A directora da
Escola de Hotelaria de Portalegre foi despedida por não ser militante do PS. Há
«suficientes indícios de que os verdadeiros motivos da cessação da comissão de
serviço foram de natureza política» – concluiu o
tribunal.
«Fui afastada por
não ter cartão do PS». A certeza de Teresa Samarra, que em 2010 foi demitida do
cargo de directora da Escola de Hotelaria e Turismo de Portalegre, é confirmada
pela sentença do Tribunal do Trabalho de Portalegre.
Na decisão a que o
SOL teve acesso, o juiz Francisco Matos afirma que
«subsistem suficientes indícios de que os verdadeiros motivos da cessação da
comissão de serviço foram de natureza política». Mas a sentença vai mais longe e
dá como provado que a escolha de Conceição Grilo – nomeada pelo Turismo de
Portugal para substituir Teresa Samarra – foi «assente na circunstância de ser
filiada e militante do Partido Socialista».
O tribunal considera
provado que a substituição de Teresa Samarra por uma militante do PS «já era
referida nos círculos políticos e na região de Portalegre, antes de ocorrer». E
até antes de ser aberto o concurso público através do qual Conceição Grilo foi
nomeada directora da Escola de Hotelaria e Turismo.
«Esta sentença é
muito importante, porque não é ambígua», comenta Teresa Samarra que se diz
«trucidada pela máquina socialista».
margarida.davim@sol.pt
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