quinta-feira, 13 de março de 2014

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Crise: Bispo das Forças Armadas pede renúncia a «direitos burgueses» em favor dos pobres

D. Manuel Linda assina mensagem para Semana Nacional da Cáritas 2014

D.R.
Lisboa, 14 mar 2014 (Ecclesia) – O bispo das Forças Armadas e de Segurança defendeu a necessidade de renunciar a “direitos burgueses”, perante a atual crise económica, em favor dos mais pobres.
“O futuro novo, que só o Reino de Deus realizará em plenitude, reclama que esses direitos dos pobres sejam assumidos como prioridade. Ainda que isso suponha alguma redução dos nossos direitos burgueses, já que não são da mesma ordem de urgência”, escreve D. Manuel Linda, que assina a mensagem para Semana Nacional da Cáritas 2014, enquanto membro da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana.
A Cáritas Portuguesa vai assinalar este ano a sua semana nacional entre os próximos dias 17 e 23 à volta do tema ‘Unidos no amor, Juntos contra a fome’ e com atenção particular às vítimas da crise.
D. Manuel Linda dá como exemplo a necessidade de renunciar ao “automóvel «topo de gama»” para permitir a aquisição do “medicamento para a aterosclerose múltipla” que o vizinho não pode comprar “por insuficiência económica”.
“Neste caso, por mais que isso me custe a entender, o meu vizinho tem «direito» a que eu lhe pague o medicamento. Mesmo que, por causa disso, eu não possa comprar o tal carro”, insiste, no texto enviado hoje à Agência ECCLESIA.
O bispo das Forças Armadas e de Segurança sublinha que se “a afirmação dos «direitos dos pobres»” é “central na Bíblia, os cristãos “não podem deixar de reconhecer esses direitos como instância crítica para a sua fé e como uma obrigação urgente de atuação”.
O bispo fala da fome como uma “enorme vergonha” para o mundo “sofisticado e desenvolvido, com capacidade de produção de alimentos como nunca existiu, mas que faz do seu desperdício e destruição uma técnica para controlo dos preços”, mesmo que muitos morram de fome.
“Vergonha! É esta a melhor expressão de um mundo «velho» assente nos piores instintos da avidez e da insolidariedade”, lamenta.

3 comentários:

Anónimo disse...

É no mínimo curioso o apelo vindo de um membro de uma organização que vive e ostenta uma opulência escandolosa e cuja relação com os impostos está longe de ser linear.

Manuel Leonardo disse...

Eu nao diria curioso !


EU DIRIA MUITO NOBRE ****** 6 *

Manuel Joaquim Leonardo

Peniche Vancouver Canada

Allen disse...

Será que o Sr. Linda, equiparado a major-general, vai renunciar ao seu vencimento e eventuais ajudas de custo de oficial general, ao Mercedes, ao motorista e demais mordomias?