O chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas
(CEMGFA), general Luís Araújo, adiantou hoje que cerca de 4000 militares vão
voltar a ganhar o salário de 2009 e disse estar satisfeito com a solução
encontrada pelo Governo.
"O senhor
ministro da Defesa Nacional convocou o CEMGFA e os chefes dos ramos para nos dar
a conhecer, já o tinha feito, mas, de uma forma gentil, nos dar a conhecer o
despacho que proferiu", afirmou Luís Araújo aos jornalistas, no final de uma
reunião entre as chefias militares e José Pedro
Aguiar-Branco.
O principal chefe militar disse achar
que não vai haver mal-estar nas Forças Armadas com o despacho do ministério da
Defesa e das Finanças proferido na sexta-feira passada, que estabelece a
recolocação na posição salarial de 2009 dos militares cujas promoções tenham
sido consideradas "ilegais" pelas Finanças.
Questionado sobre se não
considera que os militares estão a ser penalizados por um erro que lhes foi
alheio, Luís Evangelista Araújo respondeu: "Os militares cumprem os despachos e
os militares vão com certeza, como sempre fizeram, cumprir com o que foi
estabelecido".
O CEMGFA assinalou que os três pontos que considerava
fundamentais foram "perfeitamente acomodados no despacho conjunto": Não haver
despromoções, não haver ressarcimento de salários e respeito pela antiguidade no
posto.
Luís Araújo adiantou ainda que haverá "à volta de" 4000 militares
recolocados, entre 2500 no Exército, 800 na Marinha e 700 na Força Aérea.
"Nesta questão não há vencidos, nem vencedores, entendemos é que o
ministro de Estado e das Finanças e o ministro da Defesa Nacional tiveram o
empenhamento e a sensibilidade para resolver este problema, que é muito complexo
e que, como sabem, foi causado por razões que todos nós conhecemos e que não
quero estar aqui a invocar", salientou.
O CEMGFA referiu que a
terminologia utilizada no relatório da Inspecção-geral de Finanças (IGF) -
ilegal - "não tem o sentido que tem na instituição militar".
"Na
linguagem militar são termos muito graves, mas em termos da linguagem jurídica,
quando se anda a mais de cento e vinte quilómetros por hora numa autoestrada é
uma ilegalidade", notou.
Na reunião participaram, para além do ministro
e do CEMGFA, o chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA), almirante Saldanha Lopes,
o chefe do Estado-Maior da Força Aérea (CEMFA), general José Pinheiro, e o
tenente-general Vaz Antunes (Inspetor-Geral do Exército), que representou o
chefe do ramo, general Pina Monteiro.
4 comentários:
Mais uma para maltratar os Militares. No entanto, ainda hoje vi em rodapé de um canal de informação, que o CDS e PSD chumbaram uma proposta que visava reduzir as mordomias dos deputados. e Esta!
Qualquer dia terei que devolver as medalhas e a Honra de ter servido o País.
SAJ A REF Fernando Boaventura
É uma ideia que deve ficar em stand by.
Entregar a espada já Machado Santos o fez em 1915 , mas entregar as condecorações não será mau...um dia
As afirmações produzidas , vindas de quem vieram , não me espantaram . Nunca acreditei no personagem quer em termos políticos quer militarmente ( o que digo agora sempre o afirmei publicamente desde o 25 A ) . Já me espanta que alguns cidadãos apresentem queixa ao ministério público e este abra um processo . É , na verdade , rídiculo demais para ser verdadeiro . Parafraseando uma afirmação feita na Assembleia , durante a 1ª República , há indíviduos que para os remover , basta usar um tira nódoas .
Oops ! O tal senhor deixa - me tão mal disposto que enviei o comentário para outro post quando , relativamente a este só queria perceber o que se passou realmente . Não terá havido um bocado de chico espertismo de alguns militares ? Essa é a sensaçãqo com que fiquei , estarei errado ?
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