Quase 30 anos depois de ter sido transferido para a ilha Terceira, nos Açores, o Farol de Cacilhas, Almada, voltou às origens e já ilumina o rio Tejo. Com 12 metros de altura, a torre vermelha foi recebida com entusiasmo pela população.
Centenas de pessoas marcaram presença, anteontem, na cerimónia oficial de recolocação do farol em Cacilhas, perto do local onde foi instalado pela primeira vez em 1885. Para muitos, aquele património traz recordações do antigamente.
"O farol marca Cacilhas. Quem é de cá fica contente. Pode não ser nada para as outras pessoas, mas para nós significa muito", diz Vítor Costa, de 80 anos, que ainda se lembra de atravessar o Tejo vindo de Lisboa e ouvir o sinal sonoro que o farol emitia.
A extremidade de Cacilhas, junto ao cais de embarque da Transtejo, é agora um miradouro com vista sobre o rio e Lisboa. "À roda do Farol tem uns bancos para as pessoas se sentarem. É um local aprazível para se estar a desfrutar do rio e do farol", considera António Correia, de 73 anos, dizendo que a peça lhe faz recordar a infância.
O momento foi também de nostalgia para o chefe do Estado-Maior da Armada, Fernando Melo Gomes. "Este farol acompanhou-me na vida de mar durante muito tempo. É com grande prazer que o revejo aqui", referiu.
Extinto em Maio de 1978, devido à falta de utilidade para os navegantes e às obras de construção do novo terminal fluvial de Cacilhas, o farol, com 1,70 metros de diâmetro, foi instalado em 1983 na Ponta do Queimado, na ilha Terceira, nos Açores, após um sismo ter destruído parcialmente o antigo farol da Serreta.
Para voltar a casa, o Farol de Cacilhas teve de ser restaurado. As obras custaram 40 mil euros e foram suportadas pela Câmara de Almada, no âmbito de um protocolo com a Marinha Portuguesa. "Não encandeia, não vai comandar a navegação e o tráfego marítimo, mas tem uma luz especial que ilumina futuros. Um futuro de modernidade que respeita o passado", realça o vereador da Cultura, António Matos.
Centenas de pessoas marcaram presença, anteontem, na cerimónia oficial de recolocação do farol em Cacilhas, perto do local onde foi instalado pela primeira vez em 1885. Para muitos, aquele património traz recordações do antigamente.
"O farol marca Cacilhas. Quem é de cá fica contente. Pode não ser nada para as outras pessoas, mas para nós significa muito", diz Vítor Costa, de 80 anos, que ainda se lembra de atravessar o Tejo vindo de Lisboa e ouvir o sinal sonoro que o farol emitia.
A extremidade de Cacilhas, junto ao cais de embarque da Transtejo, é agora um miradouro com vista sobre o rio e Lisboa. "À roda do Farol tem uns bancos para as pessoas se sentarem. É um local aprazível para se estar a desfrutar do rio e do farol", considera António Correia, de 73 anos, dizendo que a peça lhe faz recordar a infância.
O momento foi também de nostalgia para o chefe do Estado-Maior da Armada, Fernando Melo Gomes. "Este farol acompanhou-me na vida de mar durante muito tempo. É com grande prazer que o revejo aqui", referiu.
Extinto em Maio de 1978, devido à falta de utilidade para os navegantes e às obras de construção do novo terminal fluvial de Cacilhas, o farol, com 1,70 metros de diâmetro, foi instalado em 1983 na Ponta do Queimado, na ilha Terceira, nos Açores, após um sismo ter destruído parcialmente o antigo farol da Serreta.
Para voltar a casa, o Farol de Cacilhas teve de ser restaurado. As obras custaram 40 mil euros e foram suportadas pela Câmara de Almada, no âmbito de um protocolo com a Marinha Portuguesa. "Não encandeia, não vai comandar a navegação e o tráfego marítimo, mas tem uma luz especial que ilumina futuros. Um futuro de modernidade que respeita o passado", realça o vereador da Cultura, António Matos.
Fonte JN
"Sobre o Farol de Cacilhas:
Esta peça de sinalização funcionou em Cacilhas entre 31 de Dezembro de 1885 e 18 de Maio de 1978, tendo depois sido desmantelado e deslocado para a Ponta do Queimado, na freguesia da Serreta, na ilha Terceira (Açores). Com a modernização dos sistemas de sinalização marítima, o Farol foi depois definitivamente desmantelado. A pedido da Câmara Municipal de Almada, a Marinha Portuguesa concordou na cedência desta emblemática peça patrimonial ao concelho.Iniciou-se então o processo de restauro do Farol, composto por uma torre cilíndrica de ferro, com 12m de altura e 1,70m de diâmetro. As obras foram executadas pelas oficinas da Direcção-geral de Faróis, em Paço de Arcos, e foram suportadas pela Câmara Municipal de Almada, em 40 mil euros, na sequência de um protocolo entre a Marinha e o Município.PRINCIPAIS DATAS31 DEZ 1885 – Um aviso aos navegantes dava conta da entrada em funcionamento de um novo farol no Pontal de Cacilhas, cujo objectivo era delimitar o limite sul da zona de fundeadouro.O farol consistia numa torre cilíndrica vermelha, emitindo uma luz fixa branca num sector de 342º, com um alcance nominal de 11,5 milhas.18 MAI 1886 – Instalado sinal sonoro constituído por um sino e um aparelho de relojoaria.01 JAN 1905 – Colocado um dispositivo destinado a encobrir a lanterna durante cinco segundos por minuto, conferindo-lhe uma característica que o distinguisse das luzes de alguns paquetes que frequentavam o Tejo.1918 – Foi desligado devido à 1ª Guerra Mundial.01 MAR 1927 - Passou a funcionar a gás acetileno e válvula solar. Foram-lhe colocados painéis de plástico azul que lhe conferiram uma luz verde a fim de estar conforme o estabelecido para as luzes de portos pela Comissão Internacional de Farolagem.26 JAN 1931 – Instalado um sinal sonoro pneumático em substituição do Sino e aparelho de relojoaria, que foram cedidos ao Instituto de Socorros a Náufragos para instalação na Praia da Ericeira servindo de chamamento dos pescadores em situação de nevoeiro.01MAR 1957 – Foi electrificado, sendo ligado à rede pública e instalada uma lâmpada de 500 W, passando a emitir um relâmpago verde de 0,3 segundos, seguido de uma ocultação de um segundo, com um alcance de 17 milhas.18 MAI 1978 – Extinguido por falta de utilidade para os navegantes e por motivo das obras de construção do novo Terminal de Passageiros de Cacilhas. Foi desmantelado e seguiu para os Açores.29 DEZ 1983 – Demolição antigo farol da Serreta, parcialmente destruído por um sismo, e instalada a torre metálica e lanterna do extinto Farol de Cacilhas"
Fonte Terra Portuguesa
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