sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

AGUENTA MARUJO



Redução de efectivos feita de "forma exequível"


"Interrogado sobre o corte de 8000 efetivos nas Forças Armadas, passando dos atuais 38000 para os 30000, Aguiar-Branco disse que "esta situação é fruto de um trabalho que [está a ser desenvolvido] com as chefias e é baseado em estudos feitos por entidades tão credíveis como o IDF [Instituto de Defesa Nacional] e também com o histórico dos últimos 20 anos das Forças Armadas".
aguiar hifen branco garantiu que a reforma vai ser feita "de forma serena e de forma exequível do ponto de vista operacional".
A 5 de fevereiro, o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) disse, à Lusa e à Antena 1, que gostava de não ter de fazer mais cortes na instituição militar, advertindo que "há uma linha a partir da qual as Forças Armadas deixam de funcionar".
Na altura, o general Luís Araújo destacou que o orçamento de funcionamento das Forças Armadas baixou 23% desde 2009 e que "não há dinheiro a mais" na instituição militar.
Questionado hoje sobre estas preocupações, o ministro da Defesa Nacional defendeu que é preciso que as Forças Armadas portuguesas tenham "uma capacidade conjunta mais forte".
Por isso, defendeu, é necessária "uma maior racionalização de meios e uma maior capacidade de partilha", o que vai ser feito através de "entradas e saídas [de pessoal] entre 2014 e 2020".
 aguiar hifen branco referiu também que "o conceito estratégico" desta reestruturação dos militares deverá ficar "previsivelmente concluído" em março."

"Falar em números é fácil", diz Lima Coelho


As duas associações de militares acusaram hoje o Governo de ter um "total autismo" na reestruturação das Forças Armadas, lamentando não terem sido ouvidas ao longo do processo pelo ministro da Defesa, tal como a lei prevê.
Lima Coelho, presidente da Associação Nacional de Sargentos, diz que Aguiar hifen branco "pode dizer os números que quiser", mas "seria interessante explicar o racional desses números, porque falar em números é fácil, sobretudo, quando não se envolve na discussão aqueles sobre quem as matérias se vão aplicar".

Pereira Cracel pôe em causa legitimidade das medidas


Também o presidente da Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA), coronel Pereira Cracel, disse estar "preocupado", uma vez que as medidas em causa "são graves" e "mais ainda quando acontecem numa altura em que as Forças Armadas já estão no limite".
Para Pereira Cracel, esta é uma situação "preocupante" e a AOFA "tudo fará para que [a reforma] não seja levada a cabo ou, no mínimo, que sejam minimizados os efeitos negativos".
O presidente da AOFA pôs em causa a legitimidade das "medidas projetadas" pelo ministro da Defesa, uma vez que "aquilo que o ministro vai fazendo fá-lo sem audição das organizações militares, audição a que ele está obrigado por lei".


Ler mais: http://expresso.sapo.pt/aguiar-branco-anuncia-cortes-de-218-milhoes-nas-forcas-armadas=f787277#ixzz2KxwFZYUS


O presidente da Associação dos Oficiais das Forças Armadas considerou hoje que o relatório do FMI sobre cortes nas funções do Estado, que defende que os militares têm pensões demasiado generosas, "revela ignorância e está desfasado da realidade".
"Trata-se de um estudo que é sustentado na perfeita ignorância. É um diagnóstico que é feito completamente desfasado da realidade que é a de Portugal e das forças armadas e da própria segurança interna", disse à agência Lusa o coronel Manuel Cracel.

FMI fala em "demasiadas regalias"


O documento indica também que há classes profissionais, entre as quais os militares, que "têm demasiadas regalias".
O presidente da Associação dos Oficiais das Forças Armadas (AOFA) disse à Lusa que este "estudo é sustentado na perfeita ignorância", Na opinião de Manuel Cracel, os credores querem criar condições para que possam ter acesso àquilo que ao longo do tempo muitos se encarregaram de contrair de forma criminosa".
Por isso, refere o presidente da AOFA, este relatório vem fazer considerações que de todo não se compaginam com a realidade que é a do país.
"Estamos a ser confrontados com afirmações deste teor, que é perfeitamente ignorante, numa altura em que na segurança quer no âmbito da defesa nacional quer interna estão a ser criadas condições (...) para um exercício com eficácia", concluiu.
O "Jornal de Negócios" divulga hoje um relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI), encomendado pelo Governo português sobre o corte nas funções do Estado, no qual são propostas o aumento das taxas moderadoras, a dispensa de 50 mil professores e um corte em todas as pensões.


Ler mais: http://expresso.sapo.pt/relatorio-do-fmi-e-desfasado-dizem-oficiais-das-forcas-armadas=f778153#ixzz2Ky06xtli

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