O político
português e amigo
de
Jonas Savimbi, João
Soares, convidado
a dissertar, em
Luanda, sobre a
figura e obra do
fundador da UNITA,
afirmou que o
político era acima de
tudo “um homem não
comprável”.
A UNITA realizou
quarta-feira, 22,
uma conferência
internacional para
assinalar os dez
anos de morte do
líder fundador da
UNITA, morto em
combate a 22 de
Fevereiro de 2002,
na província do
Moxico.
Para o deputado do
Partido Socialista
português, Jonas
Savimbi era “um
verdadeiro
angolano”, o único dos
três dirigentes dos
movimentos de
libertação de
Angola que se manteve
no interior do
país, por altura da
luta colonial e até
aos seus últimos
dias.
João Soares
enalteceu ainda o contributo
de Jonas Savimbi
para a
implantação da
democracia em Angola.
“Jonas Savimbi tem
um papel incontornável
na história de
África e de
Angola, isto é o
que os adversários
dele de sempre não
querem reconhecer,
mas que é a todos
os títulos justo
reconhecer. Não
estou aqui a querer
usar o papel dele.
Tanto é assim que
reconheço que numa
vida tão grande,
tão recheada e com
uma gestão
difícil, houve
momentos menos
bons, momentos
sombrios e houve
mesmo momentos em
que se cometeram
erros graves, que
aliás, foram
sempre reconhecidos
pelo mesmo, o
que é bom
sublinhar”, enunciou o
político.
“O que não posso
aceitar e vocês
também não devem
nunca aceitar
é que queiram
atirar o dr. Jonas
Savimbi para longe
da história de
Angola, na lógica
daquela velha escola,
de que, pelo menos
nós os mais
velho conhecemos
bem, que é a história
dos soviéticos que
apagavam
das fotografias as
figuras que lhes
pareciam mais
inconvenientes”, frisou
João
Soares.
Por sua vez, o
jornalista francês Yves
René Paul Loiseau,
outro orador
convidado a
intervir na conferência
sobre a vida e obra
de Jonas Malheiro
Savimbi, revelou
aos presentes, que
em 1995, o líder
fundador da UNITA
já usava
tecnologias de informação
para se manter
informado.
Yves René, que
esteve na Jamba em
meados dos anos 90,
disse igualmente
à plateia que o
mundo mudou
muito desde a morte
de Jonas
Savimbi. “A
revolução hoje faz-se
através das
mensagens do facebook
e do twiter e não
com as teorias de
Mao Tsé
Tung”.
Já para José Pedro
Katchiungo, secretário
nacional para os
assuntos
eleitorais da
UNITA, também um dos
oradores do evento,
Jonas Savimbi
“era um homem
desapegado aos
bens
materiais”.
Para além destes
estiveram também
convidados a
dissertar nesta cerimónia
figuras históricas
da UNITA,
como Samuel
Chiwale, Tiago Kandada,
além de duas
figuras importantes
do meio político e
intelectual
português, grandes
amigas do Galo
Negro, Maria
Antónia Palla, do Partido
Socialista, e Maria
João de Lemos,
do Partido Social
Democrata
português.
A conferência teve
três painéis e contou
com a participação
de centenas
de pessoas, naquele
que foi dos mais
concorridos eventos
realizados por
este partido, desde
que a 22 de Fevereiro
de 2002, tombou nas
matas
do leste de Angola,
Jonas Malheiro
Savimbi.
Ana
Margoso
1 comentário:
Caríssimo Manel, sou quase levado a crer que o JMS era um humanista.
Um abraço
G
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