O N.R.P. "Cacine" (P 1140) foi construído no Arsenal do Alfeite e aumentado
ao Efectivo dos Navios da Armada em 6 de Maio de 1969. A cerimónia de entrega à
Marinha, teve lugar naquele Arsenal e foi presidida pelo CALM Francisco Ferrer
Caeiro, Comandante Naval do Continente, em representação do Ministro da Marinha.
Foi o primeiro dos dez navios, e, por este motivo é o navio que dá o nome à
classe "Cacine". O seu nome, tem origem no rio mais a sul da Guiné, na altura
província portuguesa.
A guarnição foi sempre constituída por 3 oficiais, 6 sargentos e 24 praças e teve como primeiro comandante, o primeiro-tenente Correia dos Santos. Construído para operações de patrulha costeira e dos rios de Portugal em África, viria a efectuar, concomitantemente, um conjunto de missões genericamente designadas de "serviço público," que compreendiam a fiscalização da pesca, a repressão do contrabando, a busca e salvamento, o controlo da poluição no mar e o apoio às populações e organismos civis.
Em 29 de Maio, tendo atracado ao molhe exterior da doca da Marinha, embarcaram o Presidente da República, o ministro da Marinha, o CEMA, o comandante naval do Continente, o comandante do COMFLOTPAT, o ajudante de campo do Presidente da Republica e o oficial às ordens do ministro da Marinha. Na curta viagem realizada, o navio saiu do Tejo pela barra Sul, indo atracar ao mesmo molhe donde partira.
Entre 6 e 21 de Junho, o navio efectuou o serviço de fiscalização da pesca na Zona do Centro, além de ter dado a patrões de alto mar, ao largo da baía de Cascais e apoio à regata oceânica de vela Lisboa - Sines - Sesimbra - Cascais, de 12 a 15, após o que regressou à BNL.
Em 2 de Agosto, tendo formado uma TU com o N.R.P. "Cunene", largou da BNL com destino a Luanda, tendo atracado no dia 25 de Agosto em Luanda no cais das INIC.
A prolongada comissão em Angola, país que então integrava o ex-ultramar português, constitui-se como uma das páginas mais brilhantes da sua vida. Em teatro de guerra, sempre a sua guarnição soube resolver com coragem e inteligência as adversidades e as saudades próprias da grande distância da pátria e dos seus entes queridos.
O empenhamento variou entre o patrulhamento da costa, a vigilância e escolta avançada a vários navios de transporte de tropas como o "Pátria", o "Uige", o "Vera Cruz" e o "Timor", o apoio a pequenas e grandes lanchas de desembarque, passando pelo transporte de pessoal e material assim como missões conjuntas com os outros ramos das Forças Armadas.
Durante este Período esteve em diversos sítios como Luanda, Lobito, Chapéu Armado, Moçâmedes, Lucira, Matilhas, Catara, Quincombo, Cabinda, Musserra, Porto Aboim, Quissanga e Benguela.
Em 3 de Janeiro de 1975, tendo sido dada por finda comissão de serviço, largou com destino à Metrópole, tendo feito escala em S. Tomé, S. Vicente, Gran Canária e Madeira, navegando na companhia do N.R.P. "Mandovi".
Com o terminus desta comissão, iniciou um período de intensa actividade operacional, destacando-se as enumeras comissões na Zona Marítima da Madeira, os cruzeiros ao longo de toda a costa continental e vários exercícios conjuntos com outras unidades navais e aéreas. No entanto, apesar da intensa taxa de operacionalidade, o N.R.P. "Cacine" continua a navegar sobre os mares deste Portugal, enriquecendo a sua história nas várias acções de salvamento de vidas no mar, que tem vindo a efectuar, algumas delas em situações dramáticas e envoltas em inequívoca bravura dos seus marinheiros, no apoio às populações, nomeadamente na Zona Marítima da Madeira, na fiscalização da pesca e no combate à poluição, como foram os casos mais recentes do derrame em Porto Santo e do afundamento do navio "Prestige".
A guarnição foi sempre constituída por 3 oficiais, 6 sargentos e 24 praças e teve como primeiro comandante, o primeiro-tenente Correia dos Santos. Construído para operações de patrulha costeira e dos rios de Portugal em África, viria a efectuar, concomitantemente, um conjunto de missões genericamente designadas de "serviço público," que compreendiam a fiscalização da pesca, a repressão do contrabando, a busca e salvamento, o controlo da poluição no mar e o apoio às populações e organismos civis.
Em 29 de Maio, tendo atracado ao molhe exterior da doca da Marinha, embarcaram o Presidente da República, o ministro da Marinha, o CEMA, o comandante naval do Continente, o comandante do COMFLOTPAT, o ajudante de campo do Presidente da Republica e o oficial às ordens do ministro da Marinha. Na curta viagem realizada, o navio saiu do Tejo pela barra Sul, indo atracar ao mesmo molhe donde partira.
Entre 6 e 21 de Junho, o navio efectuou o serviço de fiscalização da pesca na Zona do Centro, além de ter dado a patrões de alto mar, ao largo da baía de Cascais e apoio à regata oceânica de vela Lisboa - Sines - Sesimbra - Cascais, de 12 a 15, após o que regressou à BNL.
Em 2 de Agosto, tendo formado uma TU com o N.R.P. "Cunene", largou da BNL com destino a Luanda, tendo atracado no dia 25 de Agosto em Luanda no cais das INIC.
A prolongada comissão em Angola, país que então integrava o ex-ultramar português, constitui-se como uma das páginas mais brilhantes da sua vida. Em teatro de guerra, sempre a sua guarnição soube resolver com coragem e inteligência as adversidades e as saudades próprias da grande distância da pátria e dos seus entes queridos.
O empenhamento variou entre o patrulhamento da costa, a vigilância e escolta avançada a vários navios de transporte de tropas como o "Pátria", o "Uige", o "Vera Cruz" e o "Timor", o apoio a pequenas e grandes lanchas de desembarque, passando pelo transporte de pessoal e material assim como missões conjuntas com os outros ramos das Forças Armadas.
Durante este Período esteve em diversos sítios como Luanda, Lobito, Chapéu Armado, Moçâmedes, Lucira, Matilhas, Catara, Quincombo, Cabinda, Musserra, Porto Aboim, Quissanga e Benguela.
Em 3 de Janeiro de 1975, tendo sido dada por finda comissão de serviço, largou com destino à Metrópole, tendo feito escala em S. Tomé, S. Vicente, Gran Canária e Madeira, navegando na companhia do N.R.P. "Mandovi".
Com o terminus desta comissão, iniciou um período de intensa actividade operacional, destacando-se as enumeras comissões na Zona Marítima da Madeira, os cruzeiros ao longo de toda a costa continental e vários exercícios conjuntos com outras unidades navais e aéreas. No entanto, apesar da intensa taxa de operacionalidade, o N.R.P. "Cacine" continua a navegar sobre os mares deste Portugal, enriquecendo a sua história nas várias acções de salvamento de vidas no mar, que tem vindo a efectuar, algumas delas em situações dramáticas e envoltas em inequívoca bravura dos seus marinheiros, no apoio às populações, nomeadamente na Zona Marítima da Madeira, na fiscalização da pesca e no combate à poluição, como foram os casos mais recentes do derrame em Porto Santo e do afundamento do navio "Prestige".
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4 comentários:
Parabéns! Ao longo de 50.000 milhas tens feito uma navegação a desafiar os ventos e as correntes, mas sempre com a proa no caminho!
Continua a navegar com os mesmos entusiasmo e inteligência com que tens conduzido a "Cacine".
E muito obrigado por ires partilhando as tuas observações com os amigos.
Receber um elogio de um Comandante, historiador , escritor tão relevante , é bonito e muito honroso. A guarnição da CACINE regista com muito agrado e agradece com um tiro de salva (não tem muitos, pois o ministro mandou reduzir...)
É com prazer que vejo o contador do odometro passar as 50.000 milhas, um feito a merecer toda a nossa sastisfação, sou um daqueles que todos os dias sobe á ponte a saber as novidades, como fazia nos idos de 70 neste nosso belo e sempre recordado Navio, Um bem haja ao Comandante.
Não dou parabéns nenhuns , pois acho que o senhor se alberga aqui para deitar fora o seu fel e falar da instituição militar como se tivesse mandato para tal.
Também lhe digo que se atingiu agora os 50000 visitantes é porque foi novidade. Qualquer dia tem 10 por mês
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