quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

MAIS LINO

A Comunidade Portuária de Lisboa está preocupada com uma das recomendações do Estudo de Impacte Ambiental (EIA) para a 3ª Travessia do Tejo. Baixar a altura do tabuleiro da nova ponte para os 42,5 metros. A decisão poderá «matar» os terminais, do Porto de Lisboa, do Beato e do Poço do Bispo. Sem esquecer o terminal de cruzeiros em Sta Apolónia.
Os 42,5 metros recomendados pelo EIA «vão limitar a navegação de navios de maior porte e de gruas, que atingem os 50 metros de altura, para os terminais que ficam a montante de Chelas». A exploração destes terminais pode mesmo ficar inviabilizada.
«O ideal seriam 60 metros», «mas aceitaríamos os 47 metros "
Ponte: navegabilidade do Tejo «em risco» Lisboa: quem quer esta ponte?
Mas além dos terminais a montante de Chelas, também o terminal de cruzeiros previstos para Sta Apolónia pode ser afectado. «Mesmo que passem em altura, uma ponte mais baixa afectará o espaço de manobra, sem dúvida», acrescenta João Carvalho.
A Comunidade Portuária de Lisboa pretende agora «sensibilizar o Governo» já que a RAVE, entidade que desenvolveu os estudos para a nova Travessia do Tejo, não levou em consideração «os alertas que deixámos em duas reuniões».
«A mais baixa»
A ponte 25 de Abril tem 90 metros de altura e a ponte Vasco da Gama tem 47. «A nova ponte fica entre as duas e será a mais baixa». João Carvalho questiona ainda a «boa recepção» por parte do presidente da autarquia de Lisboa, António Costa, quanto à altura da ponte. «Ele não parece estar minimamente interessado em defender o Porto de Lisboa e, em última instância, a cidade», desabafa o presidente da CPL.
João Carvalho não tem dúvidas que cortar o caminho dos navios para os terminais que ficam depois de Chelas, «liquida as hipóteses de crescimento e sobrevivência de parte do porto».
Já em 2007, Joaquim Silva, comandante aposentado da Marinha Portuguesa avançava «o fim do porto de Lisboa» com a nova travessia do Tejo nos termos em que tinha sido proposta pelo executivo de José Sócrates.

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