O pedido de
audiência é do PSD, que quer ouvir o chefe do Estado-Maior-General das
Forças Armadas (CEMGFA), general Valença Pinto, sobre as missões
militares no estrangeiro. A agenda oficial da reunião da Comissão de
Defesa Nacional, em inícios de Novembro, é essa, mas - em tempo de crise
económica - na ordem de trabalhos estará uma avaliação da presença de
soldados portugueses no estrangeiro. E há duas missões em especial
avaliação: Líbano e Bósnia.
São operações em que Portugal
gastará 600 mil a 700 mil euros por mês e que são questionadas. Fontes
parlamentares lembram que países como a Itália já deixaram o Líbano, por
exemplo, onde o contingente português - uma unidade de Engenharia -
está há cerca de quatro anos, no Sul do país, integrada da UNIFIL. E,
por isso, o PSD quer ouvir as explicações do CEMGFA sobre a manutenção,
no terreno, destes contingentes das Forças Nacionais Destacadas.
Actualmente,
Portugal tem militares destacados em várias missões: Afeganistão,
Kosovo, Líbano, Bósnia e Somália. Além de Timor-Leste. No total, segundo
o site do Estado-Maior-General das Forças Armadas, há 723 militares portugueses em missões no estrangeiro.
As
despesas com a participação das Forças Armadas em missões
internacionais previstas no Orçamento do Estado de 2010 ascendiam a 75
milhões de euros, mesmo assim 21 por cento abaixo do programado para o
ano anterior.
Mesmo antes da comissão de Defesa com o general
Valença Pinto, o ministro da Defesa, Augusto Santos Silva, já lembrou ao
PSD que é um dos partidos responsáveis na decisão do envio de tropas em
missão para o exterior.
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