segunda-feira, 28 de novembro de 2011

POIS.....


O secretário-geral da CGTP, Carvalho da Silva, afirmou hoje que a redução de quatro feriados anuais «não resolve o problema do País» e «é um absurdo», considerando que a medida faz parte de um projecto que é um desastre.
«Esta ideia de que sairmos da situação de bloqueio é uma questão de pôr as pessoas a trabalhar mais dias e mais horas é um absurdo», afirmou hoje Carvalho da Silva, à margem do ciclo 'Grandes Debates do Regime', da Câmara Municipal de Porto.
Em declarações aos jornalistas, o dirigente sindical criticou a insistência do Governo «numa linha que apenas elimina os direitos de quem trabalha enquanto diminui a retribuição do trabalho», fazendo a analogia com «um cavador que pode ser o melhor do mundo, mas nem que fique 24 horas a cavar consegue competir com um tractor».
Para Carvalho da Silva, «há margem de manobra» no Orçamento do Estado para 2012, «desde que a especulação bolsista e a riqueza fossem taxadas», mas «transformar o empobrecimento numa perspectiva estratégica de solução para um País que precisa de mais riqueza é um absurdo».
O Governo anunciou hoje que irá propor aos parceiros sociais e à Igreja a redução de quatro feriados anuais, dois civis e dois religiosos, afirmou o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira.
O governante, na sua primeira intervenção no Parlamento durante a discussão da proposta de Orçamento do Estado para 2012, enunciava as medidas que o seu Ministério está a pôr em curso, dizendo que o País não pode ter tantos feriados.
«Estamos também a discutir em sede de concertação social uma redução das paragens laborais. Não podemos ter tantos feriados e tantas pontes. Assim, o Governo irá propor aos parceiros sociais e à Igreja a redução de quatro feriados, dois civis e dois religiosos», disse Álvaro Santos Pereira.

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