VADIO POLÍTICO
Só sentimos falta do que
temos
Quando, na verdade, o
perdemos.
Conserve-se a fama e a glória
Dos antanhos de Portugal
E de tão notável História.
Na cabeça, no coração,
No País, na Nação,
Pode haver ordem ou caos,
Vergonha ou sem pudor.
Cometeu-se a iniquidade
De traficar chão sagrado,
Com lágrimas e sangue regado.
Uma tal indignidade
Em Santa terra de cristão,
Mais que crime, foi pecado.
Hoje são “senhores”,
Janizaros, usurpadores,
Leiloeiros da Pátria
-Acto vil e mísero-,
Demagogos, cata-ventos,
Bem falantes, bem tratantes
(muitas vezes bons
tratantes),
não distinguem céu e chão.
Arte de camaleão.
Vagabundos tunantes,
Com perfídia semearam
Ódio, inveja, traição.
Agora, lá dos seus pedestais,
Proclamam doutorais:
“Só os burros não mudam...”
Como eles tanto mudaram,
O silogismo completaram:
“...Logo, burros não somos.”
Treinam ar sério e terno.
Exigências do Governo...
João Coelho dos
Santos
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