quinta-feira, 12 de março de 2009

CHÃO QUE DEU UVAS

Faz 437 anos , hoje , que o nosso Amigo Luís escreveu esta epopeia.
Dizem que é o maior de nós , e até tem um dia dedicado(com mais outras coisas) , o 10 de Junho.
Mas o maior monumento em sua honra não está cá. Está em Goa.
Este exemplar foi dado por um Ministro a um jovem Cadete, que acabava o curso.
Isto no tempo em que havia Ministros e estes davam alguma coisa a alguém. Sobretudo Futuro.
Hoje não há Ministros , nem Futuro e , muito menos , Poetas, que cantem epopeias.

4 comentários:

José Cruz disse...

Em 1965, Novembro, 9, foi também oferecido um exemplar aos filhos, então crianças, do Com. Oliveira e Carmo.
Lembras-te da dedicatória?

Manel disse...

Não.Imagino que o Ministro tenha sido o Vice-Almirante Fernando Quintanilha de Mendonça Dias , mas gostaria muito , e penso que os meus nobres vizitantes também , de saber a dedicatória então feita aos filhos do malogrado Heroi 2º ten Oliveira e Carmo. Um deles é hoje uma sumidade na medicina oto-rino. O outro confesso que me não recordo.

José Cruz disse...

O ministro foi esse.
O outro filho do Com. Oliveira e Carmo, o mais novo, veio falar comigo para fazer o serviço militar na Marinha. Eu e o JBR fomos meter uma cunha para tal ao então CEMA, Alm. Leitão. Depois perdi-lhe o rasto.
Tenho pena de não ter ficado com uma cópia da dedicatória, só me lembro, e foi por isso que trouxe o assunto aqui à baila, de tu teres colaborado nela, a meu pedido.
Se voltar a cruzar-me com a viúva, peço-lha.

A.R.Costa disse...

Não sei se o maior monumento a Camões está em Goa, mas o que lá está é bem maior do que os que eu conheço em Lisboa e em Macau, embora actualmente se encontre exposto no interior do Museu Arqueológico de Goa.
A enorme estátua foi custeada através de uma subscrição pública por iniciativa do Diário Popular, foi colocada na praça central de Velha Goa e foi inaugurada no dia 10 de Junho de 1960 pelo Governador Vassalo e Silva.
A estátua “sobreviveu” à invasão de 1961, mas em 1982 foi danificada por um engenho explosivo colocado por alguns “Freedom Fighters”, com o argumento de que Camões era o poeta dos colonizadores. A estátua foi reparada e passou a ser guardada de noite pela Polícia, mas porque era demasiado oneroso manter aquele dispositivo de segurança, o policiamento cessou pouco tempo depois. Em 1983 os “Freedom Fighters” voltaram a atacar e a danificar a estátua.
As autoridades goesas decidiram então retirá-la daquele local privilegiado e colocaram-na no interior do Museu Arqueológico (onde está a famosa Galeria dos Vice-Reis), anexo à Igreja de S. Francisco de Assis, que se situam nas proximidades. No museu encontra-se, também, a estátua de Afonso de Albuquerque que, até 1961, esteve na rotunda de Miramar, em Pangim.
A recolocação da estátua de Camões no seu local original tem sido defendida por alguns sectores de opinião de Goa e o assunto é, por vezes, tratado nos media goeses.