A cronologia “Pulsar da Revolução”, elaborada pelo Centro de Documentação 25 de
Abril da Universidade de Coimbra, reconhece o papel do grupo Bilderberg na
revolução portuguesa que fez cair o regime liderado por Marcelo Caetano. De
acordo com a entrada referente aos acontecimentos do dia 19 de Abril de 1974
pode-se ler que, na sequência da reunião anual daquele grupo – que reúne
políticos e empresários num regime de grande secretismo e longe das regras
democráticas -, em Megève, França, estava presente, entre outros, Joseph Luns, o
secretário-geral da NATO.
“Ter-se-à
tomado conhecimento da iminência de alterações políticas em Portugal e decidido
não contrariar a evolução dos acontecimentos, crendo que a mudança política
poderia conduzir ao liberalismo económico”, informam os responsáveis da
Universidade de Coimbra que concluem ainda que “a presença de Lunz nessa reunião
poderá ter determinado o comportamento da NATO no ‘desenrolar do golpe militar
de Lisboa’”.
O principal responsável pelo Centro de Documentação 25 de Abril da Universidade de Coimbra, Boaventura Sousa Santos, está ausente de Lisboa até ao próximo dia 1, pelo que não pôde assim comentar a inclusão desta referência ao papel do grupo Bilderberg na revolução portuguesa e, sobretudo, referir-se à cumplicidade da NATO no sucesso das operações militares destinadas a mudar o regime em Portugal.
As referências ao grupo Bilderberg e aos seus encontros anuais são normalmente banidas das páginas dos principais jornais. Os seus membros, poderosos políticos e empresários, são suspeitos de “indicarem” quais os governantes a serem merecedores dos apoios financeiros em vários países por eles controlados – recorde-se que o principal membro português do grupo Bilderberg é Francisco Pinto Balsemão, actual empresário da Comunicação Social e dono, entre outros, do semanário “Expresso” e da televisão SIC. Francisco Pinto Balsemão, à data dos acontecimentos de 1974, ainda não era membro do grupo Bilderberg, mas já dirigia o então influente semanário “Expresso”, fundado em Janeiro de 1973 e, depois da revolução, veio a fundar o PPD juntamente com Francisco Sá Carneiro.
O principal responsável pelo Centro de Documentação 25 de Abril da Universidade de Coimbra, Boaventura Sousa Santos, está ausente de Lisboa até ao próximo dia 1, pelo que não pôde assim comentar a inclusão desta referência ao papel do grupo Bilderberg na revolução portuguesa e, sobretudo, referir-se à cumplicidade da NATO no sucesso das operações militares destinadas a mudar o regime em Portugal.
As referências ao grupo Bilderberg e aos seus encontros anuais são normalmente banidas das páginas dos principais jornais. Os seus membros, poderosos políticos e empresários, são suspeitos de “indicarem” quais os governantes a serem merecedores dos apoios financeiros em vários países por eles controlados – recorde-se que o principal membro português do grupo Bilderberg é Francisco Pinto Balsemão, actual empresário da Comunicação Social e dono, entre outros, do semanário “Expresso” e da televisão SIC. Francisco Pinto Balsemão, à data dos acontecimentos de 1974, ainda não era membro do grupo Bilderberg, mas já dirigia o então influente semanário “Expresso”, fundado em Janeiro de 1973 e, depois da revolução, veio a fundar o PPD juntamente com Francisco Sá Carneiro.
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