At the time of the invasion of Portuguese India by the
Armed Forces of the Indian Union in 18 December 1961, the NRP boat Antares found
himself based in Daman, Vega in the NRP and the NRP Sirius Diu Goa. The launch
Vega went into battle with Vampire fighter-bombers of the Indian Air Force, he
tried to make an attack on the cruiser INS Delhi Diu that bombing, and sunk with
the death of their commander, Lt. Oliveira e Carmo, and two sailors . The Sirius
boat was sunk by own crew to not fall into the enemy. The boat Antares managed
to escape the Indian squad, coming to Pakistan and then being transported to
Portugal.
Bharat Rakshak
Opinião de um Camarada presente , em carta à revista Visão
Eu sou o Cap.m.g. (Ref.) Mário Jorge Santiago Baptista Coelho e era o Oficial
de Comunicações do N.R.P. Afonso de Albuquerque no dia 18 de Dezembro de
1961.
Li com muita atenção o nº 14 da Visão
História de Dezembro de 2011, com o titulo de "A Queda da Índia Portuguesa" e
apesar de pequenos detalhes que não se terão passado exactamente como descritos,
mas que não merecem grande relevância, apreciei o que li e no conjunto
considero como um bom documento informativo.
Isto com excepção da caixa que está na
página 29 com o titulo " A incrível história da Sírius" que considero uma nódoa
na revista por ser pura desinformação.
O Senhor Marques da Silva que na altura
era 2º Tenente e comandante do N.R.P. Sírius tinha as mesmas directivas e ordens
que as outras duas lanchas dentro do desastroso plano Sentinela. Dos objectivos
deste plano, pode-se depreender que a obrigação de cada um seria de evitar ser
aprisionado e de destruir o seu equipamento, mas depois de dar combate e
ser derrotado.
Ora o que se passou com o N.R.P. Sírius
foi que não deu combate nenhum, a peça Oerlinkon nunca foi desencapada, ao
primeiro tiro que ouviu (muito antes do N.R.P. Afonso de Albuquerque ter cessado
o combate e encalhado de acordo com o Plano Sentinela) o Senhor Marques da Silva
encalhou a sua lancha nas pedras junto ao cais de Dona Paula onde estava
atracado, meteu-se num bote com a sua guarnição e enfiou-se num navio mercante
grego.
Quando o Senhor Marques da Silva chegou
a Lisboa contou às autoridades da Armada os seus feitos heróicos e não se
contentando com as suas histórias, descreveu a acção do N.R.P. Afonso de
Albuquerque de forma extremamente negativa. Com a chegada a Lisboa em Maio de
1962 do restante pessoal da Armada que tinha estado preso, foi levantado um
auto no qual se verificaram as contradições do Senhor Marques da Silva e de que
resultou a sua expulsão da Armada.
Recentemente com a publicação de um
pasquim intitulado "N.R.P. Sírius" o Senhor Marques da Silva transforma-se
num herói perseguido pela PIDE, isto é, fazendo crer que a sua acção
representava uma atitude anti-fascista, como aliás já vi mencionado recentemente
num jornal que não me recordo qual.
Aliás nesta tentativa recente de se
criar um novo herói, é estranho que nas páginas 69 e 70 do mesmo nº 14 da Visão
História, em fotografias de senhoras apenas se refira o nome de Fernanda
Pedroso viúva do 1º Tenente Pedroso de AN que era oficial do N.R.P. Afonso de
Albuquerque e Mãe de Maria Flor Pedroso que talvez por mera coincidência
escreveu o prefácio do livro "N.R.P. Sírius"
Pouco interessa 50 ano passados estarmos
com acusações e novas histórias, decidi-me a escrever esta linhas para que de
futuro a Visão que é uma revista que aprecio tenha um pouco mais de cuidado em
assuntos sensíveis como este. Podem pensar que a Armada sempre foi formada por
indivíduos tontos, mas tem que admitir que quando a Armada expulsa um oficial
tem as suas razões que foram devidamente ponderadas
Melhores cumprimentos
Mário Baptista Coelho
Cap.m.g. (Ref.)
6 comentários:
Corajosa carta e atitude
LGF
Po.... É preciso tê-los, como diz o outro
Caro Comandante Mário Baptista Coelho,
Sou filha de Victor Marques Pedroso, que não sei se conheceu pessoalmente. Não há qualquer coincidência no facto de ter escrito o prefácio do livro "Sirius". Fiz mais, publiquei as cartas que o pai escreveu para a mãe do Campo de Concentração de Pondá. E isto porquê? O meu pai, conhecendo apenas superficialmente o Comandante Marques da Silva (eram de cursos e idades diferentes), sabendo da situação dele na Marinha, moveu influências familiares para lhe arranjar trabalho. No caso, numa empresa do tio-avô onde Marques da Silva trabalhou durante 7 anos. Não creio que o tivesse feito se tivesse a mesma opinião que o Senhor Comandante expressa. Honrei, por isso, a memória do meu pai falecido prematuramente em 69. Quanto ao facto de, apenas o nome da minha mãe constar na revista Visão que refere, é uma questão que poderá colocar à minha colega Rosa Ruela que efectivamente falou com a minha mãe sobre o quotidiano da vida em Goa. Cumprimentos, Maria Flor Pedroso
É interessante para a CACINE ter aqui como visitante e comentarista uma das melhores jornalistas Portuguesas e das poucas que merece grande credibilidade.
Bemvinda, minha Senhora
Diz o Cap.m.g. (Ref.) Mário Jorge Santiago Baptista Coelho: /.../ a obrigação de cada um seria de evitar ser aprisionado e de destruir o seu equipamento, mas depois de dar combate e ser derrotado /.../
Que comentário(s) fará acerca do 2ºTEN Brito e Abreu (comandante da Antares em Diu) que também não combateu e escapou com o navio para o Paquistão?
No que toca aos eventos da Sirius, tive a confirmação da veracidade do relato do Comandante Mário Baptista Coelho por quem também esteve no local e presenciou a (falta de) ação de Marques da Silva, tendo testemunhado por escrito o que se passou à Armada no inicio dos anos 60.
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