Exmo. Sr. Tenente – General Carvalho dos Reis
Digníssimo Chefe da Casa Militar de
Sua Excelência o Presidente da República
Como oficial na situação de reserva/reforma que sou, não posso deixar de agradecer o empenho que Sua Exa. o Presidente da República decerto colocou na solução dos problemas imediatos que se colocavam em relação ao Fundo de Pensões dos Militares (FPM), possibilitando o pagamento do complemento de pensão de reforma de Maio que se encontrava atrasado.
Na realidade, só acreditando nesse empenho se consegue explicar o surgimento de uma solução, que tardava e para a qual expressamente os responsáveis políticos referiram não poder comprometer-se com prazos, para uma questão que muito preocupava os militares em geral, e que, para muitos, indiciava falta de consideração pelos que deram o seu melhor na defesa dos Superiores Interesses Nacionais.
No entanto, se foram resolvidos os problemas imediatos do FPM, continua por decidir a solução para a sua sustentabilidade, julgando-se ser oportuna também a avaliação de uma solução mais abrangente que venha a poder incluir os militares mais jovens (aqueles que em 2012 têm menos de 27 anos de tempo de serviço militar), aos quais, se nada for feito, será atribuída uma pensão de menos de 50% da remuneração que aufiram à data da passagem para essa situação, em condições ainda mais gravosas que aquelas que decorrem das aplicadas aos cidadãos em geral.
Para além disso, na carta que muitos oficiais na minha situação fizeram chegar a V. Exa., tendo em vista a superior apreciação de Sua Exa. o Presidente da República, constavam outras duas questões que muito vêm penalizando os militares: os cortes dos subsídios de férias e de Natal (afectando os que se encontram nas situações de activo, reserva e reforma) e a redução das remunerações (para os do activo e da reserva).
Essas medidas foram impostas pelo Orçamento do Estado de 2012 e incidiram apenas sobre os militares, os elementos das Forças de Segurança, os funcionários públicos e os reformados ou pensionistas (no caso dos últimos, no que se refere aos cortes dos subsídios).
Medidas, aliás, que se encontram pendentes da verificação da respectiva constitucionalidade por parte do Tribunal Constitucional.
Tendo que fazer confiança na decisão do douto Tribunal Constitucional, devido à claríssima falta de equidade do que foi imposto apenas a uma parcela dos cidadãos nacionais (como reconhecido por Sua Exa. o Presidente da República) e ao próprio texto do acórdão nº 396/2011 do mesmo Tribunal, surgido na apreciação da constitucionalidade das reduções remuneratórias operada em 2011, os oficiais vêm-se interrogando sobre a lentidão de um processo a que importa dar celeridade, uma vez que é do conhecimento público o número elevadíssimo de situações dramáticas de incumprimento de compromissos assumidos numa época em que se supunha que o Estado não deixaria de cumprir o que livre e legalmente estabeleceu.
Para os oficiais, como V. Exa. sabe, o não conseguirem cumprir compromissos, ainda que sem culpa própria, fere a sua Honra.
Daí que não possa deixar de apelar a Sua Exa. o Presidente da República, através da pessoa de V. Exa., para que prossiga a obra a que em tão boa hora decerto meteu ombros e ajude, com a sua influência, a devolver a Justiça, nestas três questões, aos que tanto precisam dela.
Localidade, data
Nome e identificação militar
Digníssimo Chefe da Casa Militar de
Sua Excelência o Presidente da República
Como oficial na situação de reserva/reforma que sou, não posso deixar de agradecer o empenho que Sua Exa. o Presidente da República decerto colocou na solução dos problemas imediatos que se colocavam em relação ao Fundo de Pensões dos Militares (FPM), possibilitando o pagamento do complemento de pensão de reforma de Maio que se encontrava atrasado.
Na realidade, só acreditando nesse empenho se consegue explicar o surgimento de uma solução, que tardava e para a qual expressamente os responsáveis políticos referiram não poder comprometer-se com prazos, para uma questão que muito preocupava os militares em geral, e que, para muitos, indiciava falta de consideração pelos que deram o seu melhor na defesa dos Superiores Interesses Nacionais.
No entanto, se foram resolvidos os problemas imediatos do FPM, continua por decidir a solução para a sua sustentabilidade, julgando-se ser oportuna também a avaliação de uma solução mais abrangente que venha a poder incluir os militares mais jovens (aqueles que em 2012 têm menos de 27 anos de tempo de serviço militar), aos quais, se nada for feito, será atribuída uma pensão de menos de 50% da remuneração que aufiram à data da passagem para essa situação, em condições ainda mais gravosas que aquelas que decorrem das aplicadas aos cidadãos em geral.
Para além disso, na carta que muitos oficiais na minha situação fizeram chegar a V. Exa., tendo em vista a superior apreciação de Sua Exa. o Presidente da República, constavam outras duas questões que muito vêm penalizando os militares: os cortes dos subsídios de férias e de Natal (afectando os que se encontram nas situações de activo, reserva e reforma) e a redução das remunerações (para os do activo e da reserva).
Essas medidas foram impostas pelo Orçamento do Estado de 2012 e incidiram apenas sobre os militares, os elementos das Forças de Segurança, os funcionários públicos e os reformados ou pensionistas (no caso dos últimos, no que se refere aos cortes dos subsídios).
Medidas, aliás, que se encontram pendentes da verificação da respectiva constitucionalidade por parte do Tribunal Constitucional.
Tendo que fazer confiança na decisão do douto Tribunal Constitucional, devido à claríssima falta de equidade do que foi imposto apenas a uma parcela dos cidadãos nacionais (como reconhecido por Sua Exa. o Presidente da República) e ao próprio texto do acórdão nº 396/2011 do mesmo Tribunal, surgido na apreciação da constitucionalidade das reduções remuneratórias operada em 2011, os oficiais vêm-se interrogando sobre a lentidão de um processo a que importa dar celeridade, uma vez que é do conhecimento público o número elevadíssimo de situações dramáticas de incumprimento de compromissos assumidos numa época em que se supunha que o Estado não deixaria de cumprir o que livre e legalmente estabeleceu.
Para os oficiais, como V. Exa. sabe, o não conseguirem cumprir compromissos, ainda que sem culpa própria, fere a sua Honra.
Daí que não possa deixar de apelar a Sua Exa. o Presidente da República, através da pessoa de V. Exa., para que prossiga a obra a que em tão boa hora decerto meteu ombros e ajude, com a sua influência, a devolver a Justiça, nestas três questões, aos que tanto precisam dela.
Localidade, data
Nome e identificação militar
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