ter visitado o Museu Berardo, uma referência nacional e internacional.

In DN

A POLÉMICA


Para além de outras funções previstas na Lei ou no Contrato de Sociedade, compete ao Conselho Geral e de Supervisão:

> Acompanhar em permanência a actividade da administração da EDP e das sociedades dominadas e prestar a respeito dela aconselhamento e assistência ao Conselho de Administração Executivo, designadamente no que concerne à estratégia, consecução de objectivos e cumprimento de normas legais aplicáveis;

> Emitir parecer sobre o relatório de gestão e contas do exercício;

> Proceder ao acompanhamento permanente da actividade do Revisor Oficial de Contas e do auditor externo da EDP e pronunciar-se, no que ao primeiro respeita, sobre a respectiva eleição ou designação, sobre a sua exoneração e sobre as suas condições de independência e outras relações com a EDP;

> Acompanhar de forma permanente e avaliar os procedimentos internos relativos a matérias contabilísticas e auditoria, bem como a eficácia do sistema de gestão de risco, do sistema de controlo interno e do sistema de auditoria interna, incluindo a recepção e tratamento de queixas e dúvidas relacionadas, oriundas ou não de colaboradores;

> Propor à Assembleia Geral a destituição de qualquer membro do Conselho de Administração Executivo;

> Acompanhar a definição de critérios e competências necessárias nas estruturas e órgãos internos da EDP ou do grupo ou convenientes a observar e suas repercussões na respectiva composição, bem como a elaboração de planos de sucessão;

> Providenciar, nos termos da Lei, a substituição de membros do Conselho de Administração Executivo em caso de falta definitiva ou impedimento temporário;

> Emitir, por sua iniciativa ou quando lhe seja solicitado pelo Presidente do Conselho de Administração Executivo, parecer sobre o voto anual de confiança em administradores a que se refere o artigo 455.º do Código das Sociedades Comerciais;

> Acompanhar e apreciar questões relativas a governo societário, sustentabilidade, códigos internos de ética e conduta e respectivo cumprimento e sistemas de avaliação e resolução de conflitos de interesses, incluindo no que respeita a relações da EDP com accionistas e emitir pareceres sobre estas matérias;

> Obter os meios, financeiros ou de outra natureza, que razoavelmente entender necessários à sua actividade e solicitar ao Conselho de Administração Executivo a adopção das medidas ou correcções que entenda pertinentes, podendo proceder a contratação dos meios necessários ao seu próprio aconselhamento independente, se necessário;

> Receber do Conselho de Administração Executivo informação periódica sobre relações comerciais significativas da EDP ou sociedades dominadas com accionistas com participação qualificada e pessoas com eles relacionadas;

> Nomear a Comissão de Vencimentos e a Comissão de Auditoria;

> Representar a EDP nas relações com os administradores

> Fiscalizar as actividades do Conselho de Administração Executivo

> Vigiar pela observância da Lei e do Contrato de Sociedade

> Seleccionar e substituir o auditor externo da EDP, dando ao Conselho de Administração Executivo indicações para este proceder à sua contratação e exoneração

> Verificar, quando o julgue conveniente e pela forma que entenda adequada, a regularidade dos livros, registos contabilísticos e documentos que lhes servem de suporte, assim como a situação de quaisquer bens ou valores possuídos pela EDP a qualquer título

> Fiscalizar o processo de preparação e divulgação de informação financeira

> Convocar a Assembleia Geral quando o entenda conveniente

domingo, 15 de janeiro de 2012

ORA BEM


Navios da "Classe Concordia"
ano de
construção
nome do
navio
operador tonalagem
bruta
bandeira
2006 Costa Concordia Costa Cruises 114 500  Itália
2007 Costa Serena Costa Cruises 114 500  Itália
2008 Carnival Splendor Carnival Cruises 113 300  Panamá
2009 Costa Pacifica Costa Cruises 112 000  Portugal
2011 Costa Favolosa[21] Costa Cruises 114 200  Itália
2012 Costa Fascinosa[21] Costa Cruises 114 200  Itália