terça-feira, 10 de dezembro de 2013

JÁ ?

O novo chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA), Macieira Fragoso, que ontem tomou posse, assumiu como sua prioridade rever a estrutura orgânica da Marinha, reavaliar as carreiras e investir na modernização dos meios, apontando problemas “sérios” decorrentes das restrições orçamentais.
            “Neste processo, serei determinado e prudente, procurando sempre discernir entre o que é a natural resistência à mudança daquilo que representa uma argumentação pertinente. Nada será intocável mas também nada será mudado porque fi ca bem mudar”, afirmou.
            No seu discurso de apresentação à Marinha, Luís Manuel Fourneaux Macieira Fragoso disse que pretende levar a cabo a reestruturação com base na resolução “Defesa 2020”, tendo em conta “as futuras disponibilidades de pessoal”. Quanto à reavaliação das carreiras, o almirante Macieira Fragoso disse que procurará “a maior flexibilidade possível” e “a constante adaptação”.
            O novo chefe do Estado-Maior da Armada advertiu para as consequências da “continuada exiguidade de recursos financeiros”, referindo que tem conduzido “a uma preocupante inactividade dos navios, em especial dos navios combatentes”, e à falta de uma manutenção regular. A “rápida adjudicação do fornecimento de um novo simulador de acção táctica” será prioritária, indicou.
            O almirante sublinhou que a renovação dos meios navais “sofreu um grande revés” quando, pelas “vicissitudes conhecidas” dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, “apenas foi aumentado ao efectivo da Marinha o segundo NPO há alguns dias”.

            “Esta situação criou uma enorme perturbação no planeamento de manutenção da esquadra ao obrigar a reinvestir em navios com mais de 40 anos de intensa actividade operacional, sem garantias de que se venha a obter retorno do investimento efectuado”, advertiu, considerando que este é “um problema sério”.

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