Uma forma de colaboração entre o Instituto de Museus e Conservação
(IMC) e a Igreja Católica para que os bens móveis – que são
classificados e que pertencem às dioceses – possam “ser estudados,
trabalhados, conservados e restaurados” – disse D.
Carlos Azevedo, membro da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e
Comunicações Sociais sobre o protocolo assinado entre a referida
comissão e o IMC.
Sempre que um “parecer técnico” seja necessário, a Igreja recorre a
esta instituição estatal. As instituições estatais “não têm meios
económicos” para ajudar no estudo e no restauro, mas “têm meios
técnicos” .
Em Lisboa, no Museu Nacional de Arte Antiga foi assinado um
protocolo de cooperação nesta área entre a Igreja Católica e o Instituto
de Museus e Conservação. Para que “finalmente, possamos pôr cobro a
tantos atentados contra o património que são feitos ao restaurar peças” –
sublinhou D. Carlos Azevedo.
Se as dioceses, irmandades e as diferentes entidades religiosas
puderem pedir um parecer técnico – “antes de proceder ao restauro” –
seria um modo “eficaz de salvaguardar melhor o património”
O acordo assinado é uma consequência do caminho feito entre várias
entidades estatais e a Igreja Católica. No entanto o acordo “não vai, infelizmente, pôr cobro a alguns atentados
patrimoniais porque compete ao bispo de cada diocese e ao pároco de cada
comunidade vigiar sobre o respectivo património”.
O passo estabelecido esta Quarta-feira, 6 de Outubro, visa o
compromisso dos órgãos do Estado, dentro das suas disponibilidades e
quando for solicitado, “numa consultoria científica e técnica”. O
protocolo assinado terá dois anos de vigência mas “vem culminar um
trabalho de décadas”
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