sábado, 1 de junho de 2013

OUTRA

"A Associação de Antigos Alunos do Colégio Militar (AAACM) avançou esta quinta-feira, em audiência com os deputados da comissão parlamentar de Defesa, o alargamento do colégio ao 1.º ciclo – actualmente, a escola recebe alunos a partir do 5.º ano até ao final do secundário. Esta foi uma das propostas apresentadas como alternativa ao despacho do ministro da Defesa que, entre outros pontos, prevê um investimento de 6,5 milhões de euros para a construção de um edifício para internato feminino no Colégio Militar.
A ideia de um internato feminino não agrada às alunas do Instituto de Odivelas que, no próximo dia 14 de Junho vão manifestar-se junto ao Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, a partir das 19h30, para contestar o encerramento da sua escola.
Entretanto, Joaquim Azevedo, ex-secretário de Estado do Ensino, convidado pelo ministro da Defesa Aguiar Branco para coordenar a comissão de acompanhamento da reforma do ensino militar afastou-se da comissão que presidia. "Pedi para ser substituído por não ter condições pessoais para continuar", revela Joaquim Azevedo ao PÚBLICO. No seu lugar fica Valdemar Almeida que já fazia parte da comissão.
De acordo com a AAACM, o alargamento ao ensino do 1.º ciclo permitiria ao colégio captar mais de 200 novos alunos em dois anos, a juntar aos 400 estimados para o 2.º e 3.º ciclos e secundário. Do mesmo modo, segundo a associação, a extensão do regime de externato até ao 7.º ano permitira também captar mais estudantes.
Entre outras medidas apresentadas aos deputados, a associação defende a criação da figura de director pedagógico. Este teria como funções uma revisão curricular dos cursos, intervindo na possível extinção de disciplinas com pouca frequência e na mobilidade de professores entre as diversas instituições do ensino militar: Colégio Militar, Instituto dos Pupilos do Exército e Instituto de Odivelas.
A conjugação destas medidas, segundo a AAACM, levaria a um aumento do rácio de oito alunos por professor, face aos actuais cinco por docente. Deste modo, cada aluno passaria a ter um custo de 5220 euros anuais, idêntico ao de um aluno de qualquer outra escola pública – os três colégios sob a alçada do Ministério da Defesa são escolas públicas onde os pais pagam uma mensalidade.
Entre as medidas apresentadas, destaque, ainda, para a centralização num só espaço dos serviços administrativos. Por fim, a entidade representativa dos antigos alunos do Colégio Militar pugna pela abertura das infraestruturas desportivas à sociedade civil. A escola tem um picadeiro coberto, campo de obstáculos exterior, 60 boxes para cavalos, ginásio, sala de armas, campo de futebol e de rugby em relva, piscina coberta, campos de basquete, voleibol e tiro. Assim, refere, serão garantidas receitas adicionais necessárias para ultrapassar a fundamentação económico-financeira do despacho do ministro José Pedro Aguiar-Branco.

In Público

Um apelo à Rainha Santa
As alunas do Instituto de Odivelas (IO) continuam a protestar contra o futuro encerramento do colégio e, na sexta-feira, 14 de Junho, vão manifestar-se junto do Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, numa acção intitulada "Milagre das Rosas".

O protesto é organizado por um grupo de antigas alunas e prevê que as actuais estudantes enverguem uma t-shirt branca e segurem uma vela e uma rosa branca. As antigas alunas, também usarão uma t-shirt branca e a vela, nas nas mãos terão uma rosa vermelha. O simbolismo das rosas prende-se com a padroeira do Instituto de Odivelas, a Rainha Santa Isabel. "O objctivo é pedir a Santa Isabel que nos ajude para acabar com esta ideia de fechar o IO", explica uma antiga aluna que é também mãe de uma estudante"

Entretanto:

  • "O jornal PÚBLICO noticiou em 30 de Maio a demissão do Prof J. Azevedo coordenador da 3ª CTA encarregue da “reforma” dos EMEs. J. Azevedo declarou não ter “condições pessoais” para continuar...
    A AAACM reitera a sua oposição e avaliação negativa do conteúdo, conclusões e consequências do trabalho da Comissão e considera que o MDN tem a responsabilidade de emendar os gravíssimos erros cometidos até ao momento. Os custos estão já controlados após dois anos de um valioso trabalho de racionalização, o qual, aliás, não foi produzido pela CTA. Trata-se agora de ouvir as muitas e autorizadas vozes que recomendam a valorização destas instituições e não as poucas e autoritárias vozes que se comprazem na sua destruição."

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