sábado, 2 de outubro de 2010

FORA


O secretário-geral da Federação Nacional de Professores (Fenprof), Mário Nogueira, disse à agência Lusa que, desde 2007, entrou nos quadros do Ministério da Educação apenas «um professor por cada 38,4 que foram para a reforma». «Um terço dos professores que estão nas escolas são contratados», afirmou Mário Nogueira, no Porto, à margem do colóquio «Educação e Res Pública», organizado pelo jornal Página da Educação e pelo Sindicato dos Professores do Norte.
O sindicalista acusou o Ministério da Educação de ter aumentado a precariedade da profissão docente quando, em 2006, acabou com os concursos anuais, reduzindo os quadros em proporções muito superiores à regra de uma admissão na função pública por cada dois ou três reformados.
Mário Nogueira referiu que, «entre 1 de Janeiro de 2007 e 1 de Setembro de 2010, saíram 15.210 professores e entraram nos quadros 396».
Neste período, o número de professores contratados quase quintuplicou, atingindo os 17.297 este ano, a que se vão juntar mais 1.787 que vão preencher as chamadas ofertas de escola.
O secretário-geral da Fenprof salientou que este cenário se irá agravar com as medidas de austeridade anunciadas quarta-feira pelo Governo, que incluem o congelamento de admissões na função pública.
Mário Nogueira afirmou que a Fenprof vai pedir uma reunião urgente com a ministra da Educação, Isabel Alçada, para esclarecer os impactos que estas medidas terão no sector, nomeadamente se o ministério vai cumprir ou não o compromisso de abrir um concurso para admissão de professores em 2011.
«Há um compromisso político assinado até 2013», lembrou, realçando que os sindicatos estão a cumprir a sua parte, pelo que o Governo tem de cumprir também a sua.
O líder sindical salientou que, caso o Governo persista em não admitir mais professores, a precariedade vai agravar-se, porque mais docentes irão sair dos quadros, para evitar uma redução salarial superior à penalização pela antecipação da reforma.
Mário Nogueira sublinhou que as novas medidas de austeridade anunciadas pelo Governo estão a acentuar a «revolta dos professores», que irão participar «de corpo e alma» na greve marcada pela CGTP para 24 de Novembro.

«Mas não vamos ficar por aí», frisou o sindicalista, admitindo que nas próximas reuniões dos sindicatos da função pública, quarta-feira, e do Secretariado Nacional da Fenprof, quarta e quinta-feira, sejam aprovadas novas formas de luta, nomeadamente manifestações e/ou greves.

Nota: Fora com este sujeito de minha casa , através da TV. Não quero ver esta cara e ouvir esta voz, que assusta e mete medo aos meus filhos

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