Corveta «Oliveira e Carmo» chega a Portimão para ser afundada e
criar o parque
O primeiro
dos quatro navios cedidos pela Marinha de Guerra Portuguesa para integrarem o
parque subaquático Ocean Revival, a criar a cerca de 5,5 quilómetros da costa, chega a
Portimão na sexta-feira, dia 10 de fevereiro.
Para as 08h45, está marcada a
entrada na barra de Portimão da corveta “Oliveira e Carmo”, o primeiro navio a
ser submetido neste porto aos necessário trabalhos de descontaminação,
antes do seu afundamento.
Será o ponto de partida de um
ambicioso e original projeto que permitirá criar um espaço museológico
subaquático, vocacionado para o turismo de mergulho.
O parque subaquático,
destinado a potenciar o turismo de mergulho, é uma iniciativa da Câmara de
Portimão e da empresa privada Subnauta (centro de mergulho na Praia da Rocha),
que conta com o apoio do Ministério da Defesa.
Ao todo, deverão ser
afundados ao largo de Alvor quatro antigos navios da Armada Portuguesa – o
navio oceanográfico «Almeida Carvalho», a fragata «Hermenegildo Capelo», a
corveta «Oliveira do Carmo» e o navio-patrulha «Zambeze».
Todos estes navios estão
desativados e foram cedidos à autarquia de Portimão a custo zero. A parceria
teve que ser feita, pois o privado não poderia ter recebido estas embarcações.
Antes de afundar os navios, o
primeiro passo é limpá-los de todos os materiais contaminantes, como os
amiantos, para que não constituam qualquer ameaça ao ambiente.
A antiga corveta Oliveira e
Carmo será a primeira a ser afundada
E, para assegurar que esta
meta é cumprida, foram desenvolvidos e apresentados às entidades competentes,
segundo fonte da Subnauta, vários estudos de impacte ambiental, de
biologia marinha (para saber que tipo de espécies povoam as áreas e qual será o
impacto do projecto), bem como prospecções arqueológicas (para garantir
que o afundamento não ia prejudicar possíveis vestígios).
As embarcações serão
afundadas a cerca de 30 metros de profundidade ao largo de Alvor, pois é necessário
deixar pelo menos 15 metros entre o ponto mais alto do navio e a superfície,
para não causar impedimentos à circulação marítima.
O maior navio tem 102 metros
de comprimento e o mais pequeno 44 metros e as superestruturas estarão, à
partida, acessíveis aos mergulhadores (Open Waters).
O acesso será público a quem
cumpre as regras, estando a ser elaborado um regulamento.
O projeto, que implica um
forte investimento, vai permitir colocar o Algarve no circuito de mergulho,
aproveitando o bom clima, as boas águas com muitas espécies de fauna, o facto de
ser um destino barato e familiar.
1 comentário:
Não se poderia, com lucro, afundar toda a esquadra?
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