As mulheres devem preencher 40% dos lugares não-executivos da administração de empresas cotadas em bolsa até ao ano de 2020. A directiva europeia foi aprovada esta semana na Comissão de Assuntos Europeus com os votos do PSD e do PS. Os restantes partidos votaram contra.
Segundo a Comissão Europeia, o objectivo é equilibrar a representação de homens e mulheres em cargos que devem servir de exemplo para o sector privado, dada a sua importância económica e a sua grande visibilidade.
«Ao ritmo actual, seriam necessárias várias décadas para se acabar com o desequilíbrio entre os géneros», afirma a directiva, considerando que as quotas, apesar de controversas, são a medida mais eficaz: «Os progressos mais significativos foram alcançados pelos países que introduziram medidas vinculativas».
As realidades nos países da União Europeia são muito diferentes a este nível. A presença de mulheres nos cargos de topo varia entre os 3% e os 27%.
No Dia da Mulher, a 8 de Março, o Governo tinha aprovado uma resolução para obrigar empresas públicas e privadas a adoptar planos para a igualdade. Segundo dados do Governo, o sector empresarial do Estado tem 27% de mulheres em lugares de topo, as empresas cotadas em bolsa têm 9,5% e as do PSI 20 apenas 6,2%. Por isso, no que diz respeito às cotadas, Portugal tem de percorrer um longo caminho até atingir as metas da Comissão.
Em entrevista ao SOL, em Novembro, a secretária de Estado da Igualdade, Teresa Morais, manifestou-se favorável à existência de quotas a nível europeu, considerando «triste» que a presença de mulheres seja mais reduzida, nas maiores empresa.
Nota: Isto é uma ofensa para as Mulheres
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