Lusa
Lisboa, 11 nov - O ativista angolano Rafael Marques confirmou hoje à Lusa que o Ministério Público português tem em curso um inquérito-crime, do qual é testemunha, sobre o envolvimento de altos dirigentes angolanos em crimes de branqueamento de capitais.
Em Lisboa para prestar declarações no âmbito de outro processo, o ativista e jornalista Rafael Marques sublinhou que o inquérito-crime em curso diz respeito ao que começou por ser um "processo de averiguação preventiva", de que deu conhecimento à agência Lusa Rafael Marques a 11 de janeiro.
Esse processo, com o n.º 85/11-PG, foi interposto por um cidadão angolano residente em Portugal, junto do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).
Tanto esse cidadão como Rafael Marques -- que, a 11 de janeiro, depôs em Lisboa como testemunha no processo -- são agora ambos testemunhas no inquérito-crime n.º142/12, cuja abertura foi noticiada neste sábado pelo "Expresso".
Segundo o semanário, o Ministério Público português está a investigar três altos dirigentes do regime angolano -- Manuel Vicente, vice-Presidente de Angola e ex-administrador da petrolífera Sonangol; o general Hélder Vieira Dias, mais conhecido como "Kopelipa", ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente angolano, José Eduardo dos Santos; e Leopoldino Nascimento, consultor do general "Kopelipa" -- por suspeitas de crimes económicos, mais concretamente indícios de fraude e branqueamento de capitais.
Segundo o "Expresso", o inquérito-crime está na fase inicial e ainda nenhum dos três dirigentes angolanos foi ouvido nem constituído arguido.
Só Manuel Vicente prestou declarações ao "Expresso": "Não fui notificado por ninguém e por isso desconheço o que se passa. De qualquer modo, todos os meus investimentos em Portugal estão perfeitamente documentados junto da autoridades competentes."
Em janeiro -- e, depois, novamente em julho -, Rafael Marques depôs como testemunha na queixa apresentada pelo referido cidadão angolano residente em Portugal, tendo sido chamado pelo que tem investigado sobre "a corrupção em Angola".
Segundo disse à Lusa na altura, a queixa versava "uma longa lista", de duas dezenas de cidadãos angolanos com "investimentos e propriedades em Portugal", acusando-os de "branqueamento de capitais".
lista incluía "membros da família presidencial" angolana, entre os quais Welwitschea José dos Santos (conhecida como "Tchizé" dos Santos), uma das filhas do Presidente angolano.
Rafael Marques encontra-se em Lisboa para uma audiência no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, desta feita como acusado.
Os nove generais angolanos que Rafael Marques processou, em Angola, por "atos quotidianos de tortura" nas zonas de extração mineira das Lundas apresentaram por seu lado queixa - em Portugal - contra o ativista, que responderá por "calúnia
Em Lisboa para prestar declarações no âmbito de outro processo, o ativista e jornalista Rafael Marques sublinhou que o inquérito-crime em curso diz respeito ao que começou por ser um "processo de averiguação preventiva", de que deu conhecimento à agência Lusa Rafael Marques a 11 de janeiro.
Esse processo, com o n.º 85/11-PG, foi interposto por um cidadão angolano residente em Portugal, junto do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).
Tanto esse cidadão como Rafael Marques -- que, a 11 de janeiro, depôs em Lisboa como testemunha no processo -- são agora ambos testemunhas no inquérito-crime n.º142/12, cuja abertura foi noticiada neste sábado pelo "Expresso".
Segundo o semanário, o Ministério Público português está a investigar três altos dirigentes do regime angolano -- Manuel Vicente, vice-Presidente de Angola e ex-administrador da petrolífera Sonangol; o general Hélder Vieira Dias, mais conhecido como "Kopelipa", ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente angolano, José Eduardo dos Santos; e Leopoldino Nascimento, consultor do general "Kopelipa" -- por suspeitas de crimes económicos, mais concretamente indícios de fraude e branqueamento de capitais.
Segundo o "Expresso", o inquérito-crime está na fase inicial e ainda nenhum dos três dirigentes angolanos foi ouvido nem constituído arguido.
Só Manuel Vicente prestou declarações ao "Expresso": "Não fui notificado por ninguém e por isso desconheço o que se passa. De qualquer modo, todos os meus investimentos em Portugal estão perfeitamente documentados junto da autoridades competentes."
Em janeiro -- e, depois, novamente em julho -, Rafael Marques depôs como testemunha na queixa apresentada pelo referido cidadão angolano residente em Portugal, tendo sido chamado pelo que tem investigado sobre "a corrupção em Angola".
Segundo disse à Lusa na altura, a queixa versava "uma longa lista", de duas dezenas de cidadãos angolanos com "investimentos e propriedades em Portugal", acusando-os de "branqueamento de capitais".
lista incluía "membros da família presidencial" angolana, entre os quais Welwitschea José dos Santos (conhecida como "Tchizé" dos Santos), uma das filhas do Presidente angolano.
Rafael Marques encontra-se em Lisboa para uma audiência no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, desta feita como acusado.
Os nove generais angolanos que Rafael Marques processou, em Angola, por "atos quotidianos de tortura" nas zonas de extração mineira das Lundas apresentaram por seu lado queixa - em Portugal - contra o ativista, que responderá por "calúnia
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