Perdoar-me-á Senhor Almirante de o tratar assim, para título deste post, mas não me posso , nem consigo , escusar a fazê-lo.
O Senhor Almirante foi meu Comandante (como capitão-tenente) , mas sempre teve a gentileza de acompanhar a minha carreira , de me aconselhar e de muito me ajudar.
Tenho pena que parta, como tenho pena de não ter convivido mais consigo nestes últimos anos.
O Senhor é um dos Grandes Almirantes , aqueles que tinham as estrelas gravadas e não colocadas.
Que descanse em bolina suave e até sempre
Biografia encontrada:
Henrique Afonso da Silva Horta entrou para a Escola
Naval em 1940, sendo promovido a oficial
em 1944, a oficial superior em 1959 e a oficial general em 1976. Repartindo a sua carreira militar por cargos no mar,
integrando a guarnição de diversos navios, e em terra, incluindo algumas funções
fora do âmbito da Armada Portuguesa, teve uma percurso
profissional e cívico de relevo, que o levou a oficial general. Reformou-se como
vice-almirante, tendo recebido um invejável conjunto de distinções, louvores e
condecorações. Em resultado dessa carreira, é detentor de uma folha de serviço
distinta, da qual constam mais de duas dezenas de louvores e mais de quarenta
condecorações nacionais e estrangeiras, entre as quais a grã-cruz da Ordem de Avis (atribuída a
18 de
Março de 1986) e a grã-cruz da Ordem de Cristo
(atribuída em 5 de Novembro de 1983).
No mar, foi oficial de guarnição do aviso NRP
João de Lisboa, do contra-torpedeiro NRP Tejo e do navio escola NRP
Sagres (II) (o ex- e actual Rickmer Rickmers). Foi ainda oficial
imediato do aviso NRP
Gonçalves Zarco e do mesmo navio escola NRP
Sagres (II). Comandou o navio patrulha NRP
Santa Maria, o anterior e o actual navio escola NRP Sagres, do qual foi o
primeiro comandante, e a fragata NRP Comandante Sacadura
Cabral. Assumiu, por três vezes, a função de capitão-de-bandeira
do paquete Vera Cruz.
Em unidades da Marinha de Guerra em terra, desempenhou os cargos de Capitão
dos Portos e chefe dos Serviços de Marinha da Guiné Portuguesa, foi secretário-escolar
do Grupo
n.º 1 de Escolas da Armada, em Vila Franca de Xira, adjunto para as
informações do Comando-Chefe do Estado de Angola, oficial do Estado-Maior da
Armada, exercendo, entre outras as funções de chefe do Serviço de Informações
Militares, chefe do Estado-Maior do Comando Naval do Continente, comandante da
Base Naval de
Lisboa, no Alfeite, Director do Museu de Marinha, superintendente dos Serviços
do Pessoal da Armada e vice-chefe do Estado-Maior da Armada.
Depois de promovido a oficial superior, foi professor da Escola Náutica Infante D.
Henrique, do Instituto Superior Naval de
Guerra, do Instituto de Altos Estudos
Militares e da Escola
Superior de Guerra Aérea. Quando foi fundado o Instituto da Defesa Nacional, e
antes de serem fixados os respectivos quadros, teve a seu cargo as conferências
e exposições destinadas aos cursos de instituições congéneres estrangeiras que
se deslocavam a Lisboa.
Exerceu ainda as funções de chefe da Casa Militar do Presidente da
República.
Para além das suas funções no âmbito da Marinha de Guerra Portuguesa, foi
presidente da Câmara Municipal de Bissau, na então Guiné Portuguesa (actual Guiné-Bissau), governador
de Cabo Verde, Ministro
da República para os Açores e
presidente da Comissão
Consultiva para os Assuntos das Regiões Autónomas. Ainda fora do âmbito
estritamente militar, foi presidente da Comissão
Nacional Contra a Poluição do Mar, função que exerceu até se reformar.
Colaborou com numerosas publicações, em especial sobre assuntos militares,
navais e de política internacional, publicando artigos, estudos e crónicas. Foi
colaborador assíduo dos Anais
do Clube Militar Naval, de que foi director em 1976.
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