O ministro da Defesa Augusto Santos Silva afirmou esta sexta-feira
que a ausência da Marinha Portuguesa na missão militar
internacional da NATO de patrulhamento e
combate à pirataria é uma opção política, recusando as restrições
orçamentais como
justificação, noticia a Lusa.
«Não
houve cortes orçamentais. O que houve foi uma opção política que permite
a Portugal
manter os seus compromissos no seio da
NATO e da ONU e reforçar a sua participação nas operações de política,
de segurança
e defesa na União Europeia», afirmou o
ministro responsável pela pasta da Defesa, à margem da cerimónia de
juramento de bandeira
dos militares da Academia da Força Aérea.
Santos
Silva reforçou a sua posição com uma alusão ao orçamento de Estado
inicial de 2009, que configurou 70 milhões
de euros às forças nacionais destacadas e o orçamento do Estado de 2010
que atribuiu
75 milhões de euros.
«Os meus
conhecimentos primários levam-me a concluir que 75 é maior que 70 por
isso é falso dizer
que houve cortes orçamentais», sustentou.
«O
que houve, e é natural que haja porque nada se eterniza nem ninguém tem
monopólio de nada, foi uma reconfiguração
por opção política segundo recomendações das autoridades militares
competentes neste
domínio dadas ao Governo», esclareceu.
Contradição
Santos Silva contraria, assim, informações do Estado
Maior da Armada que, numa resposta escrita
à agência Lusa, refere que «devido às restrições orçamentais a Marinha
Portuguesa
não participará este ano na força naval
permanente da NATO (SNMG1 - Standing Nato Maritime Group 1)».
O
ministro recusou
ainda a afirmação de que Portugal não vai
participar no combate à pirataria, sublinhando que o país participa,
sim, «segundo
uma modalidade mais promissora, que é o
combate às causas que motivam a pirataria».
«Portugal vai
reforçar a sua presença
no combate à pirataria e vai fazê-lo no
quadro da UE», concluiu.
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