Primeira hospedaria de emigrantes do Brasil, a Ilha das
Flores, em São Gonçalo, será transformada em um museu a céu aberto que contará a
história dos mais de 300 mil estrangeiros que passaram por lá entre 1877 e 1966.
Ao pequeno pedaço de terra cercado pelas águas da Baía de Guanabara, chegavam
levas e levas de viajantes que, após semanas ou meses de viagem, eram alojados
até que tivessem a chance de partir para um novo trabalho, uma nova vida.
O projeto terá três etapas e promete reconstituir a
trajetória de portugueses, espanhóis, italianos, russos, poloneses, árabes e
judeus, entre outros povos. O refeitório onde os imigrantes se alimentavam será
transformado em uma sala de exposição permanente.
No total, dez prédios do complexo poderão ser visitados.
Por meio de uma linha do tempo, textos, fotografias antigas, vídeos e documentos
contarão em detalhes a história da imigração brasileira. Segundo o coronel
reformado Miguel Mendonça Pinheiro, presidente da comissão para desenvolvimento
do projeto do Centro de Memória dos Imigrantes, a expectativa é de que, até o
fim deste ano, a ilha esteja aberta à visitação pública. Hoje, lá funciona a
Comando da Tropa de Reforço do Corpo dos Fuzileiros Navais da Marinha.
- O projeto foi lançado em março e agora estamos na fase
de captação de recursos. A primeira etapa custará R$ 450 mil, sendo R$ 205 mil
para fazer projeções, montar salas multimídias e identificar os locais. Outros
R$ 245 mil servirão para a restauração dos prédios históricos que abrigava os
emigrantes - explica o coronel. (Cortesia de: Eulália
Moreno )
Sem comentários:
Enviar um comentário