segunda-feira, 25 de outubro de 2010

FALA QUEM SABE

O pedido de audiência é do PSD, que quer ouvir o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA), general Valença Pinto, sobre as missões militares no estrangeiro. A agenda oficial da reunião da Comissão de Defesa Nacional, em inícios de Novembro, é essa, mas - em tempo de crise económica - na ordem de trabalhos estará uma avaliação da presença de soldados portugueses no estrangeiro. E há duas missões em especial avaliação: Líbano e Bósnia.

São operações em que Portugal gastará 600 mil a 700 mil euros por mês e que são questionadas. Fontes parlamentares lembram que países como a Itália já deixaram o Líbano, por exemplo, onde o contingente português - uma unidade de Engenharia - está há cerca de quatro anos, no Sul do país, integrada da UNIFIL. E, por isso, o PSD quer ouvir as explicações do CEMGFA sobre a manutenção, no terreno, destes contingentes das Forças Nacionais Destacadas.

Actualmente, Portugal tem militares destacados em várias missões: Afeganistão, Kosovo, Líbano, Bósnia e Somália. Além de Timor-Leste. No total, segundo o site do Estado-Maior-General das Forças Armadas, há 723 militares portugueses em missões no estrangeiro.

As despesas com a participação das Forças Armadas em missões internacionais previstas no Orçamento do Estado de 2010 ascendiam a 75 milhões de euros, mesmo assim 21 por cento abaixo do programado para o ano anterior.

Mesmo antes da comissão de Defesa com o general Valença Pinto, o ministro da Defesa, Augusto Santos Silva, já lembrou ao PSD que é um dos partidos responsáveis na decisão do envio de tropas em missão para o exterior.

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