quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

POIS


O chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), general Luís Araújo, adiantou hoje que cerca de 4000 militares vão voltar a ganhar o salário de 2009 e disse estar satisfeito com a solução encontrada pelo Governo.

"O senhor ministro da Defesa Nacional convocou o CEMGFA e os chefes dos ramos para nos dar a conhecer, já o tinha feito, mas, de uma forma gentil, nos dar a conhecer o despacho que proferiu", afirmou Luís Araújo aos jornalistas, no final de uma reunião entre as chefias militares e José Pedro Aguiar-Branco.

O principal chefe militar disse achar que não vai haver mal-estar nas Forças Armadas com o despacho do ministério da Defesa e das Finanças proferido na sexta-feira passada, que estabelece a recolocação na posição salarial de 2009 dos militares cujas promoções tenham sido consideradas "ilegais" pelas Finanças. 

Questionado sobre se não considera que os militares estão a ser penalizados por um erro que lhes foi alheio, Luís Evangelista Araújo respondeu: "Os militares cumprem os despachos e os militares vão com certeza, como sempre fizeram, cumprir com o que foi estabelecido". 

O CEMGFA assinalou que os três pontos que considerava fundamentais foram "perfeitamente acomodados no despacho conjunto": Não haver despromoções, não haver ressarcimento de salários e respeito pela antiguidade no posto. 

Luís Araújo adiantou ainda que haverá "à volta de" 4000 militares recolocados, entre 2500 no Exército, 800 na Marinha e 700 na Força Aérea. 

"Nesta questão não há vencidos, nem vencedores, entendemos é que o ministro de Estado e das Finanças e o ministro da Defesa Nacional tiveram o empenhamento e a sensibilidade para resolver este problema, que é muito complexo e que, como sabem, foi causado por razões que todos nós conhecemos e que não quero estar aqui a invocar", salientou. 

O CEMGFA referiu que a terminologia utilizada no relatório da Inspecção-geral de Finanças (IGF) - ilegal - "não tem o sentido que tem na instituição militar". 

"Na linguagem militar são termos muito graves, mas em termos da linguagem jurídica, quando se anda a mais de cento e vinte quilómetros por hora numa autoestrada é uma ilegalidade", notou. 

Na reunião participaram, para além do ministro e do CEMGFA, o chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA), almirante Saldanha Lopes, o chefe do Estado-Maior da Força Aérea (CEMFA), general José Pinheiro, e o tenente-general Vaz Antunes (Inspetor-Geral do Exército), que representou o chefe do ramo, general Pina Monteiro. 


4 comentários:

Anónimo disse...

Mais uma para maltratar os Militares. No entanto, ainda hoje vi em rodapé de um canal de informação, que o CDS e PSD chumbaram uma proposta que visava reduzir as mordomias dos deputados. e Esta!
Qualquer dia terei que devolver as medalhas e a Honra de ter servido o País.
SAJ A REF Fernando Boaventura

Manel disse...

É uma ideia que deve ficar em stand by.
Entregar a espada já Machado Santos o fez em 1915 , mas entregar as condecorações não será mau...um dia

Anónimo disse...

As afirmações produzidas , vindas de quem vieram , não me espantaram . Nunca acreditei no personagem quer em termos políticos quer militarmente ( o que digo agora sempre o afirmei publicamente desde o 25 A ) . Já me espanta que alguns cidadãos apresentem queixa ao ministério público e este abra um processo . É , na verdade , rídiculo demais para ser verdadeiro . Parafraseando uma afirmação feita na Assembleia , durante a 1ª República , há indíviduos que para os remover , basta usar um tira nódoas .

Anónimo disse...

Oops ! O tal senhor deixa - me tão mal disposto que enviei o comentário para outro post quando , relativamente a este só queria perceber o que se passou realmente . Não terá havido um bocado de chico espertismo de alguns militares ? Essa é a sensaçãqo com que fiquei , estarei errado ?