sábado, 21 de abril de 2012

UMA OPINIÃO


O militar de abril e ex-candidato à Presidência da República, Mário Tomé, afirmou hoje que serão os movimentos sociais a protagonizar a mudança que considera necessária no País, ao mesmo tempo que recusava a ideia de uma nova revolução.
"O que nós temos de perceber é que aquilo que derivou do 25 de abril, que foi decaindo, foi perdendo a força que tinha, está hoje esmagado pelos chamados 'democratas, tecnocratas, da finança'", disse.
A poucos dias das comemorações dos 38 anos da revolução de abril, Mário Tomé, defendeu também que não faz sentido os portuguesas preocuparem-se com um eventual regresso a um passado fascista, mas antes com os referidos "democratas, tecnocratas" que conduziram o País à atual situação de dependência externa.
Para o antigo major do exército, que falava à agência Lusa após um encontro promovido sexta-feira pelo Bloco de Esquerda na Junta de Freguesia do Pinhal Novo, os movimentos sociais vão ganhar maior protagonismo e promover a mudança, a exemplo do que aconteceu a partir de abril de 1974.
"Foi o 25 de abril, enquanto movimento social, que construiu o PREC (Período Revolucionário em Curso) e que definiu os contornos da Constituição que temos hoje", lembrou, convicto de que os movimentos sociais serão, uma vez mais, os grandes protagonistas da contestação às políticas de austeridade.
"Quando falo no 25 de abril tenho de falar na luta cidadã, transformadora, contra estes chamados democratas, tecnocratas, da finança, através dos movimentos sociais e através da proposta política que os partidos políticos farão, cada um à sua maneira", acrescentou.

1 comentário:

José Sousa e Silva disse...

Conquanto não seja "adepto" de Mário Tomé aqui concordo com ele em muitas coisas que ele diz.
Com Otelo é que não concordo de jeito nenhum.
Os militares foram muito desacreditados (alguns puseram-se a jeito) pela nova classe possidente que recebeu o Poder de mão beijada e que se serve dele a seu bel-prazer com a indispensável "cobertura" dos OCS.
Quem tem que "desobedecer" é o povo e os militares, quanto muito, não irem contra o povo.
Fazerem revoluções ou golpes de Estado é que nunca.