segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

DR Á FARTAZANA

Neste momento, sabe-se que além das licenciaturas, mestrados e doutoramentos, no próximo ano letivo deverá haver a possibilidade de estudar para um novo grau académico: o de Técnico Superior Profissional, que é uma "espécie de meia licenciatura", exemplificou o secretário de estado.
Os novos cursos destinam-se a jovens com mais de 18 anos que tenham terminado o secundário ou a quem falte apenas uma disciplina para terminar o 12.º ano, disse Ferreira Gomes, explicando que no caso de não terem o secundário completo, os alunos podem fazer as disciplinas que faltam "ao longo do 1.º ano" do curso superior.
Para aceder aos novos cursos, os alunos não terão de fazer exames nacionais mas sim uma prova local no instituto onde pretendem ingressar.
"As empresas terão um papel crucial que é dizer quais são as suas necessidades e depois acolher estes jovens. Estes são cursos de dois anos. No primeiro ano é dada formação geral. No 2.º tem um primeiro semestre de formação profissionais e um segundo semestre é estágio numa empresa", explicou o secretário de estado.
Para Joaquim Mourato, as informações disponibilizadas pelo Ministério da Educação e Ciência (MEC) aos representantes dos politécnicos são apenas "um rascunho do que vai ser apresentado em Conselho de Ministros", havendo ainda questões por esclarecer.

"Ainda não temos o conhecimento completo de como se organiza, de como se faz a ligação ao ensino superior, como é que são financiados, como é que convivem com os cursos de especialização tecnológica. Estas questões estão por esclarecer", alertou em declarações aos jornalistas.

No entanto, defendeu, nessa altura poderá ser tarde demais: "Provavelmente vamos estar a discutir esse assunto com o documento aprovado o que é um enorme risco. Se encontrarmos questões que não podem ser ultrapassadas, provavelmente terá de ser alterado antes de ser implementado", concluiu Mourato.
Confrontado com estas críticas, o secretário de Estado sublinhou a qualidade do diploma: "O senhor presidente do CCISP apresentou algumas preocupações que nós partilhamos. É natural que haja algumas dúvidas, mas a legislação é razoavelmente aberta para poder enquadrar algumas das preocupações e vamos acompanhar a entrada em funcionamento desses cursos para garantir o seu sucesso".

1 comentário:

J.N.Barbosa disse...

Meia licenciatura para meias profissões? O projecto está meio feito e como é previsível, acabará a meio. Entretanto, os que dele aproveitarem não se coibirão de ser chamados doutores.