terça-feira, 11 de janeiro de 2011

FORA


MENSAGEM DE ANO NOVO DE SEXA O Engº CHEFE DO ESTADO-MAIOR GENERAL
01-01-2011
Oficiais, sargentos e praças das Forças Armadas,
Tropa!Pessoal aí de baixo. Soldadagem.
Esta será a última mensagem de Ano Novo que vos dirijo, pois a passagem do testemunho neste cargo está para breve.Tudo tenho feito para que me renovem o cargo, mas parece que não consegui, o que é uma injustiça enorme, como sabem, pois sempre tentei agradar aos meus Chefes.
Numa retrospectiva sobre o meu trabalho ao longo desta última década, desenvolvido numa solidão que classifico como jurássica e de vazio de ideias, na qual exerci as mais altas funções de chefia, primeiro em santa Apolónia e, mais tarde,  das Forças Armadas,  faço o seguinte balanço:
Como homem de reformas que sou, e que para lá vou, iniciei estas descobertas na Tropa, tarde e com ignorância. Assim, mudei, fundi e desestruturei aquela instituição, culminando no meu projecto de “Transtornação do Exército”, pensado e dimensionado para um “País das Maravilhas” e de forma a não poder intervir em lado nenhum. A minha inovação, aliada à minha incapacidade de manipulação e de imposição que o poder me conferiu, destruiu, assim, a esperança de um futuro melhor para as armas.
Na senda das minhas reformas, cedo as retomei ao assumir a liderança das Forças Armadas, com a minha ascensão ao cargo Superior. Nelas me redescobri. Mas, não foi um percurso fácil. Em Espanha sempre me inspirei, refugiei e até copiei. Porém, a tropa já não me queria mais seguir. Espanha impunha o conceito do “Conjunto Disjunto”, ao qual eu adaptei a minha visão colectiva de “Mando, por Junto, sempre para o Exército”. Perante as dificuldades, refugiei-me na obstinação cega e na utilização das minhas melhores práticas de reforma, sobre aquilo que pudesse estar à mão. Assim, não dei ordens quando devia, ofendi a Constituição e menti ao Presidente da República, sempre que a minha obstinação o impusesse. E, no meu antro de solidão, desestruturei as carreiras do pessoal, substitui-me ao Interesse Nacional e, como obra-prima, estou a propor a destruição, pura e simples, da “Salut Militar”. Pressupuesto!
O meu lema foi , e será sempre, "agradar ao meu superior", para assim subir na carreira.
Ainda , claro, tenho esperança de um lugar de Administrador, ou Presidente, que me dê carro e motorista.
No final do ciclo avassalador que a minha incompetência produziu, resta-me despedir,  oferecendo-vos a minha versão poética acerca de tudo aquilo que hoje sinto, inspirado que fui no nosso saudoso poeta Barbosa do Bocage,um ilustre Oficial da nossa Armada , com os votos de um feliz Ano Novo, sobretudo para quem ocupa lugares superiores ao meu.

Já CEMGFA não sou!..Estaline porventura
Minha ambição vai parar desfeita em vento…
Eu aos meus traí e ultrajei! O meu tormento
Leve me torne sempre a reforma e a cabeça dura.


Conheço agora já quão triste figura
Em memorandos de mentira fez meu louco intento.
Recompensa!.. Tivera algum merecimento,
Se um raio da razão seguisse, pura!


Eu me arrependo; A língua quase fria
Brade berros aos meus cabos e à ordenança,
Que atrás do som jurássico corria:


Outro Estaline fui… A esperança
Travei!.. Oh! Se me creste, tropa ímpia,
Rasga as minhas directivas, crê na mudança!

4 comentários:

Anónimo disse...

Goza,goza....mas o gajo lixou-nos

Anónimo disse...

Acho graça à etiqueta

Anónimo disse...

Está demais

Anónimo disse...

"Tudo tenho feito para que me renovem o cargo, mas parece que não consegui, o que é uma injustiça enorme, como sabem, pois sempre tentei agradar aos meus Chefes." & "O meu lema foi , e será sempre, "agradar ao meu superior", para assim subir na carreira." ??????

Começo a ter mta pena do manel.. tanto disparate junto indica um estado psicológico mto preocupante!! Vá-se tratar.. a sério.. distraia-se com programas como os malucos do riso que certamente estarão mais à sua altura..
Não diga tanto disparate junto..