"Estranhamos o pedido de adiamento (apresentado por José António Saraiva), uma vez que os trabalhos da Assembleia da República não puderam ser suspensos por causa do luto nacional" decretado na sequência da situação na Madeira, afirmou a deputada do Bloco de Esquerda Catarina Martins.
Agendada para hoje, a audição do diretor do Sol foi adiada para sexta feira depois de um pedido entregue segunda feira ao presidente da comissão, no qual José António Saraiva alegou que "ninguém perceberia" que se dedicasse a falar de "problemas particulares" quando o país está impressionado com a tragédia da Madeira.
"Parece-nos que esta carta desrespeita a Assembleia da República, os madeirenses e a tragédia", considerou Catarina Martins, acrescentando que "este acontecimento reforça a necessidade de (criar uma) comissão de inquérito".
Também o deputado socialista João Serrano se mostrou indignado com o adiamento da audição, adiantando que "os argumentos apresentados não são plausíveis".
Já a deputada do CDS Cecília Meireles considerou que o adiamento da audição de José António Saraiva "não pôs em causa a celeridade do processo", pelo que a questão nem deveria ser discutida.
"O objeto de discussão desta comissão é a relação do Governo com a comunicação social" e "o que dignifica esta comissão é irmos diretos à questão", afirmou.
Também o comunista João Oliveira rejeitou a ideia de que o Parlamento tivesse sido desrespeitado com o pedido do diretor do Sol, adiantando apenas "lamentar que em torno disto se criem incidentes parlamentares".
O deputado do PSD Pedro Duarte foi mais longe, afastando-se da questão e afirmando não querer "contribuir para alimentar a pseudo polémica".
Num fax enviado ao presidente da comissão parlamentar de Ética, Sociedade e Cultura, José António Saraiva pediu o adiamento da audição parlamentar relativa a alegadas interferências na comunicação social, até "que se tenham desvanecido os ecos desta catástrofe".
Então é o Director de um semanário que diz à Comissão de ética o que é ético?Estes sujeitos perderam a cabeça |
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Acho graça à etiqueta
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