Negócio complexo por envolver navios já
vendidos à Marinha, mas que renderá pelo menos 50 milhões de euros por
unidade
O Estado autorizou a entrega à Nigéria do segundo navio de patrulha oceânica
(NPO) destinado à Marinha, que cederá depois o que receber dentro de algumas
semanas, soube o DN. A concretizar-se, "será um negócio complexo" que renderá
aos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) pelo menos 50 milhões de euros
por navio, admitiram duas das fontes. Uma terceira fonte afirmou que o montante
será superior.
A complexidade do processo, por ser material militar, resulta ainda de a
venda dos NPO (os patrulhões) à Nigéria envolver os que estão contratualmente
destinados à Marinha, o que implica rever esse contrato entre o Estado e os
ENVC, confirmaram diferentes fontes.
A proposta da Nigéria foi apresentada após a visita aos ENVC do respectivo
ministro da Defesa, no Verão. Na mesa estava a aquisição de quatro NPO, número
reduzido para duas unidades quando os estaleiros disseram quanto custaria cada
uma. Segundo fonte governamental, "está em aberto se serão dois ou quatro" os
navios a vender à Nigéria.
Mas "a pressa" da Nigéria em ter os navios - e a necessidade dos ENVC,
leia-se o próprio Estado, em fechar o negócio - "esbarra" no facto de os NPO em
fase final de construção estarem vendidos à Marinha (que tem ainda mais urgência
em os receber).
Fontes civis e da Armada coincidiram em dizer como o negócio pode evoluir: o
primeiro NPO - o Viana do Castelo, em testes de mar - é entregue à Marinha nas
próximas semanas e o segundo - o Figueira da Foz - é vendido à Nigéria.
Posteriormente, a Armada "não se importaria" de ceder o Viana do Castelo à
Nigéria quando a produção dos NPO seguintes estivesse já na sua fase final.
NOTA: Quando se diz"Estado" quer-se dizer quem?
3 comentários:
Lá vai o Cacine ter que navegar mais uns anitos. Temo que tão cedo a Marinha não tenha novos patrulhões, mas estes, pelas informações que fui tendo ao longo da sua atribulada construção, talvez não seja um mau negócio a Marinha os ver partir. Livra-se de uns sapatões.
Com este negócio talvez os ENVC possam devolver ao AA Sa os 10 Milhões que ,alegadamente lhe foram emtrestados.
De certeza que será um mau negócio. Primeiro porque onde o MDN se mete é sempre mau negócio, segundo porque a marinha nunca mais terá navios ao ritmo que o estaleiro os consegue produzir.
Correcção ao post anterior: emprestados
Enviar um comentário